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Queimadas caem no primeiro bimestre, mas Amazônia concentra 90% delas, aponta MapBiomas

As queimadas caíram 28% no primeiro bimestre deste ano, em comparação a igual período de 2022, 213 mil hectares queimados a menos do que nos dois primeiros meses do ano passado.

Crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado

19 abr 23

Queimadas caem no primeiro bimestre, mas Amazônia concentra 90% delas, aponta MapBiomas

O número de queimadas no Brasil caiu 28% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas. No entanto, 90% das queimadas ocorreram na Amazônia, o que representa 487 mil hectares. Roraima foi o estado que mais registrou queimadas, respondendo por 48% do total, seguido por Mato Grosso e Pará. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou mais focos de calor no primeiro trimestre deste ano na Amazônia em relação a 2022, mas abaixo da média histórica.

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Estudo do MapBiomas revela indícios de ilegalidade em 75% do desmatamento sob Bolsonaro

Áreas de desmatamento no município de Careiro da Várzea, no Amazonas, próximo às Terras Indígenas do povo Mura

Crédito: Alberto César Araújo/Amazônia Real

11 abr 23

Estudo do MapBiomas revela indícios de ilegalidade em 75% do desmatamento sob Bolsonaro

Um estudo do projeto MapBiomas revela que 75% do desmatamento ocorrido no Brasil desde 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, teve indícios de ilegalidade. De acordo com o levantamento, a maior parte dos casos (58%) ocorreu em áreas que deveriam ser protegidas por lei, como reservas legais e áreas de preservação permanente.

Os dados indicam um aumento da degradação ambiental, já que o índice de desmatamento ilegal era de cerca de 60% na gestão anterior, de Michel Temer. Além disso, a análise aponta que a região amazônica concentrou 73% do desmatamento ilegal no período analisado, sendo a extração ilegal de madeira a principal atividade associada ao desmate. O estudo reforça a importância do fortalecimento de políticas públicas de proteção ambiental para evitar a degradação contínua do meio ambiente no país.

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Clima Extremo: chuvas fortes afetam 35 mil famílias no Maranhão

Mais de 35 mil famílias em 64 municípios estão desabrigadas no Maranhão

Crédito: Governo do Maranhão

10 abr 23

Clima Extremo: chuvas fortes afetam 35 mil famílias no Maranhão

As fortes chuvas que atingem o estado do Maranhão nas últimas semanas deixaram mais de 35 mil famílias em 64 municípios desabrigadas, resultando em seis óbitos. A situação levou o governo estadual e federal a decretar situação de emergência. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no estado no domingo (9), acompanhado do governador Carlos Brandão e da comitiva federal, para visitar áreas atingidas pelas enchentes e prometeu recursos para ajudar as famílias afetadas.

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Desmatamento no primeiro trimestre bate recorde no Cerrado e tem segundo pior índice na Amazônia

Estudos estimam que vazão dos rios no Cerrado deve cair 34% até 2050 por causa do desmatamento

Crédito: José Cícero/Agência Pública

7 abr 23

Desmatamento no primeiro trimestre bate recorde no Cerrado e tem segundo pior índice na Amazônia

O desmatamento no Cerrado brasileiro atingiu o maior valor já registrado para o primeiro trimestre do ano desde o início da série histórica, em 2015, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O bioma perdeu 909 km² de vegetação nativa entre janeiro e março de 2023, um aumento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado. Na Amazônia, o desmatamento no primeiro trimestre também foi alarmante, com 1.545 km², o segundo pior índice para o período desde 2015.

 

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Extremos climáticos: chuvas fortes afetam estados da Amazônia Legal

Alagamento em Brasiléia, sul do Acre

Crédito: Prefeitura de Brasiléia

29 mar 23

Extremos climáticos: chuvas fortes afetam estados da Amazônia Legal

Eventos extremos que ocorrem em estados da Amazônia Legal já afetaram mais de 40 mil pessoas. O Rio Acre atingiu 16,84 metros na capital do estado, Rio Branco, quase três metros acima de seu nível de transbordamento, que é de 14 metros, deixando 2 mil pessoas desabrigadas e cerca de 3.800 desalojadas.

Em Rondônia, o Ministério Público Federal (MPF) deu um prazo de 72 horas para que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) informe quais medidas foram adotadas para auxiliar os indígenas Karipuna, desabrigados há mais de uma semana após o Rio Jaci Paraná transbordar e alagar boa parte da Terra Indígena Karipuna.

