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STF suspende 'presunção de boa fé' no mercado de ouro para combater o tráfico ilegal

Áreas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami vistas em sobrevoo ao longo do rio Mucajaí, em fevereiro de 2023.

Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

3 maio 23

STF suspende ‘presunção de boa fé’ no mercado de ouro para combater o tráfico ilegal

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu por unanimidade a disposição legal que estabelecia a chamada “presunção de boa-fé” no mercado de ouro. Esse instrumento permitia que o ouro fosse negociado no Brasil apenas com base nas informações dos vendedores sobre a origem do produto. O tribunal decidiu seguir a decisão individual emitida por Gilmar Mendes em 4 de abril.

A medida foi considerada pelo Tribunal como uma das principais brechas legais para a lavagem de ouro extraído de terras indígenas e reservas ambientais. A expectativa é que a decisão torne mais difícil o tráfico de ouro ilegal e proteja o meio ambiente e os povos indígenas.

Fontes:
Ataque na TI Yanomami deixa um morto e dois feridos; governo promete intensificar ação

Sobrevoo registra áreas de garimpos ilegais dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, em abril de 2021.

Crédito: Reprodução

30 abr 23

Ataque na TI Yanomami deixa um morto e dois feridos; governo promete intensificar ação

Um ataque na comunidade de Uxiú na terra indígena Yanomami resultou na morte de um agente de saúde yanomami, além de ter deixado outros dois indígenas feridos. A Hutukura Associação Yanomami (HAY) e a Texoli Associação Ninam do Estado de Roraima (Taner) disseram que o atentado ocorreu durante uma cerimônia fúnebre, e que teria sido realizado por garimpeiros de um barco com seis pessoas que transitava no rio Mucajaí.

Depois do ataque contra equipes do Ibama e PRF e morte de agente de saúde indígena, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, afirmou em coletiva de imprensa que as ações em território Yanomami serão intensificadas. Segundo a ministra, entre 75% e 80% dos garimpeiros já foram retirados da TI Yanomami, e vários garimpos estão desativados. No entanto, a tarefa está longe de estar conclusa. As ações serão reforçadas com o suporte das Forças Armadas e com o reforço de equipes do Ibama, da PRF e da Polícia Federal (PF).

“Com muito pesar soubemos do ataque a tiros de garimpeiros contra 3 indígenas Yanomami, 1 veio a óbito e os outros 2 estão sob atendimento em estado grave. Uma comitiva interministerial está a caminho de Roraima para reforçar ainda mais as ações de desintrusão dos criminosos”, disse a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.

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Indígenas foram as principais vítimas de conflitos no campo em 2022

Relatório da Comissão Pastoral da Terra mostra que o ano de 2022 foi marcado pelo elevado crescimento nos dados sobre violência contra a pessoa em decorrência de conflitos no campo.

Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

17 abr 23

Indígenas foram as principais vítimas de conflitos no campo em 2022

Quase 40% das pessoas assassinadas em conflitos no campo em 2022 eram indígenas, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) em um relatório divulgado na segunda-feira (17). O ano foi marcado por um aumento significativo na violência contra indivíduos resultante de conflitos em áreas rurais. Ao todo, foram registrados 553 incidentes, que resultaram na morte de 1.065 pessoas, 50% a mais do que em 2021 (368 incidentes com 819 vítimas). Os povos tradicionais são as principais vítimas nesse cenário, que inclui assassinatos, tentativas de assassinato, ameaças, agressões, tortura e prisão.

Em 2022, 38% das 47 pessoas mortas em áreas rurais eram indígenas, totalizando 18 casos. Em seguida, vieram trabalhadores sem terra (9), ambientalistas (3), colonos (3) e trabalhadores assalariados (3). Além disso, as mortes do ativista dos direitos indígenas Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, no Vale do Javari, estado do Amazonas, foram adicionadas ao cenário crítico de vítimas de conflitos rurais em 2022. O número de assassinatos resultantes de conflitos rurais no ano passado representou um aumento de 30,55% em comparação com 2021 (36 mortes) e 123% em comparação com os dados registrados em 2020 (21 mortes).

