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Por falta de verba, Inpe pode ficar sem monitoramento do Cerrado em abril

Bioma bateu recorde de desmatamento em 2021

Crédito: SEMAD/MG

6 jan 22

Por falta de verba, Inpe pode ficar sem monitoramento do Cerrado em abril

O projeto de monitoramento do Cerrado realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) deve ser descontinuado a partir de abril de 2022. Segundo o Inpe, o financiamento do Forest Investment Program (FIP), administrado pelo Banco Mundial e sob a guarda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, que mantinha a equipe de monitoramento do bioma desde 2016, se encerrou em 31 de dezembro de 2021.

De acordo com Cláudio Almeida, coordenador do programa de monitoramento da Amazônia e demais biomas, são necessários R$ 2,5 milhões ao ano para manter os 20 profissionais que compõem a equipe responsável pelo monitoramento diário e balanços anuais do desmatamento no bioma. O valor equivale à metade do que o governo federal gastou com uva passa em 2020, conforme comparativo feito pelo portal Um só planeta com base em matéria do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles.

O trabalho realizado pelo Inpe é fundamental para a tomada de ações e medidas públicas voltadas à  preservação do Cerrado, que bateu recorde de desmatamento em 2021 e é considerado o bioma mais ameaçado do Brasil.

Fontes:
Desmatamento bate recorde no Cerrado em 2021

Cerca de 50% do bioma já foi destruído desde a década de 1970


Crédito: Victor Moriyama/Greenpeace

5 jan 22

Desmatamento bate recorde no Cerrado em 2021

O Cerrado atingiu a mais alta taxa de desmatamento desde 2015, apontam os dados consolidados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo nota técnica do instituto, divulgada em 31 de dezembro, houve um aumento de 7,9% da supressão vegetação nativa de agosto de 2020 a julho de 2021, período oficial de medição do desmatamento anual do sistema PRODES, somando 8.531,44 km2.

Historicamente, o bioma sofre com o avanço do agronegócio e pecuária e tem sido palco de conflitos por terra e água entre os latifundiários e os agricultores, ribeirinhos e pescadores locais, problema intensificado com a chegada de Jair Bolsonaro à presidência, em 2019.

Do total de área desmatada, 61,3% (5227,32 km²) esteve concentrado na região conhecida como Matopiba, fronteira agrícola que engloba parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, indica análise do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Para Ane Alencar, diretora de Ciências do IPAM, o dado merece destaque. “Essa região precisa de um olhar especial para os conflitos que têm se acirrado por conta dessa conversão [de vegetação nativa para a agropecuária]. O aumento do desmatamento no Cerrado mostra que a falta de governança ambiental e os conflitos socioambientais decorrentes dela não são prerrogativas somente da Amazônia”.

Ouvida pela Reuters, a pesquisadora declarou que o aumento do desmatamento no bioma registrado em 2021 é um reflexo da postura do governo frente ao problema. “O desmatamento é o indicador mais nu e cru da péssima política ambiental que esse governo tem tido”, finalizou.

Fontes:
COP26: ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, associa floresta abundante à pobreza

Ministro ignorou as altas taxas de desmatamento dos últimos dois anos

Crédito: Isac Nóbrega/PR/via ClimaInfo

12 nov 21

COP26: ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, associa floresta abundante à pobreza

Em discurso oficial na Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP26), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou “que onde existe muita floresta também existe muita pobreza”.

A fala chocou ambientalistas e parlamentares da oposição, que a destacaram como indício de que o projeto do governo Bolsonaro para o meio ambiente segue intacto, apesar das promessas de mudanças. “Essa declaração revela a mentalidade do governo é da década de 70 do século passado: desmatar, para eles, é sinônimo de desenvolver. Como é um governo que despreza a ciência, não conseguem aceitar que essa visão foi superada por tudo que a ciência tem mostrado”, declarou o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) à coluna de Jamil Chade.

No mesmo discurso, Leite anunciou que “o futuro verde já começou no Brasil”. Dois dias após a declaração do ministro, o Inpe divulgou que a Amazônia bateu o recorde histórico de alertas de desmatamento para o mês, somando uma área de 877 km². Ao longo do evento, o governo tem ignorado o avanço da devastação socioambiental no país

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Sinal de Fumaça lança dossiê sobre crise socioambiental nos 3 anos de governo Bolsonaro
28 out 21

Sinal de Fumaça lança dossiê sobre crise socioambiental nos 3 anos de governo Bolsonaro

No marco de três anos da eleição de Jair Bolsonaro, o Sinal de Fumaça lançou um levantamento que organiza pontos-chave do desmonte da governança socioambiental e das políticas de redução de desmatamento no Brasil. 

