24 jan 23
PF conclui que ‘Colômbia’ foi o mandante dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips
Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante dos assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorridos em junho de 2022 no Vale do Javari, no Amazonas. A informação foi confirmada pelo superintendente da Polícia Federal no estado, Alexandre Fontes, nesta segunda-feira (23).
Segundo as investigações, “Colômbia” tinha relação direta com Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, que está preso e confessou participação nas mortes de Bruno e Dom. O irmão de Amarildo, Oseney, e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, também estão presos por suspeita do crime.
No processo, o Ministério Público Federal denunciou Amarildo, Oseney e Jefferson pelo assassinato das vítimas. De acordo com o superintendente, Colômbia deve ser indiciado pelo assassinato nos próximos dias.
“A motivação é a pesca ilegal na região do Vale do Javari. E o autor intelectual, não tenho dúvidas, é o ‘Colombia’. Era ele também que fornecia embarcações para a pesca ilegal na região”, explicou o delegado.
A confirmação pela polícia do envolvimento direto de Colombia, que tinha sido apontado pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), traz alívio para as famílias de Bruno e Dom, mas falta muito para derrotar os criminosos no Javari, diz a nota pública do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato. “Outras pessoas podem estar envolvidas nos homicídios, é preciso esclarecer a morte de Maxciel Pereira e o envolvimento, por omissão ou ação, de servidores públicos, inclusive militares”, diz a nota.
Na sexta-feira (20), a Justiça Federal no Amazonas remarcou as primeiras audiências do processo que investiga os assassinados do indigenista brasileiro e do jornalista britânico. O advogado da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Eliésio Marubo, mostrou-se desolado com o adiamento das audiências. Para ele, o impasse “causa insegurança no julgamento e dá a ideia de que os criminosos são coitadinhos injustiçados pelo sistema judiciário”. “Alguém está errando de propósito aí, porque nem estagiário consegue errar tanto”, pontua o advogado indígena
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