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EUA anunciam doação de R$ 2,5 bilhões ao Fundo Amazônia

Reunião do presidente Lula com o presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden

Crédito: Ricardo Stuckert/PR

24 abr 23

EUA anunciam doação de R$ 2,5 bilhões ao Fundo Amazônia

Os Estados Unidos anunciaram em 23 de abril de 2023 que vão doar R$ 2,5 bilhões para o Fundo Amazônia, um fundo multi-doador que apoia o desenvolvimento sustentável e ações climáticas na Floresta Amazônica. A doação é a maior contribuição única para o fundo e vem em um momento em que a Amazônia enfrenta ameaças sem precedentes de desmatamento, mudanças climáticas e incêndios.

A doação dos EUA será usada para apoiar uma variedade de projetos na Amazônia, incluindo: redução do desmatamento e da degradação florestal; proteção dos povos indígenas e seus direitos; promoção do desenvolvimento sustentável e combate às mudanças climáticas.

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Queimadas caem no primeiro bimestre, mas Amazônia concentra 90% delas, aponta MapBiomas

As queimadas caíram 28% no primeiro bimestre deste ano, em comparação a igual período de 2022, 213 mil hectares queimados a menos do que nos dois primeiros meses do ano passado.

Crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado

19 abr 23

Queimadas caem no primeiro bimestre, mas Amazônia concentra 90% delas, aponta MapBiomas

O número de queimadas no Brasil caiu 28% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas. No entanto, 90% das queimadas ocorreram na Amazônia, o que representa 487 mil hectares. Roraima foi o estado que mais registrou queimadas, respondendo por 48% do total, seguido por Mato Grosso e Pará. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou mais focos de calor no primeiro trimestre deste ano na Amazônia em relação a 2022, mas abaixo da média histórica.

Fontes:
Além do desmatamento: 38% da Floresta Amazônica é afetada por outras formas de degradação

Áreas de degradação e desmatamento no município de Careiro da Várzea, no Amazonas próximo às Terras Indígenas do povo Mura

Crédito: Alberto César Araújo/Amazônia Real

30 jan 23

Além do desmatamento: 38% da Floresta Amazônica é afetada por outras formas de degradação

Mais de um terço da Floresta Amazônica já é afetada pela seca, por incêndios, pela extração de madeira e pelos chamados efeitos de borda, segundo estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica Science

Com autoria de 35 pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o estudo diferencia o desmatamento e a degradação. Enquanto, no primeiro, a floresta sofre grande alterações para dar lugar a um novo uso — por exemplo, uma área que é queimada para virar pasto —, a degradação se diferencia por envolver alterações mais contidas na cobertura florestal e por não ter o objetivo de transformar o uso daquela terra.

Degradação inclui os incêndios; a seca (intensificada pelas mudanças climáticas); a extração seletiva de madeira (legal ou ilegal; “seletiva” porque são retiradas algumas árvores que são interessantes comercialmente, deixando outras em pé); e os chamados efeitos de borda (mudanças nas florestas próximas a áreas desmatadas, portanto uma consequência direta do desmatamento).

O estudo estima que 38% da Floresta Amazônica é hoje afetada por algum tipo de degradação. “A área degradada na Amazônia e as emissões de carbono de degradação são iguais ou até maiores do que as de desmatamento”, afirmou à BBC News Brasil o líder do estudo, David Lapola, pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e doutor pela Universidade de Kassel, na Alemanha.

Fontes:

BBC

Incêndios florestais crescem 14% em 2022, aponta relatório do Mapbiomas

Incêndios florestais se concentraram na Amazônia e no cerrado em 2022

Crédito: Christian Braga / Greenpeace

27 jan 23

Incêndios florestais crescem 14% em 2022, aponta relatório do Mapbiomas

Em 2022, o Brasil perdeu para o fogo mais de 163 mil km² de florestas, o equivalente ao estado do Acre (152.581 km²). A área representa um aumento de 14% em relação aos 142,8 mil km² registrados no ano anterior. Os dados são do Monitor do Fogo, da plataforma Mapbiomas em parceria com o Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

A maioria das queimadas foi registrada na Amazônia e no Cerrado (juntos, os dois biomas têm 95% da área destruída). Os incêndios se concentraram em regiões campestres e de savana (43%), formações que são encontradas no cerrado, enquanto 25,4% da área atingida era de pastagens.

