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Desmatamento no primeiro trimestre bate recorde no Cerrado e tem segundo pior índice na Amazônia

Estudos estimam que vazão dos rios no Cerrado deve cair 34% até 2050 por causa do desmatamento

Crédito: José Cícero/Agência Pública

7 abr 23

Desmatamento no primeiro trimestre bate recorde no Cerrado e tem segundo pior índice na Amazônia

O desmatamento no Cerrado brasileiro atingiu o maior valor já registrado para o primeiro trimestre do ano desde o início da série histórica, em 2015, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O bioma perdeu 909 km² de vegetação nativa entre janeiro e março de 2023, um aumento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado. Na Amazônia, o desmatamento no primeiro trimestre também foi alarmante, com 1.545 km², o segundo pior índice para o período desde 2015.

 

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Desmatamento no Matopiba ameaça o abastecimento de água de mais de 300 cidades

Estudos estimam que vazão dos rios no Cerrado deve cair 34% até 2050 por causa do desmatamento

Crédito: José Cícero/Agência Pública

22 mar 23

Desmatamento no Matopiba ameaça o abastecimento de água de mais de 300 cidades

Desmatamento na região do Matopiba, que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, pode colocar em risco o abastecimento de água de pelo menos 373 municípios, segundo um estudo lançado nesta quarta-feira (22) pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e MapBiomas. A análise compartilhada com exclusividade com a Agência Pública traz dados sobre cinco bacias hidrográficas, e indica que a vazão dos rios no Cerrado pode cair em até 34% até 2050 devido à perda da vegetação nativa.

As bacias dos rios Tocantins, São Francisco, Parnaíba, Itapecuru e Araguaia, que tiveram os maiores índices de desmatamento em 2022, são fundamentais para o abastecimento de água de populações urbanas, rurais e do agronegócio, além de estarem na fronteira da expansão agrícola. As consequências para a qualidade da água e o risco de desabastecimento podem ser ainda maiores do que os 373 municípios apontados na análise.

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Desmatamento na Amazônia cai 61% em janeiro, mas Cerrado teve queda de apenas 10%

O desmatamento no Cerrado mais que dobrou em relação à Amazônia.

Crédito: Marcos Vergueiro/Secom-MT

10 fev 23

Desmatamento na Amazônia cai 61% em janeiro, mas Cerrado teve queda de apenas 10%

O desmatamento na Amazônia Legal apresentou uma redução de 61% em janeiro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área agregada de desmatamento na região foi de 167 km², contra 430 km² em janeiro de 2022.

Por outro lado, o desmatamento no Cerrado Brasileiro mais que dobrou em relação à Amazônia, alcançando 441,85 km² em janeiro.  A área de Cerrado desmatada apresentou queda de 10% em comparação com igual período do ano passado, quando o registro ficou em 491,64 km². Apesar disso, o perímetro desmatado é maior do que a cidade de Curitiba inteira – a capital do Paraná tem 434,892 km²

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Ministério do Meio Ambiente de Bolsonaro abriu mão de defender 8 milhões de hectares na Amazônia, Pantanal e Cerrado

Governo Bolsonaro não criou nenhuma unidade de conservação em seu governo

Crédito: Júlia Coelho/The Intercept Brasil

8 fev 23

Ministério do Meio Ambiente de Bolsonaro abriu mão de defender 8 milhões de hectares na Amazônia, Pantanal e Cerrado

Durante a gestão de Ricardo Salles como ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, o MMA decidiu abandonar a criação de áreas protegidas em 167 áreas da União, sem alarde e sem consultar o quadro técnico. Essas áreas estão localizadas na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal, abrangendo oito estados brasileiros em três regiões do país, incluindo Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso.

Além disso, em 29 de outubro de 2020, o ministério comunicou que “não possui interesse em adquirir novas áreas para criação de unidades de conservação”. A decisão foi tomada sem considerar as preocupações previamente expressas pelo corpo técnico do ministério em relação a essas áreas, de acordo com uma apuração do The Intercept Brasil.

