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PF conclui investigação sobre derramamento de óleo de 2019 e aponta navio grego como responsável

Manchas de óleo em praia do Rio Grande do Norte

Crédito: Prefeitura de Nísia Floresta/via G1

2 dez 21

PF conclui investigação sobre derramamento de óleo de 2019 e aponta navio grego como responsável

A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações sobre o derramamento de óleo que atingiu mais de mil localidades no litoral do Brasil, no segundo semestre de 2019. De acordo com a PF, um navio petroleiro grego foi o responsável pelo crime. “A empresa, que não teve o nome revelado, os proprietários dela, o comandante e o chefe de máquinas do navio foram indiciados pela prática dos crimes de poluição, descumprimento de obrigação ambiental e dano a unidades de conservação (artigos 40, 54 e 68 da Lei 9.605/98)”, indicou matéria do G1.

À época do ocorrido, o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegaram a acusar publicamente a ONG Greenpeace e a Venezuela de envolvimento no crime, considerado o mais extenso em área no país. 

Fontes:
Leilão de blocos de petróleo na costa brasileira tem baixa adesão por risco ambiental

Ameaça à zonas de alta biodiversidade foi ignorada pelo governo

Crédito: Agência Brasil/via Pública

7 out 21

Leilão de blocos de petróleo na costa brasileira tem baixa adesão por risco ambiental

Somente cinco das 92 áreas oferecidas para retirada de petróleo e gás natural na 17ª Rodada de blocos exploratórios da Agência Nacional de Petróleo (ANP) foram arrematadas, todas na Bacia de Santos, no litoral de São Paulo. Apesar do fracasso, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, classificou o pregão como “um sucesso”.

Desde seu anúncio, a 17ª rodada da ANP foi alvo de intensos protestos por parte de cientistas, ambientalistas e governos estaduais, pois 14 das áreas ofertadas estão próximas dos santuários marinhos de Fernando de Noronha (PE) e Atol das Rocas (RN), vitais para o ecossistema de recifes do Brasil, afirmam especialistas. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) considerou, via nota técnica,  “temerária” a inclusão da região da Bacia do Potiguar (RN) no leilão.

A ameaça ambiental foi apontada como um dos motivos da baixa adesão. “A melhor definição desse leilão é risco elevado: risco de descoberta, risco logístico, risco ambiental” afirmou Magda Chambriard, ex-diretora-geral da ANP, à Folha de S. Paulo.

Fontes:
Após seis meses, óleo permanece nas praias do Nordeste

Nordeste segue afetado pelo derramamento de óleo em 2019

Crédito: Arquivo pessoal/João Moraes/via Agência Brasil

1 mar 20

Após seis meses, óleo permanece nas praias do Nordeste

Após seis meses do desastre ambiental, região Nordeste ainda é afetada pelo óleo. Apesar das manchas não poderem mais vistas a olho nu pela população, pesquisadora afirma que o mar segue poluído e que levará tempo até os danos conseguirem ser calculados. Causa do desastre ambiental que atingiu mais de 1000 pontos do litoral brasileiro ainda é desconhecida e, segundo autoridades, há poucas chances de encontrarem os culpados.

Fontes:
Óleo atinge mais de mil pontos no litoral brasileiro

Origem do óleo que atingiu o Brasil em agosto de 2019 é desconhecida

Crédito: Adema/Governo de Sergipe/via Agência Brasil

24 jan 20
Óleo afeta mortalidade de corais

Coral coletado em praia atingida pelo derramamento de óleo no litoral brasileiro

Crédito: Projeto Coral Vivo/Divulgação

26 nov 19

Óleo afeta mortalidade de corais

Um estudo feito pelo Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) mostrou que após o derramamento de óleo, a mortalidade de corais na costa da Bahia cresceu cerca de dez vezes. De acordo com os pesquisadores, o branqueamento dos corais, que costuma afetar entre 5 e 6%  dos organismos por ano, agora está em 52%. O estudo também detectou impactos na biodiversidade das espécies; antes do óleo, havia uma média 88 espécies por área pesquisada. Após o derramamento, foi para 47.