Considerando apenas dezembro, a alta nos incêndios foi de 93%, na comparação com o mesmo mês de 2021: foram 3.327 km² de área queimada no ano passado, comparado a 1.748 km² em 2021.

Fontes:
Desmatamento em novembro na Amazônia tem alta de 123%

Cifra é a segunda pior da série histórica

Crédito: Nilmar Lage/Greenpeace

12 dez 22

Desmatamento em novembro na Amazônia tem alta de 123%

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (DETER/INPE) revelaram que o desmatamento na Amazônia em novembro alcançou 555 km², um aumento de 123% em relação ao mesmo mês em 2021 e o segundo pior da série histórica, perdendo apenas para 2020.  A área devastada é do tamanho da cidade de Belém, capital do Pará.

No eixo da BR-319, o munícipio de Lábrea (AM) teve a maior área com alertas de desmatamento, atingindo 209 quilômetros quadrados. A rodovia teve sua construção retomada no governo Bolsonaro e ajudou a consolidar o sul do Amazonas como a nova fronteira do desmatamento.

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Chefe de Meio Ambiente do GT de transição afirma que "haverá responsabilização criminal" de responsáveis por desmonte

Reunião do GT de Meio Ambiente do governo de transição

Créditos: Observatório do Clima

8 dez 22

Chefe de Meio Ambiente do GT de transição afirma que “haverá responsabilização criminal” de responsáveis por desmonte

O coordenador do grupo de Meio Ambiente do gabinete de transição, Jorge Viana (PT-AC), disse que haverá “responsabilização criminal” dos responsáveis pelo desmonte ambiental na gestão de Jair Bolsonaro. “Chegamos à conclusão, no primeiro relatório que fizemos, de que houve uma ação deliberada, uma ação que certamente vai ter que ter responsabilização criminal”, afirmou Viana, que disse também que, a área ambiental é “símbolo do desmonte que ocorreu no país nos últimos quatro anos, para dentro e para fora”.

A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), garantiu que a agenda ambiental será transversal na formulação de políticas públicas, citando os compromissos feitos por Lula na campanha, no discurso e na COP 27. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que a questão climática é central.

 

 

 

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Brasil tem maior alta na emissão de gases em quase 20 anos

Eventos climáticos extremos se espalharam pelo país no início do ano

Crédito: Arquivo /Agência Brasil

1 nov 22

Brasil tem maior alta na emissão de gases em quase 20 anos

O nível de emissões de gases de efeito estufa no Brasil teve em 2021 a maior alta desde 2003, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima. O crescimento no ano passado atingiu 12,2% e foi puxado por desmatamento, energia e agropecuária.

Este também é o quarto ano seguido que o Brasil registra alta nas emissões. O quadro coloca o país como o quinto maior emissor mundial, com 4% do total, atrás de China (23,7% do total), Estados Unidos (12,9%), Índia (6,5%) e Rússia (4,2%).

Segundo Tasso Azevedo, coordenador do SEEG, o balanço de dez anos do Sistema mostra que o Brasil teve uma década perdida para controlar sua poluição climática. “Desde a regulamentação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, em 2010, nós estamos patinando. Não apenas não conseguimos reduzir nossas emissões de maneira consistente, como as aumentamos nos últimos anos, e de forma expressiva”.

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Em 10 meses, Amazônia bate recorde anual de desmatamento

Desmatamento e agropecuária são as principais causas

Crédito: Christian Braga/Greenpeace

28 out 22

Em 10 meses, Amazônia bate recorde anual de desmatamento

O ano de 2022 não terminou, mas a Amazônia já experimenta seu ano-calendário mais devastador da série histórica. De acordo com o sistema DETER/INPE, o acumulado de alertas de desmatamento entre 1º de janeiro e 21 de outubro é de 9.277 km2. Com dois meses até o final efetivo deste ano, o total de área afetada pelo desmatamento em 2022 já supera o total do pior ano dos registros até aqui, 2019, quando os alertas somaram 9.178 km2.

Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, afirma que o desmatamento na Amazônia está fora de controle e o cenário para o crime ambiental “nunca foi tão favorável”. “Não existe nenhuma ação do governo federal para frear o desflorestamento na Amazônia. Diminuí-lo não é uma preocupação do governo Bolsonaro”, explicou.

Além disso, a Amazônia também bateu um novo recorde de desmatamento em setembro, com alta de quase 50% em comparação ao ano anterior.