Mas há pelo menos 39 áreas que não deveriam ter sido descartadas, de acordo com os próprios técnicos do ICMBio. Tratam-se de grandes maciços florestais bem preservados, que somam mais de 8 milhões de hectares — quase o dobro do estado do Rio de Janeiro — e estão localizados nos estados do Mato Grosso (16), Amazonas (10), Pará (9), Rondônia (2) e Roraima (2).

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Incêndios florestais crescem 14% em 2022, aponta relatório do Mapbiomas

Incêndios florestais se concentraram na Amazônia e no cerrado em 2022

Crédito: Christian Braga / Greenpeace

27 jan 23

Incêndios florestais crescem 14% em 2022, aponta relatório do Mapbiomas

Em 2022, o Brasil perdeu para o fogo mais de 163 mil km² de florestas, o equivalente ao estado do Acre (152.581 km²). A área representa um aumento de 14% em relação aos 142,8 mil km² registrados no ano anterior. Os dados são do Monitor do Fogo, da plataforma Mapbiomas em parceria com o Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

A maioria das queimadas foi registrada na Amazônia e no Cerrado (juntos, os dois biomas têm 95% da área destruída). Os incêndios se concentraram em regiões campestres e de savana (43%), formações que são encontradas no cerrado, enquanto 25,4% da área atingida era de pastagens.

Considerando apenas dezembro, a alta nos incêndios foi de 93%, na comparação com o mesmo mês de 2021: foram 3.327 km² de área queimada no ano passado, comparado a 1.748 km² em 2021.

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Destruição de área indígena leva ICMBio a criar uma força-tarefa no Tocantins

Força-tarefa conta com Ibama, ICMBio, Funai e Polícia Federal

Crédito: Divulgação

5 jan 23

Destruição de área indígena leva ICMBio a criar uma força-tarefa no Tocantins

De acordo com o Jornal Nacional, a destruição de uma área indígena protegida por decisão judicial levou o ICMBio a criar uma força tarefa no Tocantins. Fiscais do Ibama flagraram um rebanho em uma área da Ilha do Bananal conhecida como a “Mata do Mamão”, um santuário ecológico de floresta nativa. É onde os biomas do Cerrado, da Amazônia e do Pantanal se encontram. É também o lar de indígenas isolados do povo Avá-Canoeiro.

Para protegê-los, desde 2019, a circulação de não-indígenas no local é proibida pela Justiça Federal. Mas a decisão não está sendo respeitada. Segundo o ICMBio, há 12 anos a Mata do Mamão tinha o dobro do tamanho que tem hoje – a proibição da circulação tinha como objetivo conter a ocupação ilegal, principalmente, de criadores de gado, mas não foi o bastante para frear a destruição na mata. Agora, uma força tarefa de fiscais ambientais foi criada para investigar os crimes na região e tentar identificar os responsáveis.

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Desmatamento, multas e garimpo: os primeiros 'revogaços' do governo Lula na área ambiental

Presidente Lula inicia o seu terceiro mandato restabelecimento vários programas de proteção ambiental que haviam sido extintos ou enfraquecidos no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro

Crédito: Ana Pessoa / Mídia NINJA

2 jan 23

Desmatamento, multas e garimpo: os primeiros ‘revogaços’ do governo Lula na área ambiental

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou neste domingo (1/1) os primeiros decretos revogando medidas tomadas durante o governo do seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O chamado “revogaço” foi prometido por Lula durante a campanha eleitoral e começou mudanças na política de armas, meio ambiente e sigilo de dados.

Na área ambiental, os decretos assinados pelo presidente: determinou prazo de 45 dias para que seja concluída uma proposta de regulamentação do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama); restabeleceu de regras para o funcionamento do Fundo Amazônia – Noruega e Alemanha anunciaram liberação para uso imediato de R$3,3 bilhões já disponíveis para novos projetos; revogou decreto do garimpo ilegal em áreas protegidas e ambientalmente sensíveis assinado por Bolsonaro; retomou o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento, agora estendido a todos os Biomas, com o objetivo de chegar ao desmatamento zero; revisou das normas de aplicação de sanções e multas ambientais, extinguindo a audiência prévia de conciliação no processo administrativo sancionador ambiental que na prática anistiava criminosos ambientais; instituiu a Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento composta por 19 ministérios, dentre eles Meio Ambiente e Mudança do Clima, Agricultura e Pecuária, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Ministério dos Povos Indígenas; recompos aparticipação social no Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA);  devolveu a gestão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) à pasta ambiental.