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Alertas de garimpo caem, mas invasão continua na Terra Yanomami

Indígenas Yanomami foram desproporcionalmente afetados pelo garimpo durante o último governo

Crédito: Fernando Frazão / Agência Brasil

5 abr 23

Alertas de garimpo caem, mas invasão continua na Terra Yanomami

A presença da fiscalização ambiental na Terra Indígena Yanomami tem surtido efeito na diminuição da atividade garimpeira na região do rio Uraricoera, uma das mais visadas pelos garimpeiros. Segundo a Agência Pública, os alertas de garimpo nessa região desabaram 88% desde que o IBAMA instalou uma base de fiscalização e bloqueou a passagem de embarcações ilegais.

No entanto, em todo o território Yanomami, a queda do garimpo foi menor, de 60%, e foram identificados 94 pontos de garimpo novo ou ampliações de áreas de extração já existentes desde o dia 20 de fevereiro. Além disso, o garimpo continua intenso em áreas mais afastadas, beneficiado pelo transporte aéreo irregular. Outras atividades criminosas, como abuso sexual de jovens e mulheres indígenas por garimpeiros, também continuam acontecendo na Terra Yanomami, afirma a reportagem.

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Ministro do STF suspende boa-fé para atestar origem do ouro vendido no Brasil

Operação contra garimpo ilegal de ouro em terras indígenas.

Crédito: Polícia Federal/Divulgação

5 abr 23

Ministro do STF suspende boa-fé para atestar origem do ouro vendido no Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu um trecho da Lei 12.844/2013 que prevê a legalidade presumida do ouro vendido no Brasil, bem como a boa-fé dos compradores do metal. A decisão foi tomada após um pedido feito pelo Partido Verde (PV) em uma ação direta de inconstitucionalidade, argumentando que a norma inviabiliza o monitoramento privado ao desresponsabilizar o comprador e incentivar o mercado ilegal. Além de suspender o trecho da lei que trata do assunto, o ministro deu 90 dias para que o governo federal adote um novo marco normativo para a fiscalização do comércio do ouro.

A decisão de Gilmar Mendes levou em consideração a manifestação de diversos órgãos fiscalizadores do comércio do ouro no Brasil, como a Agência Nacional de Mineração (AMN) e o Banco Central (BC). O magistrado concedeu a liminar após o procurador-geral da República, Augusto Aras, ter se manifestado pela derrubada da norma que previa a legalidade presumida do ouro e a boa-fé dos compradores. O ministro justificou a urgência da liminar ante os danos ambientais e humanitários e o aumento da criminalidade generalizada provocados pelo garimpo ilegal. A decisão será submetida ao referendo do plenário do STF em plenário virtual o mais rápido possível.

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Parque Estadual da Serra do Mar (SP) vira alvo de garimpo ilegal

Vista para a Serra do Mar

Crédito: Denise Mayumi

21 mar 23

Parque Estadual da Serra do Mar (SP) vira alvo de garimpo ilegal

O Parque Estadual da Serra do Mar, em São Paulo, a maior reserva de Mata Atlântica do Brasil, está sendo alvo de garimpo ilegal, segundo denúncias recebidas pelo Ministério Público Federal (MPF). Indígenas que vivem na região encontraram pontes clandestinas, uma casa e trilhas usadas pelos mineradores, além de uma estrada que avança pela floresta.

Imagens foram gravadas dentro da Terra Indígena Renascer, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, mostrando um caminhão sendo carregado com saibro dentro de uma área protegida. A procuradora Walquíria Picoli afirmou que não há autorização da União para a atividade de mineração e nenhuma licença ambiental para minerar, configurando dois crimes: crime de usurpação de bem minerário da União e crime de mineração ilegal.

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Bruno e Dom: PF investiga participação de suposto mandante no assassinato de servidor da Funai em 2019

Comissão Temporária sobre a Criminalidade na Região Norte (CTENORTE) formada por parlamentares e representantes de órgãos federais, se reune com lideranças da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Na parede foto do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.

Crédito: Roberto Stuckert Filho/Gab. Senador Humberto Costa

21 mar 23

Bruno e Dom: PF investiga participação de suposto mandante no assassinato de servidor da Funai em 2019

A Polícia Federal investiga a possível participação de Ruben Dario da Silva Villar, conhecido como Colômbia, na morte de Maxciel Pereira dos Santos, colaborador da Funai, em Tabatinga (AM), em setembro de 2019. Ele já é suspeito de ter sido o mandante das mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no ano passado.