 

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Clima Extremo: Tempestades triplicam na Grande São Paulo em uma década

Tempestade de raios em São Paulo

Crédito: Kris Rupp

15 mar 23

Clima Extremo: Tempestades triplicam na Grande São Paulo em uma década

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) apontam que a frequência de chuvas extremas na Grande São Paulo triplicou em uma década. Entre os anos de 2001/2010 e 2011/2020, os temporais acima de 100 mm passaram de dois para sete dias a cada dez anos, enquanto as chuvas fortes acima de 80 milímetros foram de nove para 16 dias.

A comparação com o período inicial de análise do INMET, entre 1961 e 1970, também mostra um aumento expressivo no número de dias com chuva acima de 50 mm e precipitações acima de 80 mm na última década. As tempestades acima de 100 mm se repetiram sete vezes no período mais recente, enquanto nos anos 1960, não houve nenhuma ocorrência.

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Clima Extremo deixa Manaus com oito mortos e rastro de destruição

Prefeitura de Manaus atende famílias atingidas pelo extremo climático.

Crédito: Márcio Melo / Seminf

12 mar 23

Clima Extremo deixa Manaus com oito mortos e rastro de destruição

Um deslizamento de terra em Manaus, no último domingo (12), atingiu 11 casas do bairro Jorge Teixeira, na zona leste da cidade, resultando em oito mortos. A tragédia decorrente de fortes chuvas levou o prefeito David Almeida a decretar estado de calamidade pública.

De acordo com um estudo da rede colaborativa de ONGs MapBiomas, Manaus é a cidade com a maior expansão das áreas urbanizadas em assentamentos precários no Brasil. O estudo aponta que a região onde ocorreu a tragédia não estava cadastrada como área de risco, apesar de estar dentro de um assentamento precário delimitado pelo IBGE.

O MapBiomas destaca que as ações humanas têm provocado grandes alterações no meio ambiente, o que tem gerado extrema preocupação entre estudiosos e defensores do meio ambiente. Desde 1985, a ocupação urbana em áreas de risco em Manaus aumentou em cerca de 1.319 hectares, equivalente a 10 mil campos de futebol. Manaus concentrou mais de 36% de toda a ocupação de áreas de risco no estado.

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Clima Extremo: chuvas no litoral paulista batem recorde nacional e deixam 65 mortos e milhares desabrigados

Destruição em Vila Sahy, São Sebastião

Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

20 fev 23

Clima Extremo: chuvas no litoral paulista batem recorde nacional e deixam 65 mortos e milhares desabrigados

Nos dias 19 e 20 de fevereiro um volume sem precedente de chuvas caiu sobre Bertioga, São Sebastião e Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo. Estações pluviométricas registraram 692 milímetros de chuva na madrugada do sábado para o domingo. Até o dia 27 de fevereiro, 65 pessoas foram encontradas mortas, 64 no bairro Vila Sahy, em São Sebastião, e uma em Ubatuba.

Os deslizamentos fatais ocorreram em áreas empobrecidas do litoral, perto de encostas de morros. Estradas também foram fechadas por desbarrancamentos. De acordo com o governo do Estado, há 1.090 desalojados e 1.172 desabrigados.

Em 2021, o Ministério Público entrou com uma ação pedindo providências sobre a situação da Vila Sahy e qualificou a situação como tragédia anunciada.

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Desmatamento na Amazônia cai 61% em janeiro, mas Cerrado teve queda de apenas 10%

O desmatamento no Cerrado mais que dobrou em relação à Amazônia.

Crédito: Marcos Vergueiro/Secom-MT

10 fev 23

Desmatamento na Amazônia cai 61% em janeiro, mas Cerrado teve queda de apenas 10%

O desmatamento na Amazônia Legal apresentou uma redução de 61% em janeiro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área agregada de desmatamento na região foi de 167 km², contra 430 km² em janeiro de 2022.