Na segunda-feira (2/1), a Funai mudou de nome. Criada em 1967 como Fundação Nacional do Índio, ela agora passa a se chamar Fundação Nacional dos Povos Indígenas. A FUNAI agora faz parte da estrutura do Ministério dos Povos Indígenas, e pela primeira vez o órgão é presidido por uma indígena, a ex-deputada federal Joenia Wapichana.

Na mesma data, a nova ministra do Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, cancelou o ato do ex-ministro da pasta, Ricardo Salles, que retirava um conjunto de atribuições técnicas dos fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com O Brasil de Fato, a norma editada pelo bolsonarista tirou o poder dos servidores sobre a aplicação de multas, paralisando o trabalho do órgão. Um levantamento feito pelo Estadão mostrou que dos 1.154 autos de infração ambiental lavrados após 8 de outubro de 2019, quando as regras foram modificadas por Salles, 98% dos casos ficaram paralisados. A medida da nova ministra também determinou que os autos de infração deverão ser públicos e disponibilizados pela internet. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o banco de dados públicos de multas foi retirado do ar. Também se determinou que 50% dos recursos arrecadados com as multas serão destinados ao Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), que viabiliza políticas públicas no setor.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que, nos próximos dias, mais “revogaços” devem ser publicados.

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Desmatamento no Cerrado aumenta 25% em 2022 e é o maior desde 2015

Os Estados do Matopiba lideraram destruição do segundo maior bioma brasileiro em 2022

Crédito: Moisés Muálem/ WWF-Brasil

15 dez 22

Desmatamento no Cerrado aumenta 25% em 2022 e é o maior desde 2015

O desmatamento no Cerrado aumentou 25,29% no período de agosto de 2021 a julho de 2022. As informações foram divulgadas na quarta-feira (14/12) pelo Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Ao todo, uma área de 10.688,73 km² foi desmatada.

Além da área desmatada passar dos 10 mil km², os dados apresentados hoje mostram que em 2022 houve aumento de 25% na devastação do bioma em relação ao ano passado, quando a taxa anual foi de 8.531,44 km². Esse é o terceiro ano consecutivo de aumento da destruição no Cerrado, situação nunca vista na série histórica do monitoramento do INPE desde 2000. No governo Bolsonaro, o desmatamento do bioma acumulou uma área de 33.444 km2, mais de seis vezes a área de Brasília.

“Precisamos mudar a trajetória do desmatamento do Cerrado urgentemente, depois de 3 anos seguidos de aumento da destruição. Preservar o bioma é fundamental para manter os regimes hídricos que irrigam tanto a produção de commodities, como a agricultura familiar, e enchem reservatórios de hidrelétricas pelo país. Desmatar o Cerrado é agir contra o agro, contra o combate à fome e a inflação – menos Cerrado significa alimentos e energia elétrica mais caros”, afirma Edegar de Oliveira Rosa, diretor de Conservação e Restauração do WWF-Brasil.

Em 2022, os estados de maior destruição foram os da região conhecida como Matopiba, chegando a 71 % do total desmatado no bioma. O  estado do Maranhão lidera o ranking da devastação com 2.833,9 km², 27% do total desmatado no bioma. Em seguida aparecem Tocantins (2.127,52 km²) e Bahia (1.427,86 km²), junto com Piauí (1.189 km² desmatados).

A divulgação dos números acontece apenas uma semana após a aprovação da Lei Europeia anti-desmatamento, que proíbe a entrada no mercado europeu de commodities produzidas em áreas florestais desmatadas após 31 de dezembro de 2020. A lei não inclui ecossistemas como o Cerrado e a preocupação é que, ao restringir a produção com desmatamento na Amazônia, na Mata Atlântica e no Chaco, os biomas mais tipicamente florestais da América do Sul, a nova regulação possa causar “vazamento” do desmatamento para a savana brasileira, ampliando sua destruição.