A PF apura se Colômbia contratou os pistoleiros para matar o funcionário da Funai. A linha de investigação é que eles teriam cruzado a tríplice fronteira com os países vizinhos para cometer o crime a mando de Colômbia. Ainda não há nenhum suspeito preso pelos crimes. 

A investigação foi reaberta em setembro de 2021, três meses depois das mortes de Bruno e Dom, e corre sob sigilo. A equipe da PF apurou diversas coincidências entre o grupo acusado do duplo homicídio e o ataque a Maxciel, que trabalhou ao lado de Bruno no combate à pesca ilegal e ao garimpo no Vale do Javari, em 2019. Segundo as investigações, isso pode ter motivado a ordem de assassinato de Colômbia. A equipe da PF sugeriu o arquivamento das investigações, mas o Ministério Público Federal foi contra e o inquérito foi retomado após a pressão dos parentes de Maxciel e da repercussão internacional das mortes de Bruno e Dom.

Fontes:
Genocídio Yanomami: Militares se recusam a corrigir 46 pistas de pouso que ajudariam no socorro aos indígenas

De acordo com o relatório apresentado pela Funai, a vegetação alta nas cabeceiras de várias dessas pistas “compromete os procedimentos de pouso e decolagem”. Nas laterais, “dificulta os procedimentos de manobras durante a corrida da aeronave nas pistas.

Crédito: Reprodução

13 mar 23

Genocídio Yanomami: Militares se recusam a corrigir 46 pistas de pouso que ajudariam no socorro aos indígenas

Um relatório elaborado pela Funai apontou que 46 pistas de pouso em terras Yanomami, na região amazônica, precisam de manutenção para garantir o transporte de doentes e o socorro em caso de emergências. No entanto, os militares responsáveis pela operação militar na região se recusam a realizar os reparos.

De acordo com a reportagem publicada pela Agência Pública, os militares justificam a recusa alegando que a Funai não teria informado corretamente as necessidades de manutenção das pistas de pouso. Ainda segundo a reportagem, o Ministério Público Federal (MPF) tem pressionado as autoridades responsáveis a solucionarem o impasse.

Enquanto isso, o presidente Lula viajou para Roraima para participar de uma assembleia de indígenas e discutir ações em defesa dos direitos dos povos originários.

 

Fontes:
Marina Silva visita base atacada por garimpeiros na Terra Yanomami e cita 'degradação imensurável' no território

Helicópteros do Ibama em operação contra garimpeiros na Terra Yanomami

Crédito: Arquivo pessoal

4 mar 23

Marina Silva visita base atacada por garimpeiros na Terra Yanomami e cita ‘degradação imensurável’ no território

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esteve na Terra Yanomami neste sábado (4) para ver de perto as ações implementadas pelo Ibama de combate ao garimpo. Ela foi à base de fiscalização na comunidade Palimiú, onde garimpeiros armados atiraram contra agentes, e sobrevoou regiões invadidas por exploradores de minérios. Ela se surpreendeu com o que viu no território: “A degradação é imensurável”, afirmou.

Fontes:

G1

Genocídio Yanomami: Esquema de ouro ilegal envolve empresas milionárias acusadas de danos ambientais e lavagem de recursos no Pará

Garimpeiro busca ouro no rio Uraricouera, na TI Yanomami; atividade ilegal no local explodiu no governo de Jair Bolsonaro

Crédito: Bruno Kelly/Amazônia Real

3 mar 23

Genocídio Yanomami: Esquema de ouro ilegal envolve empresas milionárias acusadas de danos ambientais e lavagem de recursos no Pará

Investigação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público Federal revelou que instituições financeiras acusadas de danos ambientais na Amazônia e lavagem de ouro no Pará compraram ouro ilegal Yanomami, de acordo com matéria do Reporter Brasil. Empresas com faturamentos milionários e sede em bairros nobres da capital paulista são acusadas de participar de um esquema que pode ter legalizado, em 2019 e 2020, mais de 4 toneladas de ouro ilegal de várias terras indígenas da Amazônia, segundo o Ministério Público Federal. Três dessas intermediárias – Ourominas, FD’Gold e Carol – aparecem nas investigações sobre o garimpo na Terra Indígena Yanomami.

Em decorrência dessas investigações, a Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (28/2) a “Operação Kukuanaland”, que tem como objetivo identificar e desarticular organização criminosa dedicada à extração ilegal de ouro, sua comercialização, exportação e lavagem do dinheiro, extraídos de reservas indígenas e unidades de conservação federal.

