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Brasil é o 4º país que mais emitiu gases estufa historicamente, aponta estudo

Desmatamento e agropecuária são as principais causas

Crédito: Christian Braga/Greenpeace

27 out 21

Brasil é o 4º país que mais emitiu gases estufa historicamente, aponta estudo

Um estudo realizado pelo think tank internacional Carbon Brief coloca o Brasil em quarto lugar no ranking dos países mais poluidores do mundo, considerando o acumulado histórico de emissões de gás carbônico de 1850 a 2021. O levantamento contempla dados de emissões de queima de combustível fóssil, mudanças no uso do solo, desmatamento e produção de cimento. 

No Brasil, a maior parte da poluição vem da derrubada de florestas e do uso do solo para a agropecuária, dois grandes vetores da atual devastação ambiental em curso no país sob o governo Bolsonaro. Ouvido pela BBC Brasil, o ​​ secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, comentou o histórico de emissões do país. “Se você pegar os últimos 30 anos, 73% das emissões do planeta estão na área de energia. Se você pegar os últimos 30 anos no Brasil, 55% das emissões são por desmatamento. Se você incluir emissões decorrentes da pecuária brasileira, a gente bate na casa dos 80%”, disse.

Fontes:
Na Amazônia, 75% das áreas desmatadas em florestas públicas viraram pastagem, aponta estudo

Desmatamento em terras públicas tem avançado na última década


Crédito: Arquivo EBC/via Rede Brasil Atual

26 out 21

Na Amazônia, 75% das áreas desmatadas em florestas públicas viraram pastagem, aponta estudo

O Brasil perdeu um Paraná (21 milhões de hectares) da Amazônia entre 1997 e 2020, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Em 23 anos, a Amazônia Legal perdeu 8% das suas florestas públicas e 75% das áreas desmatadas viraram pasto, emitindo 10,2 gigatoneladas de CO2, ou seja, cinco anos de emissões nacionais de gases estufa no país.

Segundo Paulo Moutinho, do Ipam, a grilagem é “um fator de risco para o equilíbrio climático do planeta” e tem se intensificado nos últimos dez anos.

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Meta de emissões aprovada pelo Senado repete "pedalada climática" do governo

Brasil altera base de cálculo para poder emitir mais gases estufa

Crédito: Sérgio Vale/Amazônia Real

25 out 21

Meta de emissões aprovada pelo Senado repete “pedalada climática” do governo

Às vésperas da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26), o Observatório do Clima analisou o projeto de lei que altera a Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC), aprovado pelo Senado Federal em outubro. 

Como conclusão, a organização aponta que as metas propostas para redução das emissões de carbono do Brasil são tão insuficientes quanto as apresentadas pelo governo na atualização da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, em inglês) brasileira, no final de 2020.  Segundo o OC, Ambas reduzem a ambição climática brasileira para as próximas décadas. O observatório explica que a “pedalada climática” consiste em manter o percentual de corte de emissões prometido, mas alterando a base de cálculo.

A estratégia de “contabilidade criativa” dificulta o alinhamento internacional do Brasil em relação aos compromissos previstos pelo Acordo de Paris, uma das pautas da COP-26. 

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Pantanal perde 29% da superfície de água em 30 anos

Bioma alagadiço concentra enorme biodiversidade

Crédito: Wikimedia Commons

29 set 21

Pantanal perde 29% da superfície de água em 30 anos

Um levantamento do MapBiomas mostrou que, entre 1988 e 2018, o Pantanal perdeu 29% da sua superfície alagada. O total de campos alagados era de 5,8 milhões de hectares e chegou a 4,1 milhões no final da década passada. Ao longo dos trinta anos, o bioma também perdeu 1.8 milhão de hectares de vegetação nativa.

Em 2020, o bioma teve 26% de sua área atingida pelo maior incêndio de sua história.

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Incêndio na Chapada dos Veadeiros já consumiu 36 mil hectares de Cerrado

Fogo é resultado de ação criminosa, indica Corpo de Bombeiros

Crédito: Reprodução/TV Anhanguera

24 set 21

Incêndio na Chapada dos Veadeiros já consumiu 36 mil hectares de Cerrado

O incêndio no município de Alto Paraíso de Goiás (GO), iniciado em 12 de setembro, e que se alastrou para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, desde o dia 20, já queimou cerca de 36 mil hectares de vegetação  do Cerrado até o momento. O dado é do ​​Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal responsável pela administração do parque.