O dossiê bilíngue “Governo JB: Menos 30 anos em 3” mostra que a “boiada” é um projeto político anunciado ainda na campanha eleitoral e implementado desde o primeiro dia do governo Bolsonaro. O material foi elaborado tendo como base cerca de 450 conteúdos sistematizados, em formato de linha do tempo, a partir de outubro de 2018.

Na próxima semana, chefes de estado de centenas de países se reúnem na na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26) para discutir como barrar a emergência climática. O Brasil vem aumentando sua participação no problema com o crescimento das emissões de poluentes derivadas do desmatamento e da carbonização da matriz energética em função da crise hídrica, por sua vez vinculada às perdas florestais. 

Clique aqui para ler o “Governo JB: Menos 30 anos em 3” em português e aqui em inglês.

Brasil é o 4º país que mais emitiu gases estufa historicamente, aponta estudo

Desmatamento e agropecuária são as principais causas

Crédito: Christian Braga/Greenpeace

27 out 21

Brasil é o 4º país que mais emitiu gases estufa historicamente, aponta estudo

Um estudo realizado pelo think tank internacional Carbon Brief coloca o Brasil em quarto lugar no ranking dos países mais poluidores do mundo, considerando o acumulado histórico de emissões de gás carbônico de 1850 a 2021. O levantamento contempla dados de emissões de queima de combustível fóssil, mudanças no uso do solo, desmatamento e produção de cimento. 

No Brasil, a maior parte da poluição vem da derrubada de florestas e do uso do solo para a agropecuária, dois grandes vetores da atual devastação ambiental em curso no país sob o governo Bolsonaro. Ouvido pela BBC Brasil, o ​​ secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, comentou o histórico de emissões do país. “Se você pegar os últimos 30 anos, 73% das emissões do planeta estão na área de energia. Se você pegar os últimos 30 anos no Brasil, 55% das emissões são por desmatamento. Se você incluir emissões decorrentes da pecuária brasileira, a gente bate na casa dos 80%”, disse.

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Meta de emissões aprovada pelo Senado repete "pedalada climática" do governo

Brasil altera base de cálculo para poder emitir mais gases estufa

Crédito: Sérgio Vale/Amazônia Real

25 out 21

Meta de emissões aprovada pelo Senado repete “pedalada climática” do governo

Às vésperas da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26), o Observatório do Clima analisou o projeto de lei que altera a Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC), aprovado pelo Senado Federal em outubro. 

Como conclusão, a organização aponta que as metas propostas para redução das emissões de carbono do Brasil são tão insuficientes quanto as apresentadas pelo governo na atualização da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, em inglês) brasileira, no final de 2020.  Segundo o OC, Ambas reduzem a ambição climática brasileira para as próximas décadas. O observatório explica que a “pedalada climática” consiste em manter o percentual de corte de emissões prometido, mas alterando a base de cálculo.

A estratégia de “contabilidade criativa” dificulta o alinhamento internacional do Brasil em relação aos compromissos previstos pelo Acordo de Paris, uma das pautas da COP-26. 

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Pantanal perde 29% da superfície de água em 30 anos

Bioma alagadiço concentra enorme biodiversidade

Crédito: Wikimedia Commons

29 set 21

Pantanal perde 29% da superfície de água em 30 anos

Um levantamento do MapBiomas mostrou que, entre 1988 e 2018, o Pantanal perdeu 29% da sua superfície alagada. O total de campos alagados era de 5,8 milhões de hectares e chegou a 4,1 milhões no final da década passada. Ao longo dos trinta anos, o bioma também perdeu 1.8 milhão de hectares de vegetação nativa.

Em 2020, o bioma teve 26% de sua área atingida pelo maior incêndio de sua história.

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Incêndio na Chapada dos Veadeiros já consumiu 36 mil hectares de Cerrado

Fogo é resultado de ação criminosa, indica Corpo de Bombeiros

Crédito: Reprodução/TV Anhanguera

24 set 21

Incêndio na Chapada dos Veadeiros já consumiu 36 mil hectares de Cerrado

O incêndio no município de Alto Paraíso de Goiás (GO), iniciado em 12 de setembro, e que se alastrou para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, desde o dia 20, já queimou cerca de 36 mil hectares de vegetação  do Cerrado até o momento. O dado é do ​​Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal responsável pela administração do parque.

A Polícia Civil abriu cinco inquéritos para apurar a origem do fogo na região e já conta com três suspeitos. Entre eles está um fazendeiro da região que teria iniciado a queimada em sua propriedade.

