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Bolsonaro liberou 2182 agrotóxicos em 4 anos, recorde para um governo no Brasil

Campanha em Guarapuava (PR) alerta para perigos dos agrotóxicos

Crédito: @samuelfbueno/Mídia ECO

4 fev 23

Bolsonaro liberou 2182 agrotóxicos em 4 anos, recorde para um governo no Brasil

O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro liberou 2.182 agrotóxicos entre 2019 e 2022, o maior número de registros para uma gestão presidencial desde 2003, segundo dados da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins (CGAA) do Ministério da Agricultura.

O levantamento mostra que os registros de agrotóxicos vêm crescendo ano a ano no país desde 2016. E aponta ainda que dos 2.182 agrotóxicos liberados no governo Bolsonaro, 98 são inéditos, o que também é um recorde para um governo na série histórica; o restante é considerado genérico, ou seja, são “cópias” de matérias-primas inéditas ou produtos finais baseados em ingredientes já existentes no mercado; do total de liberações, 1.816 são químicos e 366 biológicos: os biológicos têm baixo impacto ambiental e são voltados para a agricultura orgânica – pela legislação brasileira, eles também são chamados de agrotóxicos; os registros de biológicos durante o governo Bolsonaro também bateram recorde para uma gestão presidencial.

Somente no ano passado, 652 agrotóxicos ingressaram no mercado, o maior número para um ano na série histórica. O valor também representa um aumento de 16% em relação ao total de 2021, que já tinha sido recorde. Dos 35 liberados para os produtores rurais, 22 foram considerados “muito perigoso ao meio ambiente” pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Fontes:

G1

Tereza Cristina sai do Ministério da Agricultura deixando 1654 novos agrotóxicos liberados

Novo ministro é ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária

Crédito: Antonio Araujo/Flickr/via CC BY-NC 2.0

31 mar 22

Tereza Cristina sai do Ministério da Agricultura deixando 1654 novos agrotóxicos liberados

“Fizemos muito com muito pouco, presidente, porque não houve corrupção em seu governo”. Em 29 de março, foi assim que a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, se despediu do cargo, em discurso em evento em Ponta Porã (MS), ao lado de  Jair Bolsonaro. Grande aliada do presidente e da agenda ruralista, Cristina saiu para concorrer ao Senado pelo estado do Mato Grosso do Sul.

Desde o início de sua gestão, iniciada em 1º de janeiro de 2019, marcada pela defesa da necessidade de afrouxamento das regras de aprovação de pesticidas, o governo liberou 1654 novos produtos agrotóxicos, um recorde.

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes, foi anunciado como novo ministro e tomou posse em 31 de março. Pontes é ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária e deputado federal pelo PSD em Minas Gerais. Em nota sobre a mudança, o Governo Federal afirmou que o novo ministro assume o cargo “com uma política de continuidade da gestão implementada nos últimos três anos”.

Fontes:
Governo Bolsonaro libera uso de mais 56 agrotóxicos; são 935 em dois anos

Administração federal já liberou 32% dos agrotóxicos disponíveis no Brasil


Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama/via CC BY-SA 2.0

11 jan 21

Governo Bolsonaro libera uso de mais 56 agrotóxicos; são 935 em dois anos

O Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União a liberação de 56 novos agrotóxicos  – 51 genéricos e 5 inéditos –, referentes aos últimos registros autorizados em 2020, segundo levantamento feito pelo G1. Desses, a maior parte, 37, são pesticidas químicos e apenas 19 biológicos, que podem ser usados em lavouras comerciais e na produção de alimentos orgânicos, por exemplo.

Desde o início do mandato, o governo Bolsonaro tem batido recordes do número de agrotóxicos liberados. Em 2020 foram 461 novos registros, apenas um pouco atrás da marca histórica de 474, atingida em 2019, segundo a reportagem.

Fontes:
Folha de S. Paulo lança monitor ambiental para acompanhar atividade do governo federal

Ferramenta tem como fonte o Diário Oficial da União

Crédito: Reprodução/Monitor da Política Ambiental

17 dez 20

Folha de S. Paulo lança monitor ambiental para acompanhar atividade do governo federal

A Folha de São Paulo, em parceria com a iniciativa Política por Inteiro, lançou o Monitor da Política Ambiental, ferramenta que extrai de forma automatizada os atos relacionados ao meio ambiente publicados no Diário Oficial da União. Por meio de palavras-chaves, são selecionadas as publicações de interesse, que passam pela análise de um time de especialistas responsável por indicar as mais relevantes e sugerir uma classificação. Foram identificadas e classificadas 606 normas até agora.

Com atualização quinzenal, o objetivo é “permitir que o público tenha maior conhecimento sobre a atividade do Executivo federal no meio ambiente, o que nem sempre é simples, considerando que normas para o setor são publicadas juntamente com outras milhares relacionadas a de outras áreas”, diz o jornal.

Fontes:
Agrotóxico utilizado em soja contamina outros plantios no RS; produtores de vinho movem ação

Contaminação pode acabar com a diversidade produtiva da região

Crédito: Michelle Rodrigues/Seapdr

17 dez 20

Agrotóxico utilizado em soja contamina outros plantios no RS; produtores de vinho movem ação

Agrotóxicos que possuem o 2,4-D (ácido diclorofenoxiacético) em sua composição, utilizados para controle de ervas daninhas em plantações de soja na região de Campanha (RS), têm causado graves prejuízos para produtores rurais de cultivos variados, em especial aos viticultores. 