A Polícia Civil abriu cinco inquéritos para apurar a origem do fogo na região e já conta com três suspeitos. Entre eles está um fazendeiro da região que teria iniciado a queimada em sua propriedade.

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G1 (24/09)

Quase 90% dos jovens brasileiros temem futuro por causa das mudanças climáticas, revela pesquisa

Média no Brasil é alta em comparação aos dez países ouvidos

Crédito: Observatório do Clima

14 set 21

Quase 90% dos jovens brasileiros temem futuro por causa das mudanças climáticas, revela pesquisa

Publicado na revista científica The Lancet, um estudo internacional ouviu 10 mil jovens entre 16 e 25 anos, do Brasil, Austrália, EUA, Reino Unido, Índia, Nigéria, Filipinas, Finlândia, Portugal e França, sobre o nível de ansiedade sentido em relação às mudanças climáticas.

Entre os brasileiros, o temor é maior: 86% acham que “o futuro é assustador” e 48% disseram hesitar em ter filhos em função das alterações do clima, noticiou a BBC.. Ainda, 79% disseram que o governo está falhando com os jovens no combate ao aquecimento global.

De forma geral, o levantamento indica que há uma frustração com a atuação do poder público em relação ao problema. Segundo a pesquisadora Caroline Hickman, da Universidade de Bath (Reino Unido), coautora do estudo, os altos índices de estresse psicológico entre os jovens entrevistados estão relacionados à letargia governamental em escala global.  

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Sem alarde, ministro Joaquim Leite reproduz política de Ricardo Salles

Novo ministro do Meio Ambiente adotou silêncio como estratégia

Crédito: Ministério do Meio Ambiente

19 ago 21

Sem alarde, ministro Joaquim Leite reproduz política de Ricardo Salles

“Não houve qualquer ruptura. A gestão do novo ministro é um prolongamento da gestão do Salles”. É assim que um servidor ambiental, que preferiu não se identificar, definiu a atuação de Joaquim Leite, novo ministro do Meio Ambiente, em reportagem do Congresso em Foco.

A matéria destaca a estratégia de silêncio e discrição adotada por Leite, em contraponto à postura midiática do ex-ministro Ricardo Salles. Segundo o jornal, o novo ministro tem evitado o contato com a imprensa e ainda não estabeleceu um diálogo direito com parlamentares, mas segue com a mesma agenda anti meio ambiente de seu antecessor.

Antigo conhecido da bancada ruralista, Joaquim Leite foi conselheiro da Sociedade Rural Brasileira (SRB) por mais de duas décadas, entidade aliada da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) do Congresso.

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Seca histórica atinge regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil

Seca severa está relacionada ao avanço do desmatamento na Amazônia

Crédito: Luiz Augusto Daidone/Prefeitura de Vargem/via Fotos Públicas

13 ago 21

Seca histórica atinge regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil

A seca severa que atinge o país em 2021 já comprometeu o volume das bacias dos rios Grande, Paraná, Paranapanema e Paraguai e causou o racionamento de água em pelo menos 53 municípios nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, aponta reportagem d’O Estado de São Paulo. 

Entre os principais estados afetados pela estiagem estão São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segundo o jornal, de setembro de 2020 a março de 2021, o Brasil registrou a menor entrada de água nos reservatórios dos últimos 91 anos.

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Queimadas aumentam 116% na Amazônia entre junho e julho

Fogo atingiu terras indígenas, florestas públicas e parques nacionais

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama

4 ago 21

Queimadas aumentam 116% na Amazônia entre junho e julho

Mesmo com o decreto presidencial de 29 de junho que proibiu o uso do fogo como prática florestal por 120 dias em território nacional, dados do Inpe apontam que julho registrou um aumento de 116% do número de queimadas em relação ao mês anterior. Foram 4.977 focos de calor, sendo mais metade nos estados amazônicos do Pará (1.372 focos) e Amazonas (1.173 focos).

O decreto de Bolsonaro foi uma tentativa de resposta pública à previsão de aumento das queimadas em regiões como a Amazônia e o Pantanal em função do início do período de seca, considerada esse ano uma das mais intensas já registradas no país.

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No governo Bolsonaro, número de multas pagas por crimes ambientais na Amazônia cai 93%

Presidente critica medidas de fiscalização desde as eleições


Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama/via CC BY-SA 2.0

19 jul 21

No governo Bolsonaro, número de multas pagas por crimes ambientais na Amazônia cai 93%

Um levantamento do Centro de Sensoriamento Remoto e do Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) confirma o “apagão” de multas ambientais no governo Bolsonaro que tem sido denunciado por servidores e ambientalistas. Segundo a pesquisa, em 2019 e 2020, a média de processos com multas pagas por crimes envolvendo áreas da Amazônia Legal teve uma queda de 93% em relação aos quatro anos anteriores. 