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G1 (24/09)

Queimadas aumentam 116% na Amazônia entre junho e julho

Fogo atingiu terras indígenas, florestas públicas e parques nacionais

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama

4 ago 21

Queimadas aumentam 116% na Amazônia entre junho e julho

Mesmo com o decreto presidencial de 29 de junho que proibiu o uso do fogo como prática florestal por 120 dias em território nacional, dados do Inpe apontam que julho registrou um aumento de 116% do número de queimadas em relação ao mês anterior. Foram 4.977 focos de calor, sendo mais metade nos estados amazônicos do Pará (1.372 focos) e Amazonas (1.173 focos).

O decreto de Bolsonaro foi uma tentativa de resposta pública à previsão de aumento das queimadas em regiões como a Amazônia e o Pantanal em função do início do período de seca, considerada esse ano uma das mais intensas já registradas no país.

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Amazônia registra desmatamento histórico em junho

Bioma também bateu recorde de focos de calor no período

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama/via CC BY-SA 2.0

9 jul 21

Amazônia registra desmatamento histórico em junho

Dados do sistema de monitoramento por satélite em tempo real do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que no mês de junho a Amazônia registrou o pior índice de desmatamento para o período desde 2016. Segundo o Deter, os alertas de desmate atingiram uma área de 1.061,9 km², um aumento de 1,8% em relação a junho de 2020.

Somente esse ano, esse é o quarto mês consecutivo com recorde de devastação no bioma. Também em junho, a Amazônia atingiu um índice histórico de queimadas para o período.

Fontes:
Amazônia tem recorde de queimadas em junho e governo aciona Exército mais uma vez

Missões de GLO são questionadas por ambientalistas

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama/via CC BY-SA 2.0

2 jul 21

Amazônia tem recorde de queimadas em junho e governo aciona Exército mais uma vez

No mês de junho, a Amazônia registrou pelo segundo ano consecutivo o maior número de queimadas no período desde 2007. Conforme dados do INPE, foram 2.308 focos de incêndio na floresta esse ano, um pouco acima dos 2.248 registrados no período no ano anterior, o que equivale a um crescimento de quase 3%, aponta a Folha de S. Paulo.

Em nota sobre a situação, o ClimaInfo destacou a preocupação de ambientalistas tendo em vista que o bioma está apenas no início da temporada seca. O prognóstico é de que os focos de incêndio se proliferam com a escassez de chuvas, agravada pelo avanço do desmatamento, e a falta de fiscalização dos órgãos federais, sucateados pelo atual governo.  

Como resposta, o governo Bolsonaro estabeleceu, mais uma vez, uma missão de Garantia de Lei e Ordem (GLO) na Amazônia, estratégia que, segundo especialistas, não ajudou a conter a devastação ambiental no bioma nos dois anos anteriores. Citado pelo ClimaInfo, o biólogo Rômulo Batista, do Greenpeace, reforça que o envio das forças armadas à Amazônia é um recurso custoso e ineficiente. “Infelizmente, esse recorde no mês de junho não é uma surpresa, considerando a continuidade da política antiambiental e a insistência na utilização de uma ferramenta cara como o envio de tropas militares, que se mostrou ineficiente nos últimos dois anos”, declarou.

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Bonito, símbolo do ecoturismo, lidera ranking de desmatamento na Mata Atlântica

Estudo sobre devastação no bioma indica que 439 cidades desmataram 13.053 hectares entre 2019 e 2020

Crédito: Prefeitura de Bonito

1 jul 21

Bonito, símbolo do ecoturismo, lidera ranking de desmatamento na Mata Atlântica

Levantamento realizado pela ONG SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) coloca o município de Bonito (MS) no topo das dez cidades brasileiras que lideraram o desmatamento do bioma entre 2019 e 2020. Foram 416 hectares de vegetação nativa perdidos no período, o que equivale a mais de um campo de futebol por dia.

Ouvido pelo G1, Fernando Guedes Pinto, diretor de Conhecimento da organização, falou sobre as consequências da devastação no bioma para o meio ambiente e para a economia de Bonito, cidade referência em ecoturismo no Brasil. “Além de fazer com que as cidades se tornem cada vez mais quentes, a redução das áreas verdes ameaça a disponibilidade e a qualidade da água. A crise hídrica que vivemos hoje é um reflexo disso. No caso de Bonito os danos podem ser ainda graves, pois coloca em risco o turismo que move a economia da cidade”, declarou.

