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Além do desmatamento: 38% da Floresta Amazônica é afetada por outras formas de degradação

Áreas de degradação e desmatamento no município de Careiro da Várzea, no Amazonas próximo às Terras Indígenas do povo Mura

Crédito: Alberto César Araújo/Amazônia Real

30 jan 23

Além do desmatamento: 38% da Floresta Amazônica é afetada por outras formas de degradação

Mais de um terço da Floresta Amazônica já é afetada pela seca, por incêndios, pela extração de madeira e pelos chamados efeitos de borda, segundo estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica Science

Com autoria de 35 pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o estudo diferencia o desmatamento e a degradação. Enquanto, no primeiro, a floresta sofre grande alterações para dar lugar a um novo uso — por exemplo, uma área que é queimada para virar pasto —, a degradação se diferencia por envolver alterações mais contidas na cobertura florestal e por não ter o objetivo de transformar o uso daquela terra.

Degradação inclui os incêndios; a seca (intensificada pelas mudanças climáticas); a extração seletiva de madeira (legal ou ilegal; “seletiva” porque são retiradas algumas árvores que são interessantes comercialmente, deixando outras em pé); e os chamados efeitos de borda (mudanças nas florestas próximas a áreas desmatadas, portanto uma consequência direta do desmatamento).

O estudo estima que 38% da Floresta Amazônica é hoje afetada por algum tipo de degradação. “A área degradada na Amazônia e as emissões de carbono de degradação são iguais ou até maiores do que as de desmatamento”, afirmou à BBC News Brasil o líder do estudo, David Lapola, pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e doutor pela Universidade de Kassel, na Alemanha.

Fontes:

BBC

Incêndios florestais crescem 14% em 2022, aponta relatório do Mapbiomas

Incêndios florestais se concentraram na Amazônia e no cerrado em 2022

Crédito: Christian Braga / Greenpeace

27 jan 23

Incêndios florestais crescem 14% em 2022, aponta relatório do Mapbiomas

Em 2022, o Brasil perdeu para o fogo mais de 163 mil km² de florestas, o equivalente ao estado do Acre (152.581 km²). A área representa um aumento de 14% em relação aos 142,8 mil km² registrados no ano anterior. Os dados são do Monitor do Fogo, da plataforma Mapbiomas em parceria com o Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

A maioria das queimadas foi registrada na Amazônia e no Cerrado (juntos, os dois biomas têm 95% da área destruída). Os incêndios se concentraram em regiões campestres e de savana (43%), formações que são encontradas no cerrado, enquanto 25,4% da área atingida era de pastagens.

Considerando apenas dezembro, a alta nos incêndios foi de 93%, na comparação com o mesmo mês de 2021: foram 3.327 km² de área queimada no ano passado, comparado a 1.748 km² em 2021.

Fontes:
Amazônia bate recorde de queimadas e fumaça invade Norte do Brasil

Fumaça cobriu céu de cidades em toda região norte

Crédito: Inpe/Via G1

5 set 22

Amazônia bate recorde de queimadas e fumaça invade Norte do Brasil

A Amazônia registrou o pior número de queimadas para o mês de agosto dos últimos 12 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram 33.116 focos de incêndio, o maior número desde 2010, quando foram registrados 45.018 focos. Este é o 4º ano consecutivo do governo Bolsonaro que o volume de queimadas no período fica acima de acima da marca de 28 mil.

No Dia da Amazônia, celebrado 5 de setembro, a fumaça provocada pelas queimadas se espalhou pelos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Pará, cobrindo uma extensão de 5 milhões de km²,  informou o Inpe. O aumento do fogo é uma consequência direta do avanço do desmatamento, explicam ambientalistas.

De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, a maior área dos últimos 15 anos para o período, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). “O descontrole das queimadas observado nos últimos quatro anos está estreitamente associado a um aumento do desmatamento e da degradação florestal nesse período”,  declarou Mariana Napolitano, gerente de Ciências do WWF-Brasil, ouvida pelo G1.

Fontes:
Devastação na Amazônia: queimadas encobrem o céu da região e desmatamento bate recorde

Céu de Manaus coberto pela fumaça das queimadas na região amazônica

Crédito: Alberto César Araújo/Amazônia Real

21 ago 22

Devastação na Amazônia: queimadas encobrem o céu da região e desmatamento bate recorde

Queimadas ilegais no sul do Amazonas e do sudoeste do Pará comprometeram a qualidade do ar de diversas cidades da região, onde uma nuvem tóxica de poluição tomou conta do céu –  como nos municípios paraenses Altamira e Novo Progresso e na capital amazonense. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no mês de agosto, foram registrados 16.088 focos de queimadas na Amazônia.

Já o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que monitora o bioma via Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), apontou para a devastação recorde registrada nos últimos 12 meses. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo. Essa é a maior área desmatada dos últimos 15 anos para o período.

Para o Instituto, o dado é especialmente alarmante, tendo em vista o panorama climático global. “O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática”, declarou Bianca Santos, pesquisadora do Imazon. 

Fontes:
Amazônia sofre aumento de 8% de queimadas em julho, aponta INPE

1º semestre foi marcado por recordes de desmatamento no bioma

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama

1 ago 22

Amazônia sofre aumento de 8% de queimadas em julho, aponta INPE

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam que o número de incêndios no bioma amazônico aumentou 8% em julho, comparado ao período no ano anterior. Foram detectados 5.373 focos de incêndio na região. De janeiro a julho, o total foi de 12.906, um aumento de 13% em relação aos sete primeiros meses de 2021.
 

Fontes:

UOL

Equipe da Operação "Guardiões do Bioma" é atacada no Pará

A Floresta Nacional do Jamanxim vista de cima

Crédito: Divulgação/Governo do Pará

26 jul 22

Equipe da Operação “Guardiões do Bioma” é atacada no Pará

Agentes da Operação “Guardiões do Bioma”, lançada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, foram atacados em campo na Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, no sudoeste do Pará. Os servidores tiveram a barraca do acampamento incendiada, mas não houve feridos.

O crime aconteceu dois dias após a prisão duas pessoas por desmatamento ilegal dentro da Flona Do Jamanxim.

A Operação foi deflagrada em 21 de junho para atuar no combate a queimadas e incêndios florestais nos estados Acre, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul e Tocantins. A ação irá até janeiro de 2023, com investimento de R$ 77 milhões. O trabalho conta com 1,8 mil agentes da Força Nacional e mais 3 mil brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Ibama, além de bombeiros.

Fontes:
Amazônia bate recorde de incêndios; queimadas aumentam 35% no Cerrado

Incêndios no Cerrado são os maiores desde o início das medições.

Crédito: Agência Fapesp

2 jun 22

Amazônia bate recorde de incêndios; queimadas aumentam 35% no Cerrado

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados em 1º de junho mostraram que a devastação ambiental segue crescendo no país. A Amazônia, com 2.287 focos de incêndios florestais, teve o maior número de focos desde 2004 e foi 96% superior ao do ano passado.

No Cerrado, o aumento foi de 35% em relação à maio de 2021, com 3.578 focos, o número mais alto desde 1998, quando as medições começaram. A tendência, segundo especialistas, é piorar, dado que a temporada de fogos mais intensos ainda não chegou. A maior das queimadas, de acordo com estudiosos, é feita pelo setor agrícola.

Fontes:
Falta de recursos ameaçam deixar ICMBio sem 3 mil temporários durante temporada do fogo

alta de funcionários pode contribuir para recordes de queimadas

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama/CC BY-SA 2.0

30 mar 22

Falta de recursos ameaçam deixar ICMBio sem 3 mil temporários durante temporada do fogo

Um documento interno do Instituto Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) indica que o órgão está sem recursos para manter os 3 mil funcionários temporários que atuam diretamente em operações de apoio ao órgão. O alerta, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, foi enviado à diretoria do instituto pela Coordenação-Geral de Finanças e Arrecadação.

O ICMBio conta apenas com 1.300 servidores fixos e depende de contratos temporários para proteger as Unidades de Conservação do Brasil, especialmente na temporada do fogo, que tem início em maio e se estende até novembro.

Questionado pela reportagem, o órgão afirmou que “não há previsão de cortes” e manterá “o mesmo número de agentes temporários contratados nas unidades de conservação federais”.

Fontes:
Desmatamento na Amazônia cresce 22% em fevereiro e bate novo recorde

Área desmatada é quase do tamanho da cidade de Natal (RN)

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama/via Agência Senado

8 mar 22

Desmatamento na Amazônia cresce 22% em fevereiro e bate novo recorde

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram um aumento de 22% no mês de fevereiro em relação ao período no ano passado, apontam dados parciais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Até o dia 25 de fevereiro, foram desmatados 149,88 km², a segunda maior área para o mês desde 2016.

Esse é o segundo recorde consecutivo de devastação do bioma em 2022. Em janeiro, a Amazônia teve 430,44 km² de sua área com alertas de desmatamento, número quatro vezes maior quando comparado a janeiro de 2021, e o pior desde 2016, também de acordo com o INPE.

Fontes:
No Pará, mais de dois anos após "Dia do Fogo", áreas queimadas abrigam campos de soja

Em 2019, incêndios criminosos foram orquestrados por fazendeiros locais em apoio ao recém-presidente Bolsonaro

Crédito: Fernando Martinho/Repórter Brasil

8 fev 22

No Pará, mais de dois anos após “Dia do Fogo”, áreas queimadas abrigam campos de soja

Entre 10 e 11 de agosto de 2019, proprietários rurais do sudoeste do Pará se mobilizaram para atear fogo em áreas da floresta amazônica no episódio que ficou conhecido como “Dia do Fogo”. No período, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 1.457 focos de calor no estado, um aumento de 1.923% em comparação ao ano anterior.

Mais de dois anos depois, a Repórter Brasil revelou que a área queimada hoje abriga campos de plantação de soja. A agência fez um levantamento inédito cruzando as coordenadas dos locais onde flagrou as plantações com os dados de alertas de incêndio dos satélites da Nasa na época.

Uma das principais áreas afetadas pelo fogo, o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Terra Nossa, assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), também foi invadido pela monocultura, ainda que esse tipo de cultivo contrarie a finalidade dessa modalidade de reforma agrária, destinada à subsistência das famílias assentadas. 

Fontes:
Com Bolsonaro, desmatamento na Amazônia cresceu ​​56,6%, indica estudo

Levantamento usou como base dados do Inpe

Crédito: Victor Moriyama/Amazônia em Chamas/Divulgação Greenpeace

2 fev 22

Com Bolsonaro, desmatamento na Amazônia cresceu ​​56,6%, indica estudo

Um levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) indica que desde o início do governo Bolsonaro o desmatamento no bioma cresceu 56,6% em relação aos três anos anteriores. O estudo comparou agosto de 2018 e julho de 2021 ao mesmo período de 2015 a 2018.

De acordo com o estudo, 51% do desmate ocorreu em terras públicas, sendo 83% desse volume em áreas de domínio federal. Proporcionalmente à dimensão dos territórios, Terras Indígenas (TIs) tiveram alta de 153% em média no desmatamento comparado ao último triênio, enquanto Unidades de Conservação (UCs) registraram um aumento de 63,7%.

“Quando olhamos para os números dos últimos três anos, fica claro o retrocesso daquilo que o Brasil foi um dia. Seguimos um caminho totalmente oposto às atitudes que o planeta precisa, com urgência, neste momento”, declarou Ane Alencar, principal autora do estudo e diretora de Ciência no IPAM.

No início do ano, outro estudo com dados alarmantes sobre a devastação da Amazônia sob o governo Bolsonaro foi divulgado pela comunidade científica. De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em 2021, Amazônia teve a maior área desmatada dos últimos 14 anos.

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Ibama gastou apenas 41% de seu orçamento em 2021, aponta relatório

Baixa execução de orçamento coincide com “apagão” de multas ambientais

Crédito: Fernando Augusto/Ibama/via CC BY-SA 2.0

1 fev 22

Ibama gastou apenas 41% de seu orçamento em 2021, aponta relatório

Em um ano no qual o Brasil bateu recordes sucessivos de desmatamento, um relatório da organização Observatório do Clima (OC) aponta que o Ibama deixou de executar cerca de 60% do orçamento para fiscalização de crimes ambientais. Dos 219 milhões disponíveis, o órgão utilizou 88 milhões, 41% do valor total. Em comparação a governos anteriores, trata-se de uma economia atípica. Segundo o OC,  o órgão ambiental costumava usar entre 86% e 92% de seus recursos para o trabalho de vigilância.

A publicação ​”A conta chegou – O terceiro ano de destruição ambiental sob Jair Bolsonaro” também aponta as principais medidas da política ambiental do atual governo que correm risco de serem aprovadas no Congresso Nacional em 2022. “Os próximos meses serão especialmente perigosos, porque parlamentares aliados a Bolsonaro e abastecidos pelo orçamento secreto tentarão coroar o desmonte promovendo mudanças legislativas, que são irreversíveis. A sociedade brasileira e os parceiros internacionais do Brasil precisam estar muito atentos.”, alertou Suely Araújo, coautora do documento, especialista-sênior em políticas públicas do Observatório do Clima.

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OCDE impõe combate ao desmatamento como condição para ingresso do Brasil

Em carta à OCDE, Bolsonaro afirma compromisso com pauta socioambiental

Crédito: Bruno Kelly/Amazônia Real

27 jan 22

OCDE impõe combate ao desmatamento como condição para ingresso do Brasil

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aprovou formalmente o início das negociações para ingresso do Brasil no grupo, solicitado em 2017. Entre as obrigações apresentadas ao governo Bolsonaro como condicionantes do acordo está a redução de desmatamento e medidas de mitigação de mudanças climáticas previstas no Acordo de Paris.

Como resposta, Bolsonaro afirmou que “não há dúvidas de que o Brasil compartilha do objetivo da OCDE para apoiar o crescimento econômico sustentável”, em carta enviada ao secretário-geral da organização, Mathias Cormann.

Em matéria sobre o início das negociações, o jornalista Matheus Pichonelli citou o monitor socioambiental Sinal de Fumaça ao destacar o desmonte promovido pela política ambiental do governo nos últimos três anos. Sobre a entrada do país na OCDE, Pichonelli afirma que “para acenar com o clube dos países ricos, Bolsonaro terá de romper com o clube dos agrotrogloditas”, em alusão ao setor do agronegócio, aliado do presidente.

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Orçamento 2022: Bolsonaro corta 35 milhões de reais do Meio Ambiente

Bolsonaro e o ministro Joaquim Leite, que substituiu Ricardo Salles

Crédito: Marcos Corrêa/PR.

25 jan 22

Orçamento 2022: Bolsonaro corta 35 milhões de reais do Meio Ambiente

O presidente Jair Bolsonaro sancionou o orçamento da União para 2022 enviado pelo Congresso com alguns cortes significativos. Entre eles, está uma redução de R$ 35,1 milhões de reais previsto para o Ministério do Meio Ambiente (MMA).  

Segundo matéria d’O eco, que detalha as áreas mais afetadas do MMA pelo corte, a maior parte desse valor, cerca de 25,8 milhões, seria destinada ao Ibama. Para as ações de prevenção e controle de incêndios florestais em áreas federais prioritárias houve uma redução de quase R$ 17,2 milhões. Já para a área de gestão do uso sustentável da biodiversidade e recuperação ambiental a perda foi de R$ 8.593.992. A Funai perdeu R$ 1.632.859 de verba direcionado pelo MMA. 

O orçamento total de 2022 do Ministério do Meio Ambiente é de aproximadamente 3,1 bilhões e representa um aumento de cerca de 6% em relação ao orçamento do ano anterior, que foi o menor em 21 anos da pasta.

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Por falta de verba, Inpe pode ficar sem monitoramento do Cerrado em abril

Bioma bateu recorde de desmatamento em 2021

Crédito: SEMAD/MG

6 jan 22

Por falta de verba, Inpe pode ficar sem monitoramento do Cerrado em abril

O projeto de monitoramento do Cerrado realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) deve ser descontinuado a partir de abril de 2022. Segundo o Inpe, o financiamento do Forest Investment Program (FIP), administrado pelo Banco Mundial e sob a guarda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, que mantinha a equipe de monitoramento do bioma desde 2016, se encerrou em 31 de dezembro de 2021.

De acordo com Cláudio Almeida, coordenador do programa de monitoramento da Amazônia e demais biomas, são necessários R$ 2,5 milhões ao ano para manter os 20 profissionais que compõem a equipe responsável pelo monitoramento diário e balanços anuais do desmatamento no bioma. O valor equivale à metade do que o governo federal gastou com uva passa em 2020, conforme comparativo feito pelo portal Um só planeta com base em matéria do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles.

O trabalho realizado pelo Inpe é fundamental para a tomada de ações e medidas públicas voltadas à  preservação do Cerrado, que bateu recorde de desmatamento em 2021 e é considerado o bioma mais ameaçado do Brasil.

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COP26: Brasil segue alvo de desconfiança por doadores do Fundo Amazônia

Compromissos assumidos não convenceram Alemanha e Noruega

Crédito: Kiara Worth/UNFCCC

22 nov 21

COP26: Brasil segue alvo de desconfiança por doadores do Fundo Amazônia

O Brasil saiu da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26) da mesma forma que entrou: desacreditado internacionalmente em função de sua política ambiental. 

Alemanha e Noruega, principais doadores do Fundo Amazônia, paralisado desde 2019 por má governança do Ministério do Meio Ambiente e pela acelerada destruição do bioma, esperam a indicação de como os compromissos assumidos pelo país na conferência serão implementados. Enquanto isso não acontece, os recursos seguem bloqueados.


O compromisso brasileiro de reduzir 50% as emissões de gases de efeito estufa do país até 2030, por exemplo, não só é insuficiente, como também anacrônico, pois utiliza uma linha de base de cálculo de 2005.

Em balanço sobre o evento, o instituto de pesquisa WRI Brasil reafirmou o caráter insuficiente das metas brasileiras. “O Brasil chegou ao fim desta COP26 com o mesmo nível de ambição que se comprometeu em Paris há seis anos.”

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COP26: evento termina com acordo insuficiente para conter mudança climática

Alok Sharma, COP26’s president, announced the agreement with teary eyes

15 nov 21

COP26: evento termina com acordo insuficiente para conter mudança climática

“Perdeu a humanidade”. Assim definiu Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), sobre os compromissos assumidos pelos países ao final da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26) diante da emergência climática atual, em artigo para o portal O Eco.

O  veículo fez uma série de 13 boletins especiais sobre o evento, em formato podcast, em parceria com o Observatório do Clima (OC). O episódio final conta com análise de Claudio Angelo, coordenador de Comunicação do OC, que também apontou o caráter pouco efetivo da 26ª edição do evento.


Um dos principais focos da COP26, que reuniu representantes de quase 200 países, era estabelecer uma série de medidas para limitar o aquecimento global a 1,5° C até 2030. Até na leitura da própria ONU, o Pacto Climático de Glasgow firmado na conferência é insuficiente para a missão.

Fontes:
COP26: ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, associa floresta abundante à pobreza

Ministro ignorou as altas taxas de desmatamento dos últimos dois anos

Crédito: Isac Nóbrega/PR/via ClimaInfo

12 nov 21

COP26: ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, associa floresta abundante à pobreza

Em discurso oficial na Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP26), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou “que onde existe muita floresta também existe muita pobreza”.

A fala chocou ambientalistas e parlamentares da oposição, que a destacaram como indício de que o projeto do governo Bolsonaro para o meio ambiente segue intacto, apesar das promessas de mudanças. “Essa declaração revela a mentalidade do governo é da década de 70 do século passado: desmatar, para eles, é sinônimo de desenvolver. Como é um governo que despreza a ciência, não conseguem aceitar que essa visão foi superada por tudo que a ciência tem mostrado”, declarou o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) à coluna de Jamil Chade.

No mesmo discurso, Leite anunciou que “o futuro verde já começou no Brasil”. Dois dias após a declaração do ministro, o Inpe divulgou que a Amazônia bateu o recorde histórico de alertas de desmatamento para o mês, somando uma área de 877 km². Ao longo do evento, o governo tem ignorado o avanço da devastação socioambiental no país

Fontes:
Mulheres Xerente criam primeira brigada de mulheres contra incêndio

Iniciativa é pioneira no país

Créditos: Reprodução

1 nov 21

Mulheres Xerente criam primeira brigada de mulheres contra incêndio

No município de Tocantínia (TO), mulheres indígenas do povo Xerente criaram a primeira brigada feminina de combate ao incêndio florestal do Brasil

A iniciativa surgiu de moradores da aldeia Cachoeirinha. Em agosto, a comunidade sediou um curso formativo para 29 mulheres, com apoio da Prefeitura, do Serviço Florestal Americano e da Fundação Nacional do Índio (Funai)

Além do trabalho de combate ao fogo, o grupo também desempenha ações de educação ambiental na região. “É um trabalho de que todas nós, brigadistas, estamos gostando. É um aprendizado, pelo contato direto com as pessoas de idade, com jovens e crianças. Nesse trabalho cara a cara, mostramos a realidade e o que acontece com a natureza quando há fogo.”, declarou Vanessa Xerente, de 33 anos, moradora da Aldeia Cachoeira Brejo de Ouro e chefe do Esquadrão da Brigada Feminina Xerente. 

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Sinal de Fumaça lança dossiê sobre crise socioambiental nos 3 anos de governo Bolsonaro
28 out 21

Sinal de Fumaça lança dossiê sobre crise socioambiental nos 3 anos de governo Bolsonaro

No marco de três anos da eleição de Jair Bolsonaro, o Sinal de Fumaça lançou um levantamento que organiza pontos-chave do desmonte da governança socioambiental e das políticas de redução de desmatamento no Brasil. 

O dossiê bilíngue “Governo JB: Menos 30 anos em 3” mostra que a “boiada” é um projeto político anunciado ainda na campanha eleitoral e implementado desde o primeiro dia do governo Bolsonaro. O material foi elaborado tendo como base cerca de 450 conteúdos sistematizados, em formato de linha do tempo, a partir de outubro de 2018.

Na próxima semana, chefes de estado de centenas de países se reúnem na na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26) para discutir como barrar a emergência climática. O Brasil vem aumentando sua participação no problema com o crescimento das emissões de poluentes derivadas do desmatamento e da carbonização da matriz energética em função da crise hídrica, por sua vez vinculada às perdas florestais. 

Clique aqui para ler o “Governo JB: Menos 30 anos em 3” em português e aqui em inglês.

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