Com o ex-ministro Ricardo Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a média anual de processos com multas pagas nos primeiros dois anos do atual governo foi de 44 – taxa irrisória em comparação à média de 688 processos registrada entre 2014 e 2018.

Os autores do estudo atribuem a queda às mudanças na legislação ambiental brasileira e nas regras internas do MMA ocorridas entre 2019 e 2020, responsáveis por enfraquecer a fiscalização do Ibama e o andamento interno dos processos ligados à apuração de infrações ambientais.

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Amazônia registra desmatamento histórico em junho

Bioma também bateu recorde de focos de calor no período

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama/via CC BY-SA 2.0

9 jul 21

Amazônia registra desmatamento histórico em junho

Dados do sistema de monitoramento por satélite em tempo real do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que no mês de junho a Amazônia registrou o pior índice de desmatamento para o período desde 2016. Segundo o Deter, os alertas de desmate atingiram uma área de 1.061,9 km², um aumento de 1,8% em relação a junho de 2020.

Somente esse ano, esse é o quarto mês consecutivo com recorde de devastação no bioma. Também em junho, a Amazônia atingiu um índice histórico de queimadas para o período.

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Amazônia tem recorde de queimadas em junho e governo aciona Exército mais uma vez

Missões de GLO são questionadas por ambientalistas

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama/via CC BY-SA 2.0

2 jul 21

Amazônia tem recorde de queimadas em junho e governo aciona Exército mais uma vez

No mês de junho, a Amazônia registrou pelo segundo ano consecutivo o maior número de queimadas no período desde 2007. Conforme dados do INPE, foram 2.308 focos de incêndio na floresta esse ano, um pouco acima dos 2.248 registrados no período no ano anterior, o que equivale a um crescimento de quase 3%, aponta a Folha de S. Paulo.

Em nota sobre a situação, o ClimaInfo destacou a preocupação de ambientalistas tendo em vista que o bioma está apenas no início da temporada seca. O prognóstico é de que os focos de incêndio se proliferam com a escassez de chuvas, agravada pelo avanço do desmatamento, e a falta de fiscalização dos órgãos federais, sucateados pelo atual governo.  

Como resposta, o governo Bolsonaro estabeleceu, mais uma vez, uma missão de Garantia de Lei e Ordem (GLO) na Amazônia, estratégia que, segundo especialistas, não ajudou a conter a devastação ambiental no bioma nos dois anos anteriores. Citado pelo ClimaInfo, o biólogo Rômulo Batista, do Greenpeace, reforça que o envio das forças armadas à Amazônia é um recurso custoso e ineficiente. “Infelizmente, esse recorde no mês de junho não é uma surpresa, considerando a continuidade da política antiambiental e a insistência na utilização de uma ferramenta cara como o envio de tropas militares, que se mostrou ineficiente nos últimos dois anos”, declarou.

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Ricardo Salles pede demissão do Ministério do Meio Ambiente

Saída foi motivada por risco de prisão

Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

23 jun 21

Ricardo Salles pede demissão do Ministério do Meio Ambiente

Caiu o ministro Ricardo Salles. À frente do Ministério do Meio Ambiente desde o início do governo. Salles é alvo inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito das operações Akuanduba, deflagrada para apurar crimes contra a administração pública praticados por agentes públicos e madeireiros, e Handroanthus, que investiga esquema de exportação de madeira ilegal e motivou a abertura de uma notícia-crime contra o ex-ministro. Ainda, a Justiça de São Paulo investiga o ex-ministro por possível enriquecimento ilícito no período em que foi secretário do governo Geraldo Alckmin (PSDB), em ação que envolve seu escritório de advocacia.

Ricardo Salles decidiu abandonar o cargo ao ser informado que o ministro Alexandre de Morais determinaria sua prisão, segundo matéria d’O Estado de S. Paulo. De acordo com o jornal, Bolsonaro teria pedido para o ex-ministro permanecer no cargo e enfrentar o STF, mas Salles respondeu que temia pela segurança de sua mãe, também investigada, sócia de seu escritório em São Paulo.