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Sob governo Bolsonaro, desmatamento cresce na bacia do Xingu

Área de mineração ilegal na Terra Indígena Kayapó

Crédito: Divulgação/Rede Xingu+

10 jun 21

Sob governo Bolsonaro, desmatamento cresce na bacia do Xingu

Segundo relatório da Rede Xingu+ divulgado pelo portal ambientalista Mongabay, o desmatamento na região da bacia do Rio Xingu disparou no governo Bolsonaro.

Entre 2018 a 2020, criminosos ambientais devastaram 5.135 km2 de floresta, uma área três vezes maior que o município de São Paulo. Os dados são da ferramenta Sirad, sistema de monitoramento por radar utilizado pela organização. Em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, houve um aumento de 38% do desmatamento nas reservas indígenas da região e 50% nas unidades de conservação da bacia.

Para especialistas ouvidos pela matéria, apesar da presença de grileiros, madeireiros e garimpeiros na região ser um problema antigo, os criminosos se sentem apoiados e fortalecidos pela gestão Bolsonaro. 

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Estudo afirma que 317 medidas de Salles enfraquecem proteção ambiental

Pesquisa indica como ministério “passou a boiada”

Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

27 maio 21

Estudo afirma que 317 medidas de Salles enfraquecem proteção ambiental

O Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) analisou 524 medidas administrativas publicadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA)  que revelam a estratégia do desmonte socioambiental nos primeiros anos do governo Bolsonaro. O resultado está no estudo “Dando nomes aos bois”, lançado dia 27, que indica que ao menos 317 dessas medidas possuem algum risco de favorecer “processos e práticas de redução do nível de proteção ambiental “, diz o texto.

A análise aponta que as tentativas de desregulamentar e afrouxar o papel de controle dos órgãos ambientais se concentram em três blocos de medidas: normas que buscam enfraquecer a responsabilização administrativa para punição de infratores ambientais, outras que buscam enfraquecer a estrutura do ICMBio e as que visam enfraquecer a atuação do MMA na agenda ambiental.

“A análise das medidas publicadas no Diário Oficial da União (DOU) revela que de fato está em curso o desmonte da capacidade institucional dos órgãos de executarem políticas e cumprirem a legislação ambiental”, explica Alessandra Cardoso, assessora política do Inesc.

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Desmatamento na Amazônia bate recorde em abril

Área desmatada é maior que duas cidades de Belo Horizonte

Crédito: Vice-Presidência/Flickr/via O Eco

18 maio 21

Desmatamento na Amazônia bate recorde em abril

Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente (Imazon), abril registrou a maior taxa de desmatamento para o mês da última década. Foram 778 quilômetros quadrados desmatados, um aumento de 45% em relação a abril de 2019. 

O Amazonas lidera a lista de estados com a maior área desmatada (28%), seguido pelo Pará (26%), Mato Grosso (22%), Rondônia (16%), Roraima (5%), Maranhão (2%) e Acre (1%).

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Cúpula do Clima: Brasil sai desacreditado e fica aquém das metas globais

Brasil vai na contramão da ambição climática global

Crédito: Cúpula do Clima/Reprodução

22 abr 21

Cúpula do Clima: Brasil sai desacreditado e fica aquém das metas globais

A participação de Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima, encontro de mais de 40 países convocado pelo presidente estadunidense Joe Biden para conter o avanço das mudanças climáticas, reforçou o descrédito internacional do Brasil na pauta ambiental, afirmam especialistas. Bolsonaro mentiu sobre a preservação da Amazônia e os esforços de seu governo para a implementação de uma economia verde, omitiu dados de desmatamento, além de indicar o recebimento de recursos internacionais como condicionante para que seu governo possa alcançar os pretensos objetivos na área ambiental

 “O Brasil sai da cúpula dos líderes como entrou: desacreditado. Bolsonaro passou metade de sua fala pedindo ao mundo dinheiro por conquistas ambientais anteriores, que seu governo tenta destruir desde o dia da posse”, analisou Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima. 

Menos de um dia após o encontro, no qual Bolsonaro afirmou que aumentaria a verba para a fiscalização ambiental, foi aprovado um corte de 24% no orçamento do Meio Ambiente em relação a 2021, com redução drástica de recursos para as autarquias federais de proteção ambiental. Diante da repercussão negativa, o ministro Ricardo Salles encaminhou um pedido de recomposição orçamentária ao Ministério da Economia para que o corte seja coberto e sejam acrescidos R$ 142 milhões à pasta, segundo matéria d’O Estado de São Paulo

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Bolsonaro promete a Biden eliminar desmatamento ilegal no Brasil até 2030

Presidente afirma depender de “recursos anuais significativos” para viabilizar meta

Crédito: Presidência da República/Divulgação

14 abr 21

Bolsonaro promete a Biden eliminar desmatamento ilegal no Brasil até 2030

Em nítida mudança de tom em relação à crise socioambiental brasileira agravada em seu governo, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta a Joe Biden na qual afirma “inequívoco apoio” à agenda ambiental do norte-americano. No documento, o brasileiro afirma assumir o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal no país até 2030, além de dispor a atuar para frear as mudanças climáticas e trabalhar em cooperação com a sociedade civil e organizações indígenas.   