Em entrevista ao Brasil de Fato, Valter Potter, presidente da Associação Vinhos da Campanha Gaúcha, relatou que os efeitos da contaminação são sentidos há cerca de quatro anos, mas têm se agravado nos últimos três. Em 2020, uma análise laboratorial realizada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em folhas e outros materiais afetados identificou a presença do 2,4-D  em 87% da amostra, o que corresponde à perda de 1 milhão de litros de vinhos, apenas entre os associados da Vinhos da Campanha, estima Potter. O impacto sentido especialmente entre os pequenos e médios produtores. 

Ao ser pulverizado, o herbicida pode se espalhar por até 30 quilômetros, o que dificulta a identificação de sua origem e possíveis pedidos de indenização. Os produtores lesados pedem a suspensão do uso do ácido diclorofenoxiacético no Rio Grande do Sul. Após diversas tentativas de diálogo na esfera administrativa, a Associação de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha e a Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi) entraram com uma ação civil pública contra o Estado para prevenir prejuízos financeiros ainda maiores.

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Governo Bolsonaro já liberou 910 novos agrotóxicos desde o início do mandato

Cifra representa 30% do total de agrotóxicos comercializados no Brasil

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama/via CC BY-SA 2.0

30 nov 20

Governo Bolsonaro já liberou 910 novos agrotóxicos desde o início do mandato

Do início do mandato até 30 de novembro de 2020, o governo de Jair Bolsonaro publicou no Diário Oficial da União (DOU) a aprovação de 910 novos agrotóxicos no país. A informação é do Robotox, projeto da Agência Pública e da Repórter Brasil, que monitora o registro de novos químicos publicados no DOU, com atualizações periódicas via Twitter.

Considerando que já estão no mercado, o número corresponde a aproximadamente 30% do total de agrotóxicos comercializados no Brasil até 30 de novembro –  2976, de acordo com a ferramenta.

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Instituto Nacional de Meteorologia alerta para hipertermia no Brasil; agricultura sofre

Impacto econômico da onda de calor já é sentido em algumas regiões do país

Crédito: Inmet/Reprodução

13 out 20

Instituto Nacional de Meteorologia alerta para hipertermia no Brasil; agricultura sofre

Frente as altas temperaturas registradas no início do mês, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de “grande perigo” até o dia 9 de outubro. Na região Centro-Oeste e no Tocantins, há risco de morte por hipertermia. Ouvido pela CNN, Mamedes Luiz Melo, meteorologista do Inmet, apontou que o cenário pode estar associado a um “conjunto de fatores”, como o longo período sem chuvas e as queimadas recentes que atingiram a Amazônia e o Pantanal. 

O impacto da onda de calor já é sentido na economia. Na cidade de Bastos, maior produtora de ovos de São Paulo, o calor – que chegou a atingir 41ºC ao longo da semana – causou grandes prejuízos aos avicultores da região. Ouvido pelo Globo Rural, Sérgio Kakimoto estima que sua granja tenha perdido entre 40 mil e 45 mil animais e prevê que a perda pode chegar a 70 mil galinhas até o final de semana. Segundo matéria do portal G1, o prejuízo já fez subir quase 10% o preço do ovo nas granjas da cidade.

Em Belo Horizonte, um levantamento feito em 17 estabelecimentos da capital apontou para o aumento do preço de frutas e legumes como consequência do forte calor que afeta a região mineira. Para o jornal Hoje em Dia, Feliciano Abreu, coordenador do site Mercado Mineiro, pontuou que o transporte das mercadorias fica comprometido com as altas temperaturas.

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"Boi Bombeiro"

Para Ministra Tereza Cristina, mais gado evitaria devastação do Pantanal

Crédito: Antonio Araujo/via CC BY-NC 2.0

9 out 20

“Boi Bombeiro”

Frente ao índice recorde de queimadas no Pantanal, a ministra da Agricultura Teresa Cristina afirmou que o problema poderia ser contornado caso houvesse mais atividade pecuária no bioma, além de afirmar que a devastação se deu pela grande quantidade de “matéria orgânica seca” na região. A fala da ministra faz alusão à “tese” do “boi bombeiro”, apresentada pelo líder pecuarista Leopoldo Mário em matéria da Folha de S. Paulo de setembro. O fazendeiro afirmou  que o gado seria o “bombeiro do pantanal” por fazer a limpeza do pasto, e defendeu a permissão de queimadas controladas como medida para diminuir os incêndios na região.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 14% da área do Pantanal foi queimada apenas no mês de setembro, recorde histórico de devastação anual desde o início do trabalho de  monitoramento realizado pelo órgão, em 2002. Além da seca grave que marcou o período, dados do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional do Mato Grosso (Ciman-MT) apontam que os incêndios registrados no estado foram provocados por ação humana intencional. Segundo análise da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), parceira do Inpe no monitoramento da região atingida pelas queimadas, 26% da área total do Pantanal já foi consumida em 2020, de janeiro a setembro.

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