Por outro lado, o desmatamento no Cerrado Brasileiro mais que dobrou em relação à Amazônia, alcançando 441,85 km² em janeiro.  A área de Cerrado desmatada apresentou queda de 10% em comparação com igual período do ano passado, quando o registro ficou em 491,64 km². Apesar disso, o perímetro desmatado é maior do que a cidade de Curitiba inteira – a capital do Paraná tem 434,892 km²

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Incêndios florestais crescem 14% em 2022, aponta relatório do Mapbiomas

Incêndios florestais se concentraram na Amazônia e no cerrado em 2022

Crédito: Christian Braga / Greenpeace

27 jan 23

Incêndios florestais crescem 14% em 2022, aponta relatório do Mapbiomas

Em 2022, o Brasil perdeu para o fogo mais de 163 mil km² de florestas, o equivalente ao estado do Acre (152.581 km²). A área representa um aumento de 14% em relação aos 142,8 mil km² registrados no ano anterior. Os dados são do Monitor do Fogo, da plataforma Mapbiomas em parceria com o Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

A maioria das queimadas foi registrada na Amazônia e no Cerrado (juntos, os dois biomas têm 95% da área destruída). Os incêndios se concentraram em regiões campestres e de savana (43%), formações que são encontradas no cerrado, enquanto 25,4% da área atingida era de pastagens.

Considerando apenas dezembro, a alta nos incêndios foi de 93%, na comparação com o mesmo mês de 2021: foram 3.327 km² de área queimada no ano passado, comparado a 1.748 km² em 2021.

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Emissões de gases de efeito estufa de usinas termelétricas cresceram 75% em 2021

Thermal Complex Jorge Lacerda started working in 1965

Credit: Reproduction

19 dez 22

Emissões de gases de efeito estufa de usinas termelétricas cresceram 75% em 2021

Estudo recém-publicado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) mostra que, em 2021, as emissões de gases de efeito estufa de usinas termelétricas movidas a carvão mineral cresceram 57% em relação a 2020. O crescimento nas emissões gerais das usinas térmicas é ainda pior: 75% considerando todas as fontes, como carvão, gás, óleo combustível e óleo diesel.

“O quadro é preocupante porque, dentre todas as usinas que operam no sistema, as usinas a carvão são aquelas que mais emitem gás de efeito estufa por terawatt-hora produzido. Como comparação, enquanto a geração a partir de usinas a carvão representa 17% do total de eletricidade produzida, as emissões de gases de efeito estufa desse combustível são 30% de tudo que foi emitido. Isso sem contar os impactos nessas usinas sobre a qualidade do ar”, destaca Raissa Gomes, do IEMA, uma das autoras do estudo.

Com esse aumento exponencial, a participação de fontes fósseis para geração de eletricidade no Brasil passou de 15%, em 2020, para 20%, em 2021. As 82 usinas movidas a combustíveis fósseis listadas no estudo emitiram 55,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e), aponta o IEMA.

Enquanto isso, o empresário Carlos Suarez, conhecido como “Rei do Gás”, está articulando para tentar garantir que seu aliado Elmar Nascimento, deputado federal pelo União Brasil da Bahia, seja nomeado Ministro de Minas e Energia do governo Lula.

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Desmatamento no Cerrado aumenta 25% em 2022 e é o maior desde 2015

Os Estados do Matopiba lideraram destruição do segundo maior bioma brasileiro em 2022

Crédito: Moisés Muálem/ WWF-Brasil

15 dez 22

Desmatamento no Cerrado aumenta 25% em 2022 e é o maior desde 2015

O desmatamento no Cerrado aumentou 25,29% no período de agosto de 2021 a julho de 2022. As informações foram divulgadas na quarta-feira (14/12) pelo Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Ao todo, uma área de 10.688,73 km² foi desmatada.

Além da área desmatada passar dos 10 mil km², os dados apresentados hoje mostram que em 2022 houve aumento de 25% na devastação do bioma em relação ao ano passado, quando a taxa anual foi de 8.531,44 km². Esse é o terceiro ano consecutivo de aumento da destruição no Cerrado, situação nunca vista na série histórica do monitoramento do INPE desde 2000. No governo Bolsonaro, o desmatamento do bioma acumulou uma área de 33.444 km2, mais de seis vezes a área de Brasília.

“Precisamos mudar a trajetória do desmatamento do Cerrado urgentemente, depois de 3 anos seguidos de aumento da destruição. Preservar o bioma é fundamental para manter os regimes hídricos que irrigam tanto a produção de commodities, como a agricultura familiar, e enchem reservatórios de hidrelétricas pelo país. Desmatar o Cerrado é agir contra o agro, contra o combate à fome e a inflação – menos Cerrado significa alimentos e energia elétrica mais caros”, afirma Edegar de Oliveira Rosa, diretor de Conservação e Restauração do WWF-Brasil.