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Emissões de carbono dobram na Amazônia sob Bolsonaro "principalmente por conta do desmonte", diz estudo

Aumento de emissões em 2020 foi de 122%

Crédito: Christian Braga/Greenpeace

21 set 22

Emissões de carbono dobram na Amazônia sob Bolsonaro “principalmente por conta do desmonte”, diz estudo

Um grupo de pesquisadores brasileiros ligados ao Inpe (Instituto Nacional  de Pesquisas Espaciais) submeteu um artigo à revista científica Nature que afirma que as emissões de carbono dobraram sob Bolsonaro, especificamente entre 2019 e 2020, quando comparado à 2010 à 2018. A principal razão das emissões foi ação humana impulsionada pelo desmonte da fiscalização e governança ambiental, diz o estudo, que avaliou a perda da capacidade da maior floresta tropical do mundo atuar como um sumidouro de carbono e mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Segundo a pesquisa, liderada pela química Luciana Gatti, o efeito foi semelhante ao estragado causado em 2010 e 2015/16 pelo El Niño, um fenômeno climático que torna a Amazônia mais seca e inflamável. Em 2019, o aumento das emissões doi de 89%. Em 2020, de 122%. Dados mais recentes mostram que recordes seguiram sendo batidos em 2021 e 2022, possivelmente agravando este quadro.

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Amazônia bate recorde de queimadas e fumaça invade Norte do Brasil

Fumaça cobriu céu de cidades em toda região norte

Crédito: Inpe/Via G1

5 set 22

Amazônia bate recorde de queimadas e fumaça invade Norte do Brasil

A Amazônia registrou o pior número de queimadas para o mês de agosto dos últimos 12 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram 33.116 focos de incêndio, o maior número desde 2010, quando foram registrados 45.018 focos. Este é o 4º ano consecutivo do governo Bolsonaro que o volume de queimadas no período fica acima de acima da marca de 28 mil.

No Dia da Amazônia, celebrado 5 de setembro, a fumaça provocada pelas queimadas se espalhou pelos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Pará, cobrindo uma extensão de 5 milhões de km²,  informou o Inpe. O aumento do fogo é uma consequência direta do avanço do desmatamento, explicam ambientalistas.

De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, a maior área dos últimos 15 anos para o período, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). “O descontrole das queimadas observado nos últimos quatro anos está estreitamente associado a um aumento do desmatamento e da degradação florestal nesse período”,  declarou Mariana Napolitano, gerente de Ciências do WWF-Brasil, ouvida pelo G1.

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Devastação na Amazônia: queimadas encobrem o céu da região e desmatamento bate recorde

Céu de Manaus coberto pela fumaça das queimadas na região amazônica

Crédito: Alberto César Araújo/Amazônia Real

21 ago 22

Devastação na Amazônia: queimadas encobrem o céu da região e desmatamento bate recorde

Queimadas ilegais no sul do Amazonas e do sudoeste do Pará comprometeram a qualidade do ar de diversas cidades da região, onde uma nuvem tóxica de poluição tomou conta do céu –  como nos municípios paraenses Altamira e Novo Progresso e na capital amazonense. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no mês de agosto, foram registrados 16.088 focos de queimadas na Amazônia.

Já o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que monitora o bioma via Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), apontou para a devastação recorde registrada nos últimos 12 meses. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo. Essa é a maior área desmatada dos últimos 15 anos para o período.

Para o Instituto, o dado é especialmente alarmante, tendo em vista o panorama climático global. “O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática”, declarou Bianca Santos, pesquisadora do Imazon. 

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Amazônia sofre aumento de 8% de queimadas em julho, aponta INPE

1º semestre foi marcado por recordes de desmatamento no bioma

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama

1 ago 22

Amazônia sofre aumento de 8% de queimadas em julho, aponta INPE

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam que o número de incêndios no bioma amazônico aumentou 8% em julho, comparado ao período no ano anterior. Foram detectados 5.373 focos de incêndio na região. De janeiro a julho, o total foi de 12.906, um aumento de 13% em relação aos sete primeiros meses de 2021.
 

Fontes:

UOL

Amazônia registra maior número de incêndios em junho dos últimos 15 anos

Imagem de satélite registra os focos de incêndio durante estação da seca em 2019.