Fontes:
Genocídio Yanomami: Chico Rodrigues, senador flagrado com dinheiro na cueca que é a favor do garimpo, vai presidir comissão especial

Senador Chico Rodrigues (PSB-RR) que ficou em evidência nacional após ser flagrado com R$ 33 mil na cueca em outubro de 2020

Crédito: Roque de Sá/Agência Senado

16 fev 23

Genocídio Yanomami: Chico Rodrigues, senador flagrado com dinheiro na cueca que é a favor do garimpo, vai presidir comissão especial

O senador Chico Rodrigues (PSB) foi eleito presidente da Comissão Temporária Externa para acompanhar a situação dos Yanomami no Senado na quarta-feira (15). Em outubro de 2020, o senador ficou em evidência nacional após ter sido flagrado com R$ 33 mil escondidos na cueca durante uma operação policial que investigava um suposto esquema criminoso de desvio de recursos públicos para o combate à Covid-19 em Roraima. Na mesma operação, foi encontrada uma pedra que pode ser uma pepita de ouro no cofre do quarto do senador.

Chico Rodrigues já declarou ser favorável ao garimpo e defendeu a legalização da atividade em terras indígenas, além de ter solicitado a criação de um projeto de lei para a regularização do garimpo.

Fontes:

G1

Genocídio Yanomami: PF faz operação contra garimpo ilegal TI; suspeitos movimentam R$ 422 milhões em 5 anos

Diamantes apreendidos na casa de um dos alvos da operação Auris Alva, que investiga compra de ouro da Terra Indígena Yanomami.

Crédito: Divulgação/Polícia Federal

14 fev 23

Genocídio Yanomami: PF faz operação contra garimpo ilegal TI; suspeitos movimentam R$ 422 milhões em 5 anos

A Polícia Federal iniciou nesta terça-feira (14) uma operação para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami em Roraima. Os suspeitos incluem empresários, advogados e um servidor da prefeitura de Boa Vista, que teriam movimentado cerca de R$ 422 milhões em cinco anos. O dinheiro era transportado por terra até Roraima, enquanto o ouro era levado por aeronaves.

Fontes:

G1

Genocídio Yanomami: Associação indígena diz que Denarium foi “cúmplice da tragédia”

Davi Kopenawa Yanomami é levantado no centro da aldeia Xihopi, Terra Indígena Yanomami

Crédito: Christian Braga/ISA

30 jan 23

Genocídio Yanomami: Associação indígena diz que Denarium foi “cúmplice da tragédia”

A Hutukara Associação Yanomami, organização representativa do grupo indígena, publicou uma nota em que repudia as falas do governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), sobre os indígenas precisarem se “aculturar”. Para a entidade, Denarium tem sido “cúmplice da tragédia” e mantém uma visão colonizadora

“Enquanto o povo Yanomami vive uma das maiores crises de sua história, que vem sendo denunciada nos últimos anos pela Hutukara Associação Yanomami, o governador Denarium não só nega a realidade, como defende que os povos indígenas “têm que se aculturar, não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho”, diz a associação. 

Nossos modos de vida nos são negados como se fôssemos primitivos, incapazes, inumanos. Longe de se limitar ao discurso político, esse pensamento se refletiu em políticas de tendência genocida que foram implementadas sistematicamente nos últimos anos para inviabilizar a manutenção da vida dos yanomami”, afirma a associação.

Fontes:
STF manda investigar autoridades da gestão Bolsonaro por genocídio

Ministra Rosa Weber preside a sessão plenária do Supremo Tribunal Federal

Crédito: Carlos Moura/SCO/STF

30 jan 23

STF manda investigar autoridades da gestão Bolsonaro por genocídio

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta segunda-feira (30) a apuração de possível participação de autoridades do governo Jair Bolsonaro (PL) na prática de crimes de genocídio, desobediência e quebra de segredo de Justiça relacionados à segurança de comunidades indígenas.

A decisão foi proferida após o ministro receber informações sobre a situação enfrentada pela comunidade yanomami, que sofre com uma crise humanitária em Roraima e Amazonas.