Fontes:

UOL

Óleo chega ao RJ

Fragmentos de óleo encontrados na Praia de Grussaí, em São João da Barra (RJ)

Crédito: Ibama/Divulgação/via MoneyTimes

23 nov 19
695 localidades atingidas pelo óleo cru

Marinha e IBAMA, recolhem resíduos de óleo Maragogi (AL)

Crédito: Marinha do Brasil/via Fotos Públicas

20 nov 19
Óleo chega ao Sudeste

Já são dez estados afetados pelo derramamento de óleo que atingiu o litoral brasileiro

Crédito: Jornal Hoje/Reprodução

8 nov 19
PF alega ter descoberto navio culpado por óleo

De acordo com a investigação, não há outro navio suspeito

Crédito: Reprodução

1 nov 19

PF alega ter descoberto navio culpado por óleo

A Polícia Federal cumpriu mandados contra uma agência marítima que seria a representante do Bouboulina, um navio de bandeira grega suspeito de ser o responsável pelo derrame de petróleo cru. A embarcação é de propriedade da Delta Tankers, que no Brasil usou os serviços da empresa Lachman como representantes legais. A investigação utilizou imagens de satélite para localizar o navio e a origem do óleo. De acordo com o inquérito, não há outra indicação de navio que poderia ter sido responsável pelo derramamento do produto venezuelano. O Ministério Público Federal (MPF) estimou que 2500 toneladas foram despejadas no mar. Eles também afirmaram ter evidências seguras de que o capitão do navio e sua equipe não alertaram as autoridades sobre o incidente.

Fontes:

G1

“O peixe é um bicho inteligente”

Secretário Nacional de Aquicultura e Pesca virou motivo de piada após declaração sobre crise do óleo

Crédito: Reprodução

31 out 19

“O peixe é um bicho inteligente”

Em uma transmissão ao vivo no Youtube, o presidente Jair Bolsonaro mais uma vez disse que o derramamento de petróleo cru era um “ato criminoso” e que o governo têm trabalhado e agido nos últimos dois meses para conter a crise.

Ao lado do secretário nacional de Pesca, eles garantiram que a pesca não está proibida nas áreas afetadas.

“Já fizemos inúmeros testes e nenhum peixe está contaminado. Nenhuma notificação do Ministério da Saúde por contaminação do óleo”, disse o secretário.

“Podem consumir pescado, tá 100% avaliado pelo Ministério da Agricultura, pelo Serviço de Inspeção Federal. Lembrando ainda que  o peixe é um bicho inteligente: quando ele vê uma manta de óleo, ele foge, tem medo. Então você pode consumir seu peixinho sem problema nenhum, lagosta, camarão, tudo. É perfeitamente seguro”, seguiu. 

Bolsonaro complementou: “Obviamente, de vez em quando fica uma tartaruga ali na mancha de óleo – para não falar que ninguém fica, né? Um peixe, um golfinho pode ficar, mas tudo bem.”

O presidente também disse que “já está mais do que comprovado (pela) Universidade Federal da Bahia que o óleo é da Venezuela. Talvez por isso que a esquerda começa a me atacar como se eu fosse o responsável por isso, como se tivesse agido tarde.”

Ainda na mesma transmissão, o presidente mais uma vez falou do seu sonho de revogar o status de conservação ambiental de Angra dos Reis para criar a “Cancun Brasileira”.

Fontes:
Ministro cria fake news contra Greenpeace

24/10/19

Crédito: Twitter/Reprodução

24 out 19

Ministro cria fake news contra Greenpeace

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, difundiu fake news sobre a crise do derramamento de petróleo cru. Ele postou uma foto do navio do Greenpeace MV Esperanza com o texto:

“Tem umas coincidências na vida né… Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano…”

O tuíte gerou controvérsia e indignação. Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, pediu que o ministro apresentasse uma posição oficial sobre a acusação. Salles respondeu que o navio passou pela costa na época e que os membros da organização não se engajaram na ajuda à crise.