Em 2022, os estados de maior destruição foram os da região conhecida como Matopiba, chegando a 71 % do total desmatado no bioma. O  estado do Maranhão lidera o ranking da devastação com 2.833,9 km², 27% do total desmatado no bioma. Em seguida aparecem Tocantins (2.127,52 km²) e Bahia (1.427,86 km²), junto com Piauí (1.189 km² desmatados).

A divulgação dos números acontece apenas uma semana após a aprovação da Lei Europeia anti-desmatamento, que proíbe a entrada no mercado europeu de commodities produzidas em áreas florestais desmatadas após 31 de dezembro de 2020. A lei não inclui ecossistemas como o Cerrado e a preocupação é que, ao restringir a produção com desmatamento na Amazônia, na Mata Atlântica e no Chaco, os biomas mais tipicamente florestais da América do Sul, a nova regulação possa causar “vazamento” do desmatamento para a savana brasileira, ampliando sua destruição.

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Chefe de Meio Ambiente do GT de transição afirma que "haverá responsabilização criminal" de responsáveis por desmonte

Reunião do GT de Meio Ambiente do governo de transição

Créditos: Observatório do Clima

8 dez 22

Chefe de Meio Ambiente do GT de transição afirma que “haverá responsabilização criminal” de responsáveis por desmonte

O coordenador do grupo de Meio Ambiente do gabinete de transição, Jorge Viana (PT-AC), disse que haverá “responsabilização criminal” dos responsáveis pelo desmonte ambiental na gestão de Jair Bolsonaro. “Chegamos à conclusão, no primeiro relatório que fizemos, de que houve uma ação deliberada, uma ação que certamente vai ter que ter responsabilização criminal”, afirmou Viana, que disse também que, a área ambiental é “símbolo do desmonte que ocorreu no país nos últimos quatro anos, para dentro e para fora”.

A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), garantiu que a agenda ambiental será transversal na formulação de políticas públicas, citando os compromissos feitos por Lula na campanha, no discurso e na COP 27. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que a questão climática é central.

 

 

 

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Clima extremo e ausência de prevenção deixam pelo menos 22 mortos e milhares de desabrigados pelas chuvas torrenciais em 8 estados do Brasil

Deslizamento de terra na BR-376, rodovia que liga Curitiba a Joinville

Crédito: Divulgação/CENACID-UFPR

7 dez 22

Clima extremo e ausência de prevenção deixam pelo menos 22 mortos e milhares de desabrigados pelas chuvas torrenciais em 8 estados do Brasil

Entre novembro e o começo de dezembro, pelo menos 22 pessoas morreram em 8 estados brasileiros por falta de planejamento para a temporada de chuvas. Cerca de 22,8 mil pessoas estão desalojadas, enquanto outras 3.171 estão desabrigadas. O levantamento foi feito pela Agência CNN com base em dados divulgados pelas Defesas Civis estaduais. 

Os estados de Santa Catarina, Paraná, Sergipe, Espírito Santo, Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro sofrem com deslizamentos, inundações e quedas de energia em decorrência de volumes atípicos de chuva e despreparo das autoridades para os eventos extremos que aumentam de frequência com as mudanças climáticas. 

O mês de novembro ficou marcado por episódios meteorológicos fora do padrão para o período, com frio atípico no início do mês, seguido de chuva forte, antecipando a temporada de chuvas fortes de verão. A previsão para o mês de dezembro é que os temporais mantenham um alto volume e as temperaturas subam pelo Brasil.

Uma pesquisa do Observatório dos Desastres Naturais mostrou que, nos últimos 10 anos, os óbitos causados por falta de prevenção ao excesso de chuvas e suas consequências no Brasil somaram 1.756. As vidas perdidas por inundações até setembro deste ano já chegam a 457, o que representa mais de 25% do total de mortes na década. 

Apesar disso, Bolsonaro cortou 99% da verba destinada a enfrentamento de desastres naturais para 2023. O Ministério de Desenvolvimento Regional reduziu o orçamento de obras emergenciais de mitigação de desastres de R$ 2,8 milhões para R$ 25 mil. Para a execução de projetos e obras de contenção de encostas em áreas urbanas, houve um corte de 94% do recurso, de R$ 53,9 milhões para R$ 2,7 milhões. “A quantidade que era destinada já era pequena diante do montante necessário para as obras de mitigação. Então, o que já era pouco, ficou ainda menor”, pontua o professor Pedro Luiz Côrtes do Instituto de Energia e Ambiente da USP.