Com a saída, Salles perde o direito ao foro privilegiado e os inquéritos devem deixar o STF  e devem passar a tramitar nas Justiça Federal de Brasília e Amazonas. A Polícia Federal já havia levado ao STF suspeitas de que a justiça amazonense estaria beneficiando o ex-ministro e os demais investigados no âmbito da Operação Handroanthus.

Salles é considerado por críticos e ambientalistas o pior ministro da pasta que o Brasil já teve até o momento, em gestão marcada pelo desmonte da política ambiental brasileira, recordes sucessivos de desmatamento e queimadas na Amazônia, ataques a povos tradicionais e setores da sociedade civil organizada e disseminação de notícias falsas.

Em despedida ao ex-ministro, o presidente Jair Bolsonaro exaltou sua gestão. “Prezado Ricardo Salles, você faz parte da história. O casamento da Agricultura com o Meio Ambiente foi um casamento quase que perfeito. Parabéns, Ricardo Salles. Não é fácil ocupar seu ministério. Por vezes, a herança fica apenas uma penca de processos”, declarou.

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Sob governo Bolsonaro, desmatamento cresce na bacia do Xingu

Área de mineração ilegal na Terra Indígena Kayapó

Crédito: Divulgação/Rede Xingu+

10 jun 21

Sob governo Bolsonaro, desmatamento cresce na bacia do Xingu

Segundo relatório da Rede Xingu+ divulgado pelo portal ambientalista Mongabay, o desmatamento na região da bacia do Rio Xingu disparou no governo Bolsonaro.

Entre 2018 a 2020, criminosos ambientais devastaram 5.135 km2 de floresta, uma área três vezes maior que o município de São Paulo. Os dados são da ferramenta Sirad, sistema de monitoramento por radar utilizado pela organização. Em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, houve um aumento de 38% do desmatamento nas reservas indígenas da região e 50% nas unidades de conservação da bacia.

Para especialistas ouvidos pela matéria, apesar da presença de grileiros, madeireiros e garimpeiros na região ser um problema antigo, os criminosos se sentem apoiados e fortalecidos pela gestão Bolsonaro. 

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Amazônia brasileira registra recorde histórico de desmatamento em maio

Início da estação seca preocupa ambientalistas

Crédito: Christian Braga/ Greenpeace

4 jun 21

Amazônia brasileira registra recorde histórico de desmatamento em maio

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Espaciais (Inpe), os alertas de desmatamento da Amazônia no mês de maio abrangeram uma área de 1.180 km2, a maior marca para o período desde o início da série do sistema de monitoramento Deter-B, em 2016.

Como aponta o Observatório do Clima, é a primeira vez que a área compreendida pelos alertas do mês de maio ultrapassa 1.000 km2. Ainda segundo a organização, o dado também preocupa em função da chegada da estação seca, período no qual a devastação se intensifica no bioma, somada ao enfraquecimento dos órgãos federais de fiscalização ambiental.

Esse é o terceiro recorde de desmatamento na Amazônia consecutivo registrado em 2020.

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Desmatamento na Amazônia bate recorde em abril

Área desmatada é maior que duas cidades de Belo Horizonte

Crédito: Vice-Presidência/Flickr/via O Eco

18 maio 21

Desmatamento na Amazônia bate recorde em abril

Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente (Imazon), abril registrou a maior taxa de desmatamento para o mês da última década. Foram 778 quilômetros quadrados desmatados, um aumento de 45% em relação a abril de 2019. 

O Amazonas lidera a lista de estados com a maior área desmatada (28%), seguido pelo Pará (26%), Mato Grosso (22%), Rondônia (16%), Roraima (5%), Maranhão (2%) e Acre (1%).

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Cúpula do Clima: Brasil sai desacreditado e fica aquém das metas globais

Brasil vai na contramão da ambição climática global

Crédito: Cúpula do Clima/Reprodução

22 abr 21

Cúpula do Clima: Brasil sai desacreditado e fica aquém das metas globais

A participação de Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima, encontro de mais de 40 países convocado pelo presidente estadunidense Joe Biden para conter o avanço das mudanças climáticas, reforçou o descrédito internacional do Brasil na pauta ambiental, afirmam especialistas. Bolsonaro mentiu sobre a preservação da Amazônia e os esforços de seu governo para a implementação de uma economia verde, omitiu dados de desmatamento, além de indicar o recebimento de recursos internacionais como condicionante para que seu governo possa alcançar os pretensos objetivos na área ambiental

 “O Brasil sai da cúpula dos líderes como entrou: desacreditado. Bolsonaro passou metade de sua fala pedindo ao mundo dinheiro por conquistas ambientais anteriores, que seu governo tenta destruir desde o dia da posse”, analisou Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima. 