No mesmo dia, o Greenpeace publicou uma nota confirmando que o navio estava em rota, indo do Caribe ao Uruguai, e disse que iria entrar com uma ação por difamação contra o ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Fontes:
Universidades públicas apontam impactos de derramamento

Frente à resposta limitada governo, universidades se mobilizam

Crédito: João Moraes/Arquivo pessoal/via Agência Brasil

24 out 19

Universidades públicas apontam impactos de derramamento

Desde o início da crise das manchas de petróleo cru, as universidades federais e centros de pesquisa tiveram um papel importante no monitoramento, análise e no apoio dos esforços de limpeza, muitas vezes se opondo à narrativa oficial de “não é tão grave, você pode comer peixe, está tudo sob controle”, adotada pelo governo federal. 

Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) disseram que o monitoramento das áreas afetadas precisa ser feito pelos anos vindouros com análises constantes e periódicos, para garantir a saúde da população. 

Um pesquisador da UFBA apontou que, apesar do governo querer diminuir o risco da situação por conta dos riscos ao turismo, existem riscos sanitários para habitantes das regiões afetadas, pescadores e eventuais turistas.

Um grupo de pesquisa da mesma universidade coletou uma amostra de 38 animais marinhos das áreas afetadas e encontrou óleo cru em seus sistemas digestivos. Mesmo com a toxicidade da concentração não especificada, pesquisadores levantaram o alerta de que o dano é permanente e talvez dure décadas.

Em novembro, pesquisas das universidades federais de Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas e Bahia estavam em andamento. O engajamento dessas universidades e centros públicos de pesquisas é especialmente relevante dado que elas foram alvo de políticas de desmonte, de discursos anti-ciência e de cortes por parte da governo federal e do Ministério da Educação. 

Fontes:
MPF considera governo “inerte” em relação às manchas de óleo

Bolsonaro levantou suspeitas infundadas sobre origem do desastre

Crédito: Isac Nóbrega/PR/via CC BY 2.0

19 out 19

MPF considera governo “inerte” em relação às manchas de óleo

Em uma live no Facebook no dia 18, o presidente Jair Bolsonaro levantou a possibilidade de que as manchas de óleo que afetam o Nordeste tenham sido despejadas de propósito para colocar em cheque o mega leilão de exploração de petróleo marcado para novembro. Ao lado de seu ministro da Defesa, o ex-capitão disse, lembrando da origem venezuelana do petróleo: “Coincidência ou não, nós temos um leilão da cessão onerosa. Eu me pergunto, a gente tem que ter muita responsabilidade no que fala: poderia ser uma ação criminosa para prejudicar esse leilão? É uma pergunta que está no ar”.

No mesmo dia o Ministério Público Federal (MPF) protocolou uma ação pedindo que a Justiça obrigue o governo federal a ativar o Plano de Contingência Nacional para Incidentes de Poluição por Óleo em 24 horas. A urgência requerida visava incrementar os esforços para combater as manchas de óleo afetando o Nordeste, uma vez que o MPF considerou a atuação governamental  “omissa, inerte e ineficiente”.

Uma das explicações para os atrasos e limitações da resposta governamental reside no fato de que, em abril, Bolsonaro extinguiu, via decreto presidencial, dois comitês técnicos responsáveis por implementar o Plano Nacional de Contingência.

Em meados de outubro, um relatório do Ibama mostrou que 178 praias em 72 cidades de nove estados do Nordeste tinham sido afetadas pelas manchas de óleo. Também foram encontrados 29 animais marinhos, 15 tartarugas e dois pássaros, mortos pelo óleo. O derramamento foi considerado o mais amplo acidente ambiental do país em termos de extensão, com 2100 quilômetros de óleo espalhados da Bahia ao Maranhão.