Fontes:

UOL

Genocídio Yanomami: usando estrutura estatal, garimpo ilegal causou alta de 309% no desmatamento em Terra Indígena

Estima-se que hajam mais de 20 mil garimpeiros ilegais na região da TI, que vive uma crise humanitária

Crédito: Agência Pública

27 jan 23

Genocídio Yanomami: usando estrutura estatal, garimpo ilegal causou alta de 309% no desmatamento em Terra Indígena

No intervalo entre outubro de 2018 e dezembro de 2022, o desmatamento resultante do garimpo ilegal na Terra Indígena (TI) Yanomami aumentou 309%, de acordo com levantamento elaborado pela Hutukara Associação Yanomami. Em dezembro de 2022, último mês do governo de Jair Bolsonaro, a área devastada era de 5.053,82 hectares, ante 1.236 hectares detectados no início do monitoramento.

Garimpo ilegal utilizou base da Funai que deveria proteger Yanomami, mostra ofício inédito obtido pela Agência Pública. Documento de 2021 cita helicópteros clandestinos, homens armados e garimpo utilizando estrutura do governo dentro da TI.

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Genocídio Yanomami: governo decreta emergência de saúde pública

Mais de 570 crianças morreram nos últimos anos na TI

Foto: Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto

20 jan 23

Genocídio Yanomami: governo decreta emergência de saúde pública

Após visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, o Ministério da Saúde (MS) declarou emergência de saúde pública em território Yanomami. A região está sendo afetada por dessassitência sanitária, malária e desnutrição severa. 

“É muito triste saber que indígenas, sobretudo 570 crianças Yanomami, morreram de fome durante o último governo. O Ministério dos Povos Indígenas tomará medidas urgentes em torno desta crise humanitária imposta contra nossos povos”, disse Sônia Guajajara.

Também presente à visita governamental, a ministra da Saúde Nísia Trindade, disse que o governo Bolsonaro (PL) foi “omisso” em relação à saúde aos yanomami e culpou o garimpo pelo estado de calamidade.

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Dois jovens indígenas Pataxó são assassinados na Bahia

Projéteis encontrados no local em que os jovens Pataxó Samuel e Nawir foram assassinados

Crédito: Povo Pataxó / Divulgação

18 jan 23

Dois jovens indígenas Pataxó são assassinados na Bahia

O governo da Bahia confirmou que dois indígenas da etnia Pataxó foram mortos ontem (17) no extremo sul do estado. De acordo com informações preliminares da Polícia Civil, Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25 anos, e Nawir Brito de Jesus, 17 anos, foram alvo de tiros na tarde de ontem em Itabela. Na região, está localizada a terra indígena Barra Velha, local de intensos conflitos com fazendeiros.

Após o crime, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, disse que solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública o envio da Força Nacional para o local. “Ontem, perdemos dois jovens pataxó em virtude de conflito por terra e luta por demarcação. A minha primeira agenda do dia será com lideranças indígenas do extremo sul da Bahia. Acompanharei de perto o que vem acontecendo na região e irei requisitar ação imediata do Estado”, escreveu.

Nos últimos dias de 2022, em 27 de dezembro, uma outra aldeia da mesma Terra Indígena, a Quero Ver, no município de Prado, havia sido invadida por homens armados. De acordo com o Brasil de Fato, o clima na região é de medo e luto, mas desistir não é uma opção para a comunidade.

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Sob pressão de indígenas, Ministro da Justiça Flavio Dino disse que vai agir no caso Bruno e Dom

Indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips

Cris Vector

5 jan 23

Sob pressão de indígenas, Ministro da Justiça Flavio Dino disse que vai agir no caso Bruno e Dom

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse à CNN, nesta quarta-feira (4), que vai determinar que a Polícia Federal (PF) faça “o máximo possível e cabível” para esclarecer o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips, na região do Vale do Javari, no Amazonas.

O líder indígena da região e membro da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) Beto Marubo cobrou, em suas redes sociais, para que a resolução desse caso tivesse o mesmo “empenho e prioridade” que o assassinato da vereadora Marielle Franco. “Este é um caso que precisa ser esclarecido também. Ao Brasil e ao mundo”, disse no tweet. Por questões de segurança, Beto Marubo não pôde voltar para o Vale do Javari desde o assassinato de Bruno e Dom. Para ele, a continuidade das ameaças e da presença de grupos criminosos na região significa que “não se fez justiça coisíssima nenhuma” em relação à morte dos colegas.