A promessa, porém, como aponta análise do ambientalista Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, caminha no sentido contrário. Em publicação nas redes sociais, Astrini comentou a meta do governo para desmatamento da Amazônia, publicada no Diário Oficial em 14 de abril. Na prática, segundo o especialista, “a ideia é chegar em 2022 com 17% de desmatamento a mais do que existia antes do governo Bolsonaro”, com base na média histórica do sistema PRODES de 2016 a 2020.

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Amazônia e Cerrado batem recorde de desmatamento em março, aponta Inpe

Dados são ignorados pelo governo, que nega devastação

Crédito: Fábio Nascimento/Greenpeace

9 abr 21

Amazônia e Cerrado batem recorde de desmatamento em março, aponta Inpe

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os biomas da Amazônia e do Cerrado registraram índices críticos de desmatamento no mês de março, os maiores dos últimos anos.

Na região da Amazônia Legal, trata-se da pior taxa registrada no mês desde 2015: foram 368 quilômetros quadrados de floresta desmatada, número que cresce regularmente desde 2019, quando atingiu 251 km, pulando para 327 km em 2020. No Cerrado, a situação é ainda mais preocupante. Em março, 529 quilômetros quadrados foram perdidos em função do desmatamento, mais do que o dobro registrado no mês em 2019, quando bateu 215 km.

Como destaca a matéria d’O Estado de São Paulo, frente ao enfraquecimento crônico das autarquias de proteção ambiental no atual governo, o prognóstico tende a piorar e preocupa ambientalistas.

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Carla Zambelli mente sobre Amazônia em primeira live a frente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara

Zambelli fez coro ao discurso pró-garimpo do governo

Crédito: Marcos Corrêa/PR

30 mar 21

Carla Zambelli mente sobre Amazônia em primeira live a frente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara

Em primeira live após assumir a presidência da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) mentiu sobre Amazônia, atacou ONGs e defendeu o garimpo em terras indígenas, conforme aponta checagem realizada pelo Fakebook.eco. Zambelli também afirmou que, até a posse, não sabia o que era grilagem, uma das pautas prioritárias de sua comissão. “Acho que tenho um pensamento pouco técnico, com pouco conhecimento, então ainda estou tomando pé”, disse.

Entre as falas mentirosas da deputada, está a afirmação, a exemplo do que sistematicamente propaga o governo, de que os povos originários da Amazônia são os principais responsáveis pela devastação da floresta. 

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Coalizão de governadores busca parceria com Biden por fundos de proteção ambiental

Carta reitera responsabilidade de governadores no Acordo de Paris

Crédito: Gage Skidmore/ via CC BY-SA 2.0

19 mar 21

Coalizão de governadores busca parceria com Biden por fundos de proteção ambiental

Uma coalizão composta por 21 governadores brasileiros articula uma carta ao presidente dos EUA, Joe Biden, para firmar um acordo de proteção ambiental entre os países. Na corrida eleitoral, Biden prometeu mobilizar grandes investimentos voltados à preservação da Amazônia, dos quais o grupo pretende se tornar beneficiário.

Segundo o Valor Econômico, a iniciativa “busca lançar os governadores como atores que se comprometem com a proteção da floresta, o reflorestamento e o desenvolvimento de uma economia verde”. Frente à responsabilidade dos estados no cumprimento do Acordo de Paris, o grupo ambiciona criar a “maior economia de descarbonização do planeta” em parceria com os EUA. Para isso, os planos contemplam não só a Amazônia, mas também outros biomas com grande estoque de carbono, como a Mata Atlântica, a Caatinga e o Pantanal – que teve 12% de sua área devastada em 2020. 

Além da redução dos gases de efeito estufa e o investimento em fontes de energias renováveis, entre os pontos destacados na minuta da carta, a qual o jornal teve acesso, está o combate ao desmatamento, cumprimento do Código Florestal para a conservação das florestas, melhoria da eficiência na agropecuária, proteção dos povos indígenas e busca de formas para viabilizar ‘reflorestamentos massivos'”, diz a matéria.

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