Além das mortes que poderiam ser evitadas, o colapso climático também traz prejuízos econômicos significativos. Um levantamento da Swiss Re estimou em US$ 260 bilhões os prejuízos decorrentes dos eventos climáticos extremos que ocorreram em 2022 em todo o mundo.

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Lula convida Reino Unido e outros países para se juntarem ao Fundo Amazônia

Lula se encontra com secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres

Crédito: Kiara Worth

30 nov 22

Lula convida Reino Unido e outros países para se juntarem ao Fundo Amazônia

Assessores de Lula estão conversando com Reino Unido, Estados Unidos, Suíça e França, em busca de doações para o Fundo Amazônia. Brasil e Noruega criaram o maior fundo de cooperação internacional durante o primeiro governo Lula. Logo depois, o governo da Alemanha decidiu se unir à iniciativa.

Noruega e Alemanha anunciaram em 2019 o congelamento dos repasses após decisão do governo Bolsonaro de extinguir os comitês de governança do fundo. Também contribuíram para a decisão o recordes de desmatamento registrados nos últimos anos, e a retórica antiambiental de Bolsonaro, visto na Europa como um negacionista climático.

O Fundo Amazônia conta com cerca de 3 bilhões de reais, e Alemanha e Noruega têm a intenção de liberar esse recurso com o início do governo Lula em 2023.

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COP27 aprova fundo de Perdas e Danos, mas outros temas não avançam

Lula encontra lideranças indígenas

Crédito: Ricardo Stuckert

20 nov 22

COP27 aprova fundo de Perdas e Danos, mas outros temas não avançam

A 27ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas terminou no início da manhã deste domingo (20) em Sharm El-Sheikh, no Egito

O documento com as conclusões da COP27 cria um mecanismo financeiro específico para compensar os países pobres, que estão sofrendo com eventos climáticos extremos decorrentes da  mudança do clima, mas que nada contribuíram com suas causas. As nações mais pobres, notadamente o grupo de pequenos países insulares, há décadas pleiteiam a existência de um mecanismo de financiamento das Perdas e Danos.

No entanto, as divisões de sempre entre países ricos e pobres fizeram com que o encontro terminasse sem um acordo substantivo sobre o que deveria ser o ponto principal de conversa – como acelerar o corte de emissões de gases do efeito estufa de modo a evitar que o aquecimento global ultrapasse 1,5oC neste século.

“A criação de um fundo específico para compensar as nações mais pobres das perdas provocadas por eventos climáticos extremos foi um avanço justo. Mas, ao mesmo tempo, é uma evidência de que em alguns casos os efeitos das mudanças do clima já são irreversíveis. Por isso, de forma geral, o resultado geral da COP27 pode ser considerado decepcionante. O texto final não demonstra a ambição necessária para alcançarmos a meta de 1,5 graus estabelecida pelo Acordo de Paris e o chamado plano de implementação é fraco e incipiente. Nunca estiveram tão claros o greenwashing de países e empresas e o desalinhamento entre ciência e política como nesta COP”, analisa Maurício Voivodic, diretor geral do WWF-Brasil. 

“A COP27 decepcionou também no trato à sociedade civil e a ausência de uma Marcha do Clima nas ruas da cidade é a maior evidência do quanto a liberdade dos cidadãos foi cerceada pelo governo egípcio”, completa.

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COP27: Lula cobra recursos de países ricos e diz que combate à crise do clima será prioridade

Lula prometeu zerar o desmatamento nos biomas brasileiros

Crédito: Ricardo Stuckert/PT

16 nov 22

COP27: Lula cobra recursos de países ricos e diz que combate à crise do clima será prioridade

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse na COP27, a conferência das Nações Unidas sobre clima, que “não medirá esforços para zerar o desmatamento de nossos biomas até 2030”. Segundo ele, todos os crimes ambientais vão ser combatidos “sem trégua”.

Ele também ressaltou que pretende resgatar alianças com países da América do Sul e da África, e anunciou oficialmente o retorno do Fundo Amazônia, paralisado desde 2019 após o governo atual modificar sua estrutura e mecanismos de gestão.