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Indígenas Yanomami sofrem desnutrição como consequencias do garimpo ilegal e exigem o fim da exploração em suas terras

O povo Yanomami que protege as florestas

Crédito: Júnior Hekurari Yanomami/Reprodução

17 dez 22

Indígenas Yanomami sofrem desnutrição como consequencias do garimpo ilegal e exigem o fim da exploração em suas terras

Novas imagens de Yanomami em situação dramática repercutiram nesta sexta-feira (09/12/2022). Elas revelam moradores da comunidade Kataroa acometidos por desnutrição aguda grave. Kataroa fica na região de Surucucu, no município de Alto Alegre, norte de Roraima.

A crise sanitária resulta da combinação fatal da invasão garimpeira, descaso do governo federal e casos de corrupção, com desvio de recursos da saúde indígena. A invasão garimpeira causa a contaminação dos rios e degradação da floresta, o que reflete na saúde dos Yanomami, principalmente crianças, que enfrentam a desnutrição por conta do escasseamento dos alimentos.

Em novembro, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) realizaram uma operação contra uma fraude na compra de remédios destinados ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y). Entre os alvos da operação Yoasi estão empresários e servidores do Distrito de Saúde Indígena Yanomami (Dsei-Y), órgão do Ministério da Saúde responsável pela saúde indígena Yanomami. De acordo com as investigações, o esquema criminoso deixou pelo menos 10 mil crianças indígenas sem medicamentos.

Sob Bolsonaro, os Yanomami sofrem com o maior índice de mortes por desnutrição infantil do país. Com apenas 0,013% da população brasileira, os Yanomami tiveram 7% de mortes por desnutrição infantil entre 2019 e 2020 – 24 crianças morreram. De acordo com a Agência Pública, mais de 50% das crianças Yanomami têm déficit de peso, e muitos postos de saúde Yanomami ficaram mais de um ano sem alimentação.

Na terça-feira (06), outro fato aumentou o alerta para o território. A Unidade Básica de Saúde Indígena de Homoxi (UBSI), na região de Homoxi, foi incendiada.

Em meio a esse grave quadro, PSOL e Urihi Associação Yanomami acusam o secretário de Segurança de Roraima de vazar operação contra garimpeiros na Terra Indígena Yanomami. O secretário de estado Edison Prola deu detalhes da operação que tem como alvo retirar os garimpeiros da maior reserva indígena do Brasil. Organizações registraram queixa-crime onde pedem que ele seja investigado por divulgar informação sigilosa.

Mulheres Yanomami pedem que Lula acabe com garimpos na reserva indígena: ‘Não queremos ficar chorando porque as pessoas morrem’. Carta assinada por 49 mulheres revela preocupação caso o governo federal não atue para frear ação de garimpeiros na maior terra indígena do país. Documento foi entregue nessa segunda-feira (12), dia em que Lula (PT) recebeu diploma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Criminosos atacam embarcação de indígenas e ameaçam matar mulher Kanamari no Vale do Javari

Bruno Pereira e Dom Philipps foram mortos na região

Crédito: Cícero Pedrosa Neto/ Amazônia Real

16 nov 22

Criminosos atacam embarcação de indígenas e ameaçam matar mulher Kanamari no Vale do Javari

Um grupo de 12 indígenas (cinco mulheres, quatro homens e três crianças) do povo Kanamari foi ameaçado por três pescadores ilegais armados próximo da Base da Frente de Proteção do Itacoaí-Ituí, na Terra Indígena Vale do Javari (Amazonas), no dia 9 deste mês, por volta de 9h30. Uma mulher Kanamari teve uma espingarda apontada na direção de seu peito por um dos pescadores, que ameaçou matá-la. Sem arma, os outros indígenas temeram por uma tragédia e tentaram convencê-los a desistir do crime. 

Os três pescadores então se afastaram, levando em suas embarcações dezenas de tracajás (quelônios da Amazônia) retirados da terra indígena. De longe, eles atiraram cinco vezes no tambor de combustível (já vazio) do “canoão” no qual os indígenas viajavam. Um segundo “canoão” de porte menor acompanhava a embarcação atacada, totalizando um total de 30 pessoas do povo Kanamari no momento da ação dos pescadores ilegais. A indígena ameaçada pelo pescador ilegal disse que só não morreu porque havia várias testemunhas na embarcação.

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