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Quilombolas e Indígenas pedem mais proteção aos biomas à UE; EUA prepara sanções a desmatadores brasileiros

Lideranças indígenas do Brasil visitam países da União Europeia durante em junho de 2022 para pedir mais proteção de seus territórios

Crédito: Apib

23 nov 22

Quilombolas e Indígenas pedem mais proteção aos biomas à UE; EUA prepara sanções a desmatadores brasileiros

Organizações Quilombolas e Indígenas solicitaram ao Parlamento Europeu que a proteção às florestas seja ampliada a todos os biomas brasileiros na nova legislação da União Europeia que regula importações. Seria possível elevar o nível de proteção do Cerrado de 26% para 82%, do Pantanal de 23% para 42% e da Caatinga de 10% para 93%.

A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais e Quilombolas (CONAQ) e a Articulação dos Povos Indígenas Brasileiros (Apib) entregaram relatório exigindo inclusão da proibição de desmatamento ilegal para todas as fitofisionomias e biomas brasileiros como prerrogativa para compras de commodities pelos países europeus, na proposta conhecida como  Lei de Importação de produtos com risco florestal (FERC – Forest and ecosystem-risk commodities) que pode ter seu texto final votado no Parlamento Europeu em breve. 

Enquanto isso, os Estados Unidos devem aplicar penalidades a criminosos ambientais que contribuírem com o desmatamento da Amazônia brasileira. A iniciativa representaria uma mudança na estratégia dos EUA para combater as mudanças climáticas com ações mais severas, como a aplicação de sanções com base na Lei Magnitsky – que congelariam ativos dos infratores e impediriam todos os norte-americanos e empresas do país de lidar com indivíduos ou entidades sancionadas.

As sanções internacionais são consequência direta das políticas ambientais do presidente Jair Bolsonaro, que reverteu medidas de proteção ambiental e pressionou por mais mineração e agricultura comercial na Amazônia, resultando na maior alta de desmatamento dos últimos 15 anos no Brasil.

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Sinal de Fumaça lança o "Guia: Amazônia Legal e o Futuro do Brasil"

Material aponta o que está em jogo na região às vésperas das eleições

Crédito: Sinal de Fumaça/Reprodução

30 ago 22

Sinal de Fumaça lança o “Guia: Amazônia Legal e o Futuro do Brasil”

Às vésperas das Eleições 2022, o monitor Sinal de Fumaça lança o Guia Amazônia Legal e o Futuro do Brasil – Um raio X dos 9 estados da região entre 2018-2022, uma produção independente baseada no levantamento dos principais acontecimentos da pauta socioambiental nos quatro anos de gestão Bolsonaro em cada um dos nove estados que compõem a região.

O material foi construído a partir de um processo de escuta ativa feito entre maio e julho de 2022 com a coleta de 19 depoimentos de pessoas atuantes nos territórios compreendidos pela publicação. Foram ouvidos comunicadores, pesquisadores, lideranças indígenas e comunitárias e ativistas. Os relatos direcionaram a pesquisa e resultaram em um material qualificado e abrangente sobre a região que ocupa quase 60% do território nacional, corroborado pelos melhores dados técnicos disponíveis.

O Guia apresenta um panorama geral do que é a Amazônia Legal, contextualizando o leitor com informações geográficas, socioambientais e com os principais vetores de destruição florestal e violência. Traz uma curadoria de dados produzidos por institutos científicos e organizações da sociedade civil amazônida e o levantamento de casos emblemáticos, mortes violentas e indicadores da crescente ameaça sofrida pelos povos originários nessas áreas.

A publicação revela a movimentação do Congresso Nacional nesse cenário de disputa de terras e recursos ambientais, destacando quatro projetos de lei em tramitação nas casas federais e o comportamento dos governos estaduais e das respectivas bancadas parlamentares diante do chamado Pacote de Destruição, uma série de propostas legislativas que altera profundamente a gestão do uso de terra no país. O Guia resgata ainda linhas do tempo estaduais, com os principais acontecimentos monitorados pelo Sinal de Fumaça ao longo dos últimos quatro anos e mapeia as principais notícias falsas e campanhas de desinformação impulsionadas em cada localidade. Por fim, destaca pontos de atenção e projetos de alto impacto para as populações e a biodiversidade de cada estado que continuarão tramitando e sendo alvo de barganhas políticas após as eleições.