Fontes:
Mancha de óleo avança e ameaça áreas de proteção

Óleo fixado em barreira de corais no litoral alagoano

Crédito: Pedro Pereira/ICMBio

17 out 19

Mancha de óleo avança e ameaça áreas de proteção

O presidente do Ibama confirmou, durante uma audiência no Senado, que o petróleo cru derramado sob o litoral nordestino tinha origem venezuelana. “Este óleo é venezuelano. O DNA é venezuelano. É uma certeza, é uma afirmação, não uma especulação”, disse Eduardo Bim. “Significa que a Venezuela é responsável? Não, isso é outra questão”, acrescentou.

No mesmo dia, uma mancha atingiu a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, a maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, com 400 mil hectares. Localizada entre os estados de Alagoas e Pernambuco, ela conta com 120 quilômetros de praias e mangues. Uma força-tarefa, compostas pela população local e agentes estatais, instalou barreiras e limpou as praias.

Fontes:
Bolsonaro ataca ONGs ao falar de óleo no Nordeste

12/10/19

Crédito: Twitter/Reprodução

12 out 19

Bolsonaro ataca ONGs ao falar de óleo no Nordeste

Sob pressão crescente para descobrir a origem do derramamento de óleo no Nordeste e para conter a expansão e os danos do desastre, Jair Bolsonaro resolveu atacar ONGs em tuíte:

 

“Desde 02/setembro nosso Governo busca identificar os responsáveis pelo derramamento de óleo nas praias do Nordeste. Estranhamos o silêncio da ONU e ONGs, sempre tão vigilantes com o meio ambiente.”

Fontes:
Investigações sobre óleo derramado começam; Bolsonaro sugere terrorismo

Operação no Pontal do Peba, em Piaçabuçu (AL), uma da praias atingidas por manchas de óleo

Crédito: Ascom/Brasil de Fato/via CC BY-NC-SA 2.0

7 out 19

Investigações sobre óleo derramado começam; Bolsonaro sugere terrorismo

O presidente Jair Bolsonaro ordenou, no dia 5 de outubro, uma investigação sobre o derramamento de óleo cru que atingiram o Nordeste. As investigações foram coordenadas entre a Polícia Federal, o Ministério da Defesa, o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

 

Ao anunciar a abertura do inquérito, ele disse: “Pode ser algo criminoso, pode ser um vazamento acidental, pode ser um navio que naufragou também. Agora, é complexo. Temos, no radar, um país que pode ser o da origem do petróleo e continuamos trabalhando da melhor maneira possível”, disse, também reconhecendo os impactos negativos para o turismo de verão, uma atividade econômica-chave para a região. 

Em 7 de outubro, as manchas de óleo já haviam afetado 132 localidades em 61 municípios em todos os 9 estados do Nordeste.

Fontes:

G1

G1

Manchas de óleo aparecem no Nordeste

Óleo chega à praia de Maracaípe, próxima a Porto de Galinhas (PE)

Crédito: Salve Maracaípe/via Fotos Públicas

26 set 19

Manchas de óleo aparecem no Nordeste

Após serem ignoradas por diversas semanas pela mídia comercial e minimizadas pelo governo federal, as misteriosas manchas de óleo que começaram a aparecer em diferentes praias do Nordeste finalmente chegaram às manchetes de todo o país.

As primeiras manchas de petróleo cru foram vistas no dia 30 de agosto na Paraíba. No dia 2 de setembro, apareceram em Pernambuco. Até o dia 26, 99 localidades em 46 municípios de oito estados do Nordeste haviam sido afetadas, segundo o Ibama. As investigações até então mostravam que as manchas tinham todas a mesma origem mas não haviam conseguido identificar a fonte. A Petrobras veio à público esclarecer que não produz petróleo cru.

Fontes:

17 notícias

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