Menos de um dia após o encontro, no qual Bolsonaro afirmou que aumentaria a verba para a fiscalização ambiental, foi aprovado um corte de 24% no orçamento do Meio Ambiente em relação a 2021, com redução drástica de recursos para as autarquias federais de proteção ambiental. Diante da repercussão negativa, o ministro Ricardo Salles encaminhou um pedido de recomposição orçamentária ao Ministério da Economia para que o corte seja coberto e sejam acrescidos R$ 142 milhões à pasta, segundo matéria d’O Estado de São Paulo

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Jovens ativistas processam Salles por pedaladas climáticas

Metas apresentadas liberam mais emissões de gases de efeito estufa

Crédito: Daniel Beltrá/Greenpeace

14 abr 21

Jovens ativistas processam Salles por pedaladas climáticas

Em ação popular inédita, um grupo de jovens entrou na Justiça contra o ministro Ricardo Salles e o ex-chanceler Ernesto Araújo em função das metas climáticas apresentadas pelo Ministério do Meio Ambiente ao Acordo de Paris, no final de 2020. 

Ao contrário do que foi alegado pelo MMA, a “nova meta” de reduzir em 43% a emissão de gases de efeito estufa até 2030, permite, na verdade, que o país emita 400 milhões de toneladas de gases do a mais do que o previsto, conforme análise do Observatório do Clima (OC) na época. A “pedalada”, como está sendo chamada a manobra na imprensa, se dá porque o ministério utilizou o mesmo porcentual de redução estabelecido há cinco anos, sem levar em consideração a mudança na base de cálculo utilizada.

Segundo Paulo Busse, advogado do OC que representa os jovens, o objetivo da ação “é fazer o Brasil corrigir a meta climática atual, menor que a original, e assumir um compromisso mais ambicioso, que esteja em conformidade com o Acordo de Paris e a Constituição Federal”, disse em matéria do G1.

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Amazônia e Cerrado batem recorde de desmatamento em março, aponta Inpe

Dados são ignorados pelo governo, que nega devastação

Crédito: Fábio Nascimento/Greenpeace

9 abr 21

Amazônia e Cerrado batem recorde de desmatamento em março, aponta Inpe

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os biomas da Amazônia e do Cerrado registraram índices críticos de desmatamento no mês de março, os maiores dos últimos anos.

Na região da Amazônia Legal, trata-se da pior taxa registrada no mês desde 2015: foram 368 quilômetros quadrados de floresta desmatada, número que cresce regularmente desde 2019, quando atingiu 251 km, pulando para 327 km em 2020. No Cerrado, a situação é ainda mais preocupante. Em março, 529 quilômetros quadrados foram perdidos em função do desmatamento, mais do que o dobro registrado no mês em 2019, quando bateu 215 km.

Como destaca a matéria d’O Estado de São Paulo, frente ao enfraquecimento crônico das autarquias de proteção ambiental no atual governo, o prognóstico tende a piorar e preocupa ambientalistas.

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Inquérito contra brigadistas de Alter do Chão é arquivado pela Justiça Federal

Em 2019, ativistas foram acusados de começar os incêndios na região

Crédito: Brigada de Incêndio de Alter do Chão/Divulgação

18 fev 21

Inquérito contra brigadistas de Alter do Chão é arquivado pela Justiça Federal

A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal arquivou o inquérito sobre as causas dos incêndios ocorridos em setembro de 2019 no distrito de Alter do Chão, em Santarém (Pará), que levou à prisão injustificada de quatro brigadistas que atuavam na região. Segundo nota do MPF, o arquivamento se deu “pela impossibilidade de determinação da autoria do crime”, em consonância com a Polícia Federal. “Foi constatado que o incêndio teve origem em três locais diferentes e atingiu uma área de 1,2 mil hectares, mas não foram encontrados indícios mínimos que pudessem levar à autoria do crime”, diz o texto.

Em novembro de 2019, seguindo investigação que apontava ONGs como responsáveis por começar o fogo, a Polícia Civil do Pará realizou a prisão preventiva dos quatro integrantes da Brigada de Incêndio de Alter do Chão, além de efetuar mandado de busca na sede do Projeto Saúde & Alegria, organização reconhecida mundialmente por sua atuação na Amazônia. À época, a notícia foi recebida com espanto e indignação pela sociedade civil, que se mobilizou para provar a inocência dos ativistas.

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