Em três anos, Brasil perdeu área de vegetação nativa equivalente ao tamanho do RJ

Em 2021, o desmatamento cresceu 20% em relação ao ano anterior

Crédito: MapBiomas

18 jul 22

Em três anos, Brasil perdeu área de vegetação nativa equivalente ao tamanho do RJ

Entre 2019 e 2021, o Brasil perdeu 42 mil km² de vegetação nativa, de acordo com os alertas de desmatamento detectados nos seis biomas do país, aponta a iniciativa MapBiomas.

Em seu novo relatório anual, o grupo indica que o país perdeu 16.557 km2 (1.655.782 ha) de cobertura vegetal nativa em 2021. Foram 69.796 alertas de desmatamento detectados, 98% com indícios de irregularidades. 

Do total de alertas, 66,8% estão na Amazônia (977 mil ha desmatados, 59% da área total); 15,2% na Caatinga (190 mil ha desmatados, 7% da área total), 9,9% estão no Cerrado (e 500 mil ha desmatados, 30,2% da área total). Juntos, os três biomas respondem por 96,2% das perdas.

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Rede de Sementes do Xingu completa 15 anos de trabalho na recuperação da Amazônia e do Cerrado

À esquerda, Milene Alves, de Nova Xavantina (MT), narradora do filme lançado sobre o grupo

Crédito: Tui Anandi / ISA

20 jan 22

Rede de Sementes do Xingu completa 15 anos de trabalho na recuperação da Amazônia e do Cerrado

Em 2022, a associação não-governamental sem fins lucrativos Rede Sementes do Xingu completa 15 anos de atuação na restauração florestal por meio da coleta e comercialização de sementes nativas de diferentes espécies, somou 292 toneladas de sementes coletadas e 7,4 mil hectares recuperados em plantios com parceiros.  Além da coleta e distribuição das sementes, o objetivo do grupo é valorizar a autonomia dos povos e culturas tradicionais.

Formada por povos indígenas, agricultores familiares e moradores de cidades localizadas em territórios da Amazônia e do Cerrado no estado de Mato Grosso, a Rede conta com 568 coletores e coletoras distribuídos em 21 municípios, incluindo 16 assentamentos rurais e 26 aldeias de três terras indígenas.

No ano passado, em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), a história da Rede de Sementes do Xingu foi contada no documentário em realidade virtual “Fazedores de floresta”, que teve sua pré-estreia na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP26). 

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Rede Sustentabilidade aciona STF contra fim do monitoramento do Cerrado pelo Inpe

“Não vamos permitir um apagão de dados”, declarou o senador Randolfe Rodrigues


Crédito: Pedro França/Agência Senado

11 jan 22

Rede Sustentabilidade aciona STF contra fim do monitoramento do Cerrado pelo Inpe

O partido Rede Sustentabilidade ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 934, solicitando ao governo federal que “comprove imediatamente a destinação e a execução de verbas suficientes” para a continuidade do monitoramento do desmatamento do Cerrado realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), noticiou o portal  jurídico Conjur.

No início de janeiro, o Inpe informou que só possui recursos até abril para manter os 20 profissionais que compõem a equipe responsável pelo monitoramento diário e balanços anuais do desmatamento no bioma, ao custo de R$ 2,5 milhões ao ano.

Considerado o bioma mais ameaçado do Brasil, o Cerrado tem sofrido o impacto do grande avanço do agronegócio. Em 2021, a região atingiu a mais alta taxa de desmatamento desde 2015, indicou o Inpe.

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Por falta de verba, Inpe pode ficar sem monitoramento do Cerrado em abril

Bioma bateu recorde de desmatamento em 2021

Crédito: SEMAD/MG

6 jan 22

Por falta de verba, Inpe pode ficar sem monitoramento do Cerrado em abril

O projeto de monitoramento do Cerrado realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) deve ser descontinuado a partir de abril de 2022. Segundo o Inpe, o financiamento do Forest Investment Program (FIP), administrado pelo Banco Mundial e sob a guarda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, que mantinha a equipe de monitoramento do bioma desde 2016, se encerrou em 31 de dezembro de 2021.