Crédito: NASA via Wikimedia Commons

1 jul 22

Amazônia registra maior número de incêndios em junho dos últimos 15 anos

O Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou 2562 focos de incêndios na Amazônia no mês de junho. A cifra é a maior em quinze anos e confirma duas tendências: a de que todo mês de junho bateu recorde com Bolsonaro e a de que, diante do ano eleitoral, criminosos ambientais estão aproveitando da leniência da política ambiental de Bolsonaro para realizar queimadas.

O aumento, comparada à maio, foi de 11%. O bioma entra agora na estação das queimadas, que vai de julho até outubro. Todo ano, mais de 120 mil pessoas são hospitalizadas na região por problemas respiratórios durante a temporada.

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Falta de recursos ameaçam deixar ICMBio sem 3 mil temporários durante temporada do fogo

alta de funcionários pode contribuir para recordes de queimadas

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama/CC BY-SA 2.0

30 mar 22

Falta de recursos ameaçam deixar ICMBio sem 3 mil temporários durante temporada do fogo

Um documento interno do Instituto Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) indica que o órgão está sem recursos para manter os 3 mil funcionários temporários que atuam diretamente em operações de apoio ao órgão. O alerta, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, foi enviado à diretoria do instituto pela Coordenação-Geral de Finanças e Arrecadação.

O ICMBio conta apenas com 1.300 servidores fixos e depende de contratos temporários para proteger as Unidades de Conservação do Brasil, especialmente na temporada do fogo, que tem início em maio e se estende até novembro.

Questionado pela reportagem, o órgão afirmou que “não há previsão de cortes” e manterá “o mesmo número de agentes temporários contratados nas unidades de conservação federais”.

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Desmatamento na Amazônia cresce 22% em fevereiro e bate novo recorde

Área desmatada é quase do tamanho da cidade de Natal (RN)

Crédito: Vinícius Mendonça/Ibama/via Agência Senado

8 mar 22

Desmatamento na Amazônia cresce 22% em fevereiro e bate novo recorde

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram um aumento de 22% no mês de fevereiro em relação ao período no ano passado, apontam dados parciais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Até o dia 25 de fevereiro, foram desmatados 149,88 km², a segunda maior área para o mês desde 2016.

Esse é o segundo recorde consecutivo de devastação do bioma em 2022. Em janeiro, a Amazônia teve 430,44 km² de sua área com alertas de desmatamento, número quatro vezes maior quando comparado a janeiro de 2021, e o pior desde 2016, também de acordo com o INPE.

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Amazônia registra recorde de desmatamento em janeiro com aumento de 418%

Área devastada equivale a 43 mil campos de futebol

Crédito: Mayke Toscano/Gcom-MT/Via Veja

11 fev 22

Amazônia registra recorde de desmatamento em janeiro com aumento de 418%

Em janeiro, a Amazônia registrou a maior taxa de desmatamento para o período desde 2016, ano que marca o início das medições pelo ​​sistema de satélite Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram 430 quilômetros quadrados de floresta desmatados, um aumento de 418% em relação a janeiro de 2021.

A maioria dos alertas de desmatamento monitorados pelo Inpe se concentraram nos estados de Mato Grosso, Rondônia e Pará.

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No Pará, mais de dois anos após "Dia do Fogo", áreas queimadas abrigam campos de soja

Em 2019, incêndios criminosos foram orquestrados por fazendeiros locais em apoio ao recém-presidente Bolsonaro

Crédito: Fernando Martinho/Repórter Brasil

8 fev 22

No Pará, mais de dois anos após “Dia do Fogo”, áreas queimadas abrigam campos de soja

Entre 10 e 11 de agosto de 2019, proprietários rurais do sudoeste do Pará se mobilizaram para atear fogo em áreas da floresta amazônica no episódio que ficou conhecido como “Dia do Fogo”. No período, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 1.457 focos de calor no estado, um aumento de 1.923% em comparação ao ano anterior.

Mais de dois anos depois, a Repórter Brasil revelou que a área queimada hoje abriga campos de plantação de soja. A agência fez um levantamento inédito cruzando as coordenadas dos locais onde flagrou as plantações com os dados de alertas de incêndio dos satélites da Nasa na época.

Uma das principais áreas afetadas pelo fogo, o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Terra Nossa, assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), também foi invadido pela monocultura, ainda que esse tipo de cultivo contrarie a finalidade dessa modalidade de reforma agrária, destinada à subsistência das famílias assentadas. 

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Com Bolsonaro, desmatamