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Liderança espiritual Guarani Estela Vera é assassinada no MS

Território indígena está sob forte pressão de fazendeiros.

Crédito: Reprodução

15 dez 22

Liderança espiritual Guarani Estela Vera é assassinada no MS

A nhandesy, liderança espiritual e rezadora Guarani-Kaiowá, Estela Vera foi assassinada na Terra Ivy Katy, um território tradicional retomado entre 2003 e 2015, no munícipio de Japorã, no Mato Grosso do Sul, no dia 15 de novembro. Segundo a kuñangue Aty Guasu, Assembléia das Mulheres Kaiowá e Guarani, os assassinos dispararam contra Vera e crianças com armas de fogo de calibre grosso. A entidade denuncia que fazendeiros e arrendatários tem feito pressão contra o território e ameaçam outra liderança, Leila de Ivy Katu.

Organizações indígenas pedem a federalização da investigação e proteção ao território que está sendo ocupado e às lideranças ameaçadas de morte. A execução da liderança religiosa também se insere num contexto de violência religiosa, com queima de casas de reza, em territórios indígenas no estado.

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Bancada antiambiental cresce no Congresso e Assembleias da Amazônia Legal serão dominadas pela direita a partir de 2023

Queimadas em Novo Progresso (PA)

Crédito: Cícero Pedrosa Neto/Amazônia Real

23 out 22

Bancada antiambiental cresce no Congresso e Assembleias da Amazônia Legal serão dominadas pela direita a partir de 2023

O novo Congresso não está apenas mais à direita – ele também ficou mais antiambiental. O Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) fez um levantamento através do seu Painel Verde que identificou o crescimento da Bancada antiambiental e redução da Bancada do Meio Ambiente. Subiu de 37% para 42,6% o percentual de deputados federais majoritariamente antiambientais, enquanto caiu de 30% para 27% o percentual de deputados federais verdes. O Senado perde dois votos alinhados a temas da área ambiental e diminui força para conter retrocessos.

André Lima, coordenador do Painel Verde do IDS avalia, no entanto que “há espaço para aumentar a adesão ao voto ambiental, trabalhando o diálogo com as bancadas”.

No caso específico da Amazônia Legal, o relatório do IDS avalia que “as vozes que falarão em nome dos eleitores da Amazônia possuem baixa adesão às pautas climáticas e ambientais. 

Um levantamento da Amazônia Real indica que os nove estados da região terão o avanço de pautas antiambientais e anti-indígenas e que o bolsonarismo se consolidou a partir do voto popular. Nas Assembleias Legislativas da Amazônia Legal, os cinco partidos com maior representação, a partir de 2023, serão: MDB (29 cadeiras), União Brasil (26), Republicanos (24), PL (22).

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Eleitos em 2022 somam R$ 24 milhões em multas ambientais

Equipe do Ibama combate desmatamento e garimpo ilegal na TI Tenharim do Igarapé Preto (AM), em 2018.

Vinícius Mendonça/Ibama/via CC BY-SA 2.0

15 out 22

Eleitos em 2022 somam R$ 24 milhões em multas ambientais

Um levantamento da Folha de S. Paulo mostrou que um total de 34 pessoas eleitas em 2 de outubro devem R$ 23,8 milhões em multas ambientais, de acordo com base da dados do Ibama.

O PL, partido de Bolsonaro, ao lado do PSD e do União Brasil são as siglas com maior número de multados, com cinco cada. A maior parte dos infratores são encontrados pelo levantamento estão nas assembleias estaduais e na Câmara dos Deputados, mas também constam senadores e governadores.

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"Ruralômetro" é lançado pela Repórter Brasil; ferramenta mostra atuação dos deputados na pauta socioambiental

2 a cada 3 deputados federais votam contra o meio ambiente, diz veículo

Crédito: Repórter Brasil/Reprodução

16 ago 22

“Ruralômetro” é lançado pela Repórter Brasil; ferramenta mostra atuação dos deputados na pauta socioambiental

A agência de jornalismo investigativo Repórter Brasil lançou a segunda edição da ferramenta que avalia como deputados atuaram frente ao meio ambiente, indígenas e trabalhadores rurais. O “Ruralômetro 2022” mostra que  68% dos parlamentares votaram contra o meio ambiente. 

Na prática, trata-se de representantes que “apresentaram projetos de lei e votaram mudanças legislativas que prejudicam a fiscalização ambiental, favorecem atividades econômicas predatórias, precarizam a legislação trabalhista, dificultam o acesso a benefícios sociais e travam a reforma agrária, dentre outros retrocessos apontados por organizações socioambientais”, diz o veículo.

Para medir a “febre ruralista” dos parlamentares, a ferramenta deu uma pontuação, que varia de 36⁰C a 42⁰C,  a cada deputado. Quanto mais alinhado à atuação da bancada ruralista, mais alta é a sua temperatura.

A avaliação foi feita com base na análise de 28 votações nominais e 485 projetos de lei apresentados na atual legislatura.

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Em três anos, Brasil perdeu área de vegetação nativa equivalente ao tamanho do RJ

Em 2021, o desmatamento cresceu 20% em relação ao ano anterior

Crédito: MapBiomas

18 jul 22

Em três anos, Brasil perdeu área de vegetação nativa equivalente ao tamanho do RJ

Entre 2019 e 2021, o Brasil perdeu 42 mil km² de vegetação nativa, de acordo com os alertas de desmatamento detectados nos seis biomas do país, aponta a iniciativa MapBiomas.

Em seu novo relatório anual, o grupo indica que o país perdeu 16.557 km2 (1.655.782 ha) de cobertura vegetal nativa em 2021. Foram 69.796 alertas de desmatamento detectados, 98% com indícios de irregularidades. 

Do total de alertas, 66,8% estão na Amazônia (977 mil ha desmatados, 59% da área total); 15,2% na Caatinga (190 mil ha desmatados, 7% da área total), 9,9% estão no Cerrado (e 500 mil ha desmatados, 30,2% da área total). Juntos, os três biomas respondem por 96,2% das perdas.

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Amazônia registra maior número de incêndios em junho dos últimos 15 anos

Imagem de satélite registra os focos de incêndio durante estação da seca em 2019.

Crédito: NASA via Wikimedia Commons

1 jul 22

Amazônia registra maior número de incêndios em junho dos últimos 15 anos

O Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou 2562 focos de incêndios na Amazônia no mês de junho. A cifra é a maior em quinze anos e confirma duas tendências: a de que todo mês de junho bateu recorde com Bolsonaro e a de que, diante do ano eleitoral, criminosos ambientais estão aproveitando da leniência da política ambiental de Bolsonaro para realizar queimadas.

O aumento, comparada à maio, foi de 11%. O bioma entra agora na estação das queimadas, que vai de julho até outubro. Todo ano, mais de 120 mil pessoas são hospitalizadas na região por problemas respiratórios durante a temporada.

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Amazônia bate recorde de incêndios; queimadas aumentam 35% no Cerrado

Incêndios no Cerrado são os maiores desde o início das medições.

Crédito: Agência Fapesp

2 jun 22

Amazônia bate recorde de incêndios; queimadas aumentam 35% no Cerrado

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados em 1º de junho mostraram que a devastação ambiental segue crescendo no país. A Amazônia, com 2.287 focos de incêndios florestais, teve o maior número de focos desde 2004 e foi 96% superior ao do ano passado.

No Cerrado, o aumento foi de 35% em relação à maio de 2021, com 3.578 focos, o número mais alto desde 1998, quando as medições começaram. A tendência, segundo especialistas, é piorar, dado que a temporada de fogos mais intensos ainda não chegou. A maior das queimadas, de acordo com estudiosos, é feita pelo setor agrícola.

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Em Porto Seguro, Pataxós protestam contra Bolsonaro em evento que celebra "aniversário do Brasil"

Estátua de Cabral pintada de urucum por manifestantes

Crédito: Suhyasun Pataxó

26 abr 22

Em Porto Seguro, Pataxós protestam contra Bolsonaro em evento que celebra “aniversário do Brasil”

Em 22 de abril, dezenas de indígenas, em sua maioria do povo Pataxó, ocuparam o centro histórico de Porto Seguro (BA) em protesto contra Jair Bolsonaro. O presidente foi à cidade para participar do evento oficial organizado pela prefeitura em homenagem aos 522 anos da chegada dos portugueses no Brasil. 

Registros do protesto, que mostram os indígenas em marcha, entoando cantos contra o presidente,  ganharam as redes sociais.

Também no sul da Bahia, poucos dias depois, indígenas pataxós  organizaram uma manifestação em frente à Prefeitura de Pau Brasil em protesto à violência policial. No dia 19 de abril, policiais militares espancaram a jovem Priscila Muniz, que saía da festa de comemoração ao aniversário de 60 anos da cidade, com o marido.

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Tereza Cristina sai do Ministério da Agricultura deixando 1654 novos agrotóxicos liberados

Novo ministro é ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária

Crédito: Antonio Araujo/Flickr/via CC BY-NC 2.0

31 mar 22

Tereza Cristina sai do Ministério da Agricultura deixando 1654 novos agrotóxicos liberados

“Fizemos muito com muito pouco, presidente, porque não houve corrupção em seu governo”. Em 29 de março, foi assim que a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, se despediu do cargo, em discurso em evento em Ponta Porã (MS), ao lado de  Jair Bolsonaro. Grande aliada do presidente e da agenda ruralista, Cristina saiu para concorrer ao Senado pelo estado do Mato Grosso do Sul.

Desde o início de sua gestão, iniciada em 1º de janeiro de 2019, marcada pela defesa da necessidade de afrouxamento das regras de aprovação de pesticidas, o governo liberou 1654 novos produtos agrotóxicos, um recorde.

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes, foi anunciado como novo ministro e tomou posse em 31 de março. Pontes é ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária e deputado federal pelo PSD em Minas Gerais. Em nota sobre a mudança, o Governo Federal afirmou que o novo ministro assume o cargo “com uma política de continuidade da gestão implementada nos últimos três anos”.

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Bolsonaro ganha medalha do mérito indigenista sob protesto de lideranças

Diversos membros do alto escalão do governo foram agraciados

Crédito: Isaac Amorim/MJSP

18 mar 22

Bolsonaro ganha medalha do mérito indigenista sob protesto de lideranças

O Ministério da Justiça e Segurança Pública concedeu ao presidente Jair Bolsonaro a Medalha do Mérito Indigenista como “um reconhecimento pelos serviços relevantes relacionados com o bem-estar, a proteção e a defesa das comunidades indígenas”.

Outras 25 pessoas receberam a insígnia, incluindo os ministros Braga Netto (Defesa); Tereza Cristina (Agricultura); Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos); Augusto Heleno (GSI); Luiz Eduardo Ramos (Secretária Geral); Tarcísio Gomes (Infraestrutura); João Roma (Cidadania); Marcelo Queiroga (Saúde), além do advogado-geral da União, Bruno Leal, do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, e de servidores de outros órgãos.

A Articulação dos Povos Indígena do Brasil (Apib) rechaçou a condecoração frente às “constantes violações cometidas contra os povos indígenas no Brasil” desde o início do atual governo. Como resposta, a Apib concebeu simbolicamente a Bolsonaro a Medalha do Genocídio Indígena.

Também em protesto, o prestigiado sertanista Sydney Possuelo, ex-presidente da Funai, devolveu ao Ministério da Justiça a Medalha do Mérito Indigenista recebida há 35 anos.

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Grilagem de terras explode entre Amazonas, Acre e Rondônia, aponta estudo

ONG aponta mega esquema de grilagem na fronteira entre os estados

Créditos: Christian Braga/Greenpeace

8 mar 22

Grilagem de terras explode entre Amazonas, Acre e Rondônia, aponta estudo

Um estudo realizado pela ONG Greenpeace expôs um esquema de roubo de terras públicas em uma área da Amazônia rica em biodiversidade, situada entre o Amazonas, o Acre e Rondônia.

A região, conhecida como Amacro (junção da sigla dos três estados),  soma 454.220 km², quase o tamanho da Espanha, e abriga a chamada “Gleba João Bento”, “alvo de uma cadeia de títulos fraudulentos, levando ao surgimento de centenas de escrituras de compra e venda e duplicidade de registro de imóveis”, de acordo com matéria d’O Estado de São Paulo. Glebas são grandes áreas de propriedade do governo ainda não destinadas, ou seja, terras públicas que devem ser voltadas para conservação ou para uso sustentável.

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BNDES empresta R$ 29 milhões a desmatadores para compra de maquinário agrícola

Brecha em norma do Banco Central permitiu a transação

Crédito: Victor Moriyama/Greenpeace

16 fev 22

BNDES empresta R$ 29 milhões a desmatadores para compra de maquinário agrícola

Cinco fazendeiros autuados pelo Ibama por desmatamento obtiveram empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 28,6 milhões para a compra de tratores e outras máquinas agrícolas. A transação foi operada pelo banco John Deere, que fez a venda dos equipamentos, conforme denúncia da Repórter Brasil.

Ao todo, foram mais de R$ 39,701 milhões em financiamentos a 11 fazendeiros que acumulam mais de R$ 31 milhões em multas ambientais não pagas ao Ibama.

Após publicação da reportagem, deputados do PT e o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade, protocolaram no Tribunal de Contas da União (TCU) representações pedindo a adoção de medidas cautelares para que sejam suspensos os repasses financeiros pelo BNDES “a pessoas ou entidades condenadas ou investigadas por infrações ambientais”, publicou o UOL.

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No Pará, mais de dois anos após "Dia do Fogo", áreas queimadas abrigam campos de soja

Em 2019, incêndios criminosos foram orquestrados por fazendeiros locais em apoio ao recém-presidente Bolsonaro

Crédito: Fernando Martinho/Repórter Brasil

8 fev 22

No Pará, mais de dois anos após “Dia do Fogo”, áreas queimadas abrigam campos de soja

Entre 10 e 11 de agosto de 2019, proprietários rurais do sudoeste do Pará se mobilizaram para atear fogo em áreas da floresta amazônica no episódio que ficou conhecido como “Dia do Fogo”. No período, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 1.457 focos de calor no estado, um aumento de 1.923% em comparação ao ano anterior.

Mais de dois anos depois, a Repórter Brasil revelou que a área queimada hoje abriga campos de plantação de soja. A agência fez um levantamento inédito cruzando as coordenadas dos locais onde flagrou as plantações com os dados de alertas de incêndio dos satélites da Nasa na época.

Uma das principais áreas afetadas pelo fogo, o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Terra Nossa, assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), também foi invadido pela monocultura, ainda que esse tipo de cultivo contrarie a finalidade dessa modalidade de reforma agrária, destinada à subsistência das famílias assentadas. 

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Desmatamento bate recorde no Cerrado em 2021

Cerca de 50% do bioma já foi destruído desde a década de 1970


Crédito: Victor Moriyama/Greenpeace

5 jan 22

Desmatamento bate recorde no Cerrado em 2021

O Cerrado atingiu a mais alta taxa de desmatamento desde 2015, apontam os dados consolidados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo nota técnica do instituto, divulgada em 31 de dezembro, houve um aumento de 7,9% da supressão vegetação nativa de agosto de 2020 a julho de 2021, período oficial de medição do desmatamento anual do sistema PRODES, somando 8.531,44 km2.

Historicamente, o bioma sofre com o avanço do agronegócio e pecuária e tem sido palco de conflitos por terra e água entre os latifundiários e os agricultores, ribeirinhos e pescadores locais, problema intensificado com a chegada de Jair Bolsonaro à presidência, em 2019.

Do total de área desmatada, 61,3% (5227,32 km²) esteve concentrado na região conhecida como Matopiba, fronteira agrícola que engloba parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, indica análise do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Para Ane Alencar, diretora de Ciências do IPAM, o dado merece destaque. “Essa região precisa de um olhar especial para os conflitos que têm se acirrado por conta dessa conversão [de vegetação nativa para a agropecuária]. O aumento do desmatamento no Cerrado mostra que a falta de governança ambiental e os conflitos socioambientais decorrentes dela não são prerrogativas somente da Amazônia”.

Ouvida pela Reuters, a pesquisadora declarou que o aumento do desmatamento no bioma registrado em 2021 é um reflexo da postura do governo frente ao problema. “O desmatamento é o indicador mais nu e cru da péssima política ambiental que esse governo tem tido”, finalizou.

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Grileiros em São Félix do Xingu (PA) forçam caciques a assinarem acordo que reduz terra indígena

Invasores cercam base de operações do Ibama e da Funai na TI Apyterewa

Crédito: Reprodução/via UOL

2 dez 21

Grileiros em São Félix do Xingu (PA) forçam caciques a assinarem acordo que reduz terra indígena

O aumento substancial de invasores na Terra Indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, no Pará, durante o governo Bolsonaro ,fez com que caciques da etnia parakanã “aceitassem” o “acordo” de redução da 50,7% de sua TI, homologada há 14 anos, proposto por grileiros da região.

Estima-se que 3 mil pessoas estejam invadindo o território no município mais desmatado da Amazônia. A parte cedida da TI pode chegar a um valor de até R$ 3,9 bilhões e reforça temor de perda de terras indígenas demarcadas para grileiros. A história foi explicada em detalhes na reportagem de Rubens Valente no UOL.

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Secas recorrentes afetam capacidade de regeneração da Amazônia, aponta estudo

Floresta teve sua capacidade absorção de carbono comprometida

Crédito: Fábio Nascimento/Greenpeace

25 nov 21

Secas recorrentes afetam capacidade de regeneração da Amazônia, aponta estudo

Um estudo de pesquisadores brasileiros e portuguêses, publicado na revista científica Global Biogeochemical Cycles mostra que secas severas e recorrentes têm comprometido a capacidade de recuperação de  trechos da floresta amazônica.

Segundo o biólogo Fausto Machado-Silva, pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF) e autor do estudo, os períodos de 2005, 2010 e 2015 foram particularmente graves para a região. 

A publicação analisou a produtividade primária da floresta, medida pela quantidade de matéria orgânica produzida pela vegetação, um parâmetro comum de avaliação da capacidade de regeneração de ecossistemas. Os resultados indicaram que a absorção de carbono durante o período de recuperação de uma seca foi 13% menor em comparação a níveis anteriores à estiagem.

Como alerta, os pesquisadores reforçam o que já vem sendo dito por cientistas e ambientalistas, que o combate ao desmatamento da Amazônia é fundamental para frear as mudanças climáticas. 

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Brasil é o 4º país que mais emitiu gases estufa historicamente, aponta estudo

Desmatamento e agropecuária são as principais causas

Crédito: Christian Braga/Greenpeace

27 out 21

Brasil é o 4º país que mais emitiu gases estufa historicamente, aponta estudo

Um estudo realizado pelo think tank internacional Carbon Brief coloca o Brasil em quarto lugar no ranking dos países mais poluidores do mundo, considerando o acumulado histórico de emissões de gás carbônico de 1850 a 2021. O levantamento contempla dados de emissões de queima de combustível fóssil, mudanças no uso do solo, desmatamento e produção de cimento. 

No Brasil, a maior parte da poluição vem da derrubada de florestas e do uso do solo para a agropecuária, dois grandes vetores da atual devastação ambiental em curso no país sob o governo Bolsonaro. Ouvido pela BBC Brasil, o ​​ secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, comentou o histórico de emissões do país. “Se você pegar os últimos 30 anos, 73% das emissões do planeta estão na área de energia. Se você pegar os últimos 30 anos no Brasil, 55% das emissões são por desmatamento. Se você incluir emissões decorrentes da pecuária brasileira, a gente bate na casa dos 80%”, disse.

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Na Amazônia, 75% das áreas desmatadas em florestas públicas viraram pastagem, aponta estudo

Desmatamento em terras públicas tem avançado na última década


Crédito: Arquivo EBC/via Rede Brasil Atual

26 out 21

Na Amazônia, 75% das áreas desmatadas em florestas públicas viraram pastagem, aponta estudo

O Brasil perdeu um Paraná (21 milhões de hectares) da Amazônia entre 1997 e 2020, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Em 23 anos, a Amazônia Legal perdeu 8% das suas florestas públicas e 75% das áreas desmatadas viraram pasto, emitindo 10,2 gigatoneladas de CO2, ou seja, cinco anos de emissões nacionais de gases estufa no país.

Segundo Paulo Moutinho, do Ipam, a grilagem é “um fator de risco para o equilíbrio climático do planeta” e tem se intensificado nos últimos dez anos.

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"Tratoraço" teria recebido verbas públicas de ao menos 30 parlamentares

Compra faz parte de ‘orçamento secreto” montado pelo governo


Crédito: Divulgação/MDR

25 out 21

“Tratoraço” teria recebido verbas públicas de ao menos 30 parlamentares

A compra de tratores e outros maquinários agrícolas sob suspeita de superfaturamento, apelidada de “tratoraço”,  foi financiada com verbas públicas de ao menos 30 parlamentares, indica investigação d’O Estado de São Paulo.

Segundo o jornal, estão envolvidos no “tratoraço” o líder do PSL na Câmara, o deputado Vitor Hugo (GO); o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP); e o deputado Domingos Neto (PSD-CE), relator-geral do Orçamento de 2020. 

A investigação chegou à lista completa de nomes cruzando informações de uma planilha interna do Ministério do Desenvolvimento Regional e um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), elaborado após o jornal revelar, em maio, que a pasta recebeu R$ 3 bilhões em emendas para auxiliar a base no Congresso

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Cerrado devastado: agropecuária invadiu 26,5 milhões de hectares nos últimos 36 anos, aponta estudo

Área conhecida como Matopiba é alvo de destruição no bioma


Crédito: Isac Nóbrega/PR,via CC BY 2.0

10 set 21

Cerrado devastado: agropecuária invadiu 26,5 milhões de hectares nos últimos 36 anos, aponta estudo

De 1985 a 2020, a atividade agropecuária foi responsável pelo desaparecimento de 98,9% dos 26,5 milhões de hectares de cobertura vegetal nativa perdidos no bioma do Cerrado, segundo Um estudo do MapBiomas . O restante é atribuído à expansão urbana.

As áreas úmidas, aponta matéria do portal O Eco, tiveram suas áreas reduzidas em 10,3% nos últimos 36 anos. “Essas mudanças são importantes indicadoras de alterações do ponto de vista ecológico nesses sistemas, porque elas apontam que em algumas áreas está havendo perda de água nessas áreas úmidas, bem como uma transição para áreas de campo seco e de formação savânica ou mesmo um adensamento para tipos florestais, como vegetação ciliar ou ripária, e isso precisa ser investigado com maior detalhe”, explicou Dhemerson Conciani, da equipe do MapBiomas Cerrado, no webinar de apresentação dos dados.

O estudo também destaca a perda de vegetação na fronteira de expansão agrícola conhecida como Matopiba, vitrine do agronegócio brasileiro, que ocupa parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Entre 2010 e 2020, mais da metade do total perdido pelo bioma (3,23 milhões  de 6,04 milhões de hectares) se concentrou na região.

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