De acordo com Cláudio Almeida, coordenador do programa de monitoramento da Amazônia e demais biomas, são necessários R$ 2,5 milhões ao ano para manter os 20 profissionais que compõem a equipe responsável pelo monitoramento diário e balanços anuais do desmatamento no bioma. O valor equivale à metade do que o governo federal gastou com uva passa em 2020, conforme comparativo feito pelo portal Um só planeta com base em matéria do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles.

O trabalho realizado pelo Inpe é fundamental para a tomada de ações e medidas públicas voltadas à  preservação do Cerrado, que bateu recorde de desmatamento em 2021 e é considerado o bioma mais ameaçado do Brasil.

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Desmatamento bate recorde no Cerrado em 2021

Cerca de 50% do bioma já foi destruído desde a década de 1970


Crédito: Victor Moriyama/Greenpeace

5 jan 22

Desmatamento bate recorde no Cerrado em 2021

O Cerrado atingiu a mais alta taxa de desmatamento desde 2015, apontam os dados consolidados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo nota técnica do instituto, divulgada em 31 de dezembro, houve um aumento de 7,9% da supressão vegetação nativa de agosto de 2020 a julho de 2021, período oficial de medição do desmatamento anual do sistema PRODES, somando 8.531,44 km2.

Historicamente, o bioma sofre com o avanço do agronegócio e pecuária e tem sido palco de conflitos por terra e água entre os latifundiários e os agricultores, ribeirinhos e pescadores locais, problema intensificado com a chegada de Jair Bolsonaro à presidência, em 2019.

Do total de área desmatada, 61,3% (5227,32 km²) esteve concentrado na região conhecida como Matopiba, fronteira agrícola que engloba parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, indica análise do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Para Ane Alencar, diretora de Ciências do IPAM, o dado merece destaque. “Essa região precisa de um olhar especial para os conflitos que têm se acirrado por conta dessa conversão [de vegetação nativa para a agropecuária]. O aumento do desmatamento no Cerrado mostra que a falta de governança ambiental e os conflitos socioambientais decorrentes dela não são prerrogativas somente da Amazônia”.

Ouvida pela Reuters, a pesquisadora declarou que o aumento do desmatamento no bioma registrado em 2021 é um reflexo da postura do governo frente ao problema. “O desmatamento é o indicador mais nu e cru da péssima política ambiental que esse governo tem tido”, finalizou.

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Sinal de Fumaça lança dossiê sobre crise socioambiental nos 3 anos de governo Bolsonaro
28 out 21

Sinal de Fumaça lança dossiê sobre crise socioambiental nos 3 anos de governo Bolsonaro

No marco de três anos da eleição de Jair Bolsonaro, o Sinal de Fumaça lançou um levantamento que organiza pontos-chave do desmonte da governança socioambiental e das políticas de redução de desmatamento no Brasil. 

O dossiê bilíngue “Governo JB: Menos 30 anos em 3” mostra que a “boiada” é um projeto político anunciado ainda na campanha eleitoral e implementado desde o primeiro dia do governo Bolsonaro. O material foi elaborado tendo como base cerca de 450 conteúdos sistematizados, em formato de linha do tempo, a partir de outubro de 2018.

Na próxima semana, chefes de estado de centenas de países se reúnem na na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26) para discutir como barrar a emergência climática. O Brasil vem aumentando sua participação no problema com o crescimento das emissões de poluentes derivadas do desmatamento e da carbonização da matriz energética em função da crise hídrica, por sua vez vinculada às perdas florestais. 

Clique aqui para ler o “Governo JB: Menos 30 anos em 3” em português e aqui em inglês.

Incêndio na Chapada dos Veadeiros já consumiu 36 mil hectares de Cerrado

Fogo é resultado de ação criminosa, indica Corpo de Bombeiros

Crédito: Reprodução/TV Anhanguera

24 set 21

Incêndio na Chapada dos Veadeiros já consumiu 36 mil hectares de Cerrado

O incêndio no município de Alto Paraíso de Goiás (GO), iniciado em 12 de setembro, e que se alastrou para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, desde o dia 20, já queimou cerca de 36 mil hectares de vegetação  do Cerrado até o momento. O dado é do ​​Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal responsável pela administração do parque.