O presidente eleito criticou ainda a falta de compromisso de financiamento para as mudanças climáticas e a limitação das Nações Unidas em resolver as questões climáticas: “Em 2009, os países presentes à COP 15 em Copenhague comprometeram-se em mobilizar 100 bilhões de dólares por ano, a partir de 2020, para ajudar os países menos desenvolvidos a enfrentarem a mudança climática. Este compromisso não foi e não está sendo cumprido”, cobrou.

Lula ainda se reuniu com juventudes, lideranças dos movimentos negro e indígena e organizações da sociedade civil.

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Petrobras insiste em começar exploração na foz do Amazonas ainda em 2022

Empresa pode atropelar processos de licenciamentos ambiental

Crédito: Flickr – Airton Morassi

3 nov 22

Petrobras insiste em começar exploração na foz do Amazonas ainda em 2022

A direção da Petrobras quer iniciar ainda neste ano a exploração de petróleo no litoral do Amapá, mesmo sem ter cumprido todas as fases necessárias para o licenciamento ambiental. Ambientalistas e representantes do Ministério Público Federal alertam que a Petrobrás não realizou todos os estudos de impacto ambiental nem concluiu as consultas prévias às diversas comunidades indígenas e ribeirinhas que podem ser afetadas pela operação.

Outra decisão da cúpula da Petrobrás também gerou resistência da sociedade civil. O conselho de administração aprovou a distribuição de R$ 43,7 bilhões em dividendos relativos ao 3º trimestre do ano. Sindicatos e representantes de trabalhadores da Petrobras ameaçam ir à Justiça para impedir esse pagamento antes do começo do próximo governo. “Qualquer decisão sobre dividendos deveria caber à futura administração da empresa, e já considerando as diretrizes de um novo controlador”, disse o escritório de advocacia Garcez, que representa os petroleiros.

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Brasil tem maior alta na emissão de gases em quase 20 anos

Eventos climáticos extremos se espalharam pelo país no início do ano

Crédito: Arquivo /Agência Brasil

1 nov 22

Brasil tem maior alta na emissão de gases em quase 20 anos

O nível de emissões de gases de efeito estufa no Brasil teve em 2021 a maior alta desde 2003, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima. O crescimento no ano passado atingiu 12,2% e foi puxado por desmatamento, energia e agropecuária.

Este também é o quarto ano seguido que o Brasil registra alta nas emissões. O quadro coloca o país como o quinto maior emissor mundial, com 4% do total, atrás de China (23,7% do total), Estados Unidos (12,9%), Índia (6,5%) e Rússia (4,2%).

Segundo Tasso Azevedo, coordenador do SEEG, o balanço de dez anos do Sistema mostra que o Brasil teve uma década perdida para controlar sua poluição climática. “Desde a regulamentação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, em 2010, nós estamos patinando. Não apenas não conseguimos reduzir nossas emissões de maneira consistente, como as aumentamos nos últimos anos, e de forma expressiva”.

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Desmatamento Zero: Lula vai à COP27 e promete retomar protagonismo brasileiro na pauta ambiental

A preservação da Amazônia é central para a reconstrução da política internacional do Brasil

Crédito: Sérgio Vale/Secom/AC

1 nov 22

Desmatamento Zero: Lula vai à COP27 e promete retomar protagonismo brasileiro na pauta ambiental

As políticas ambientais e a preservação da Amazônia estiveram presentes no discurso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente eleito falou que o Brasil “está pronto para retomar o protagonismo na luta contra a crise climática” e que o próximo governo vai “lutar pelo desmatamento zero na Amazônia”.

A preservação da Amazônia é central para a reconstrução da política internacional do Brasil, bem como a imagem do país no exterior. Ao receber os cumprimentos de presidentes e primeiros-ministros, Lula ouviu sobre a necessidade de o Brasil reestruturar suas ações de proteção da Amazônia.

Lula já aceitou o convite do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal e participa da Conferência do Clima de Sharm El-Sheikh (COP27), no Egito. Lula também foi convidado pelo presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, para participar da COP. Em comunicado, o líder egípcio afirmou que “confia na capacidade do Brasil de desempenhar um papel positivo durante a Conferência para promover a ação climática na arena internacional”.

Além disso, Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo estão dialogando para criar a “Opep das Florestas Tropicais”. Os 3 países juntos abrigam 52% das florestas tropicais primárias remanescentes no mundo, cruciais para evitar a catástrofe climática.

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