A Polícia Civil abriu cinco inquéritos para apurar a origem do fogo na região e já conta com três suspeitos. Entre eles está um fazendeiro da região que teria iniciado a queimada em sua propriedade.

Fontes:

G1 (24/09)

Em 2020, Brasil foi o 4º país do mundo que mais matou ambientalistas

Em levantamento de 2019, país ocupou a terceira posição

Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

13 set 21

Em 2020, Brasil foi o 4º país do mundo que mais matou ambientalistas

Segundo novo relatório da Global Witness, em 2020, o Brasil foi o quarto país mais mortal do mundo para ativistas ambientais e pelo direito à terra. 

Dos 277 ataques letais no período, 165 aconteceram na América Latina, sendo 20 deles no Brasil. Apesar da ONG destacar a provável subnotificação de casos, trata-se do maior número geral desde o início do levantamento, em 2012.

No Brasil, a violência se concentrou na Amazônia, indica o relatório. Cerca de 75% dos ataques ocorreram no bioma, especialmente contra indígenas. Entre eles está Ari Uru-Eu-Wau-Wau, que trabalhava denunciando extratores ilegais de maneira e foi encontrado morto com sinais de lesão em 18 de abril de 2020, no município de Jaru, Rondônia. O caso segue sem respostas da Polícia Federal.

“O governo Bolsonaro priorizou as indústrias extrativas nas regiões da Amazônia e do Cerrado, e organizações de direitos indígenas e seis partidos políticos brasileiros alegaram que a má administração da COVID-19 pelo governo Bolsonaro poderia levar a um ‘genocídio’ dos povos indígenas do Brasil”, afirmou a ONG em seu site.

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Cerrado devastado: agropecuária invadiu 26,5 milhões de hectares nos últimos 36 anos, aponta estudo

Área conhecida como Matopiba é alvo de destruição no bioma


Crédito: Isac Nóbrega/PR,via CC BY 2.0

10 set 21

Cerrado devastado: agropecuária invadiu 26,5 milhões de hectares nos últimos 36 anos, aponta estudo

De 1985 a 2020, a atividade agropecuária foi responsável pelo desaparecimento de 98,9% dos 26,5 milhões de hectares de cobertura vegetal nativa perdidos no bioma do Cerrado, segundo Um estudo do MapBiomas . O restante é atribuído à expansão urbana.

As áreas úmidas, aponta matéria do portal O Eco, tiveram suas áreas reduzidas em 10,3% nos últimos 36 anos. “Essas mudanças são importantes indicadoras de alterações do ponto de vista ecológico nesses sistemas, porque elas apontam que em algumas áreas está havendo perda de água nessas áreas úmidas, bem como uma transição para áreas de campo seco e de formação savânica ou mesmo um adensamento para tipos florestais, como vegetação ciliar ou ripária, e isso precisa ser investigado com maior detalhe”, explicou Dhemerson Conciani, da equipe do MapBiomas Cerrado, no webinar de apresentação dos dados.

O estudo também destaca a perda de vegetação na fronteira de expansão agrícola conhecida como Matopiba, vitrine do agronegócio brasileiro, que ocupa parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Entre 2010 e 2020, mais da metade do total perdido pelo bioma (3,23 milhões  de 6,04 milhões de hectares) se concentrou na região.

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Desmatamento em Unidades de Conservação aumenta 312% em maio

Foram 11.296 hectares de floresta desmatados no período em 2021

Crédito: Reprodução/ICMBio

15 jun 21

Desmatamento em Unidades de Conservação aumenta 312% em maio

Dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, revelam que o desmatamento em Unidades de Conservação (UCs) cresceu 312% em maio em relação ao mesmo mês no ano anterior. Foram 11.296 hectares de floresta desmatados no período em 2021 e 2.741 registrados em 2020, aponta o Estado de S. Paulo.

As UCs são de responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, que tem sofrido com o corte de verbas, militarização de cargos-chave e o enfraquecimento de seu papel fiscalizador na gestão do ministro Ricardo Salles. Segundo matéria recente da Carta Capital sobre as medidas tomadas por Salles que impactam o meio ambiente, o órgão tem 1,5 mil vagas abertas e sem previsão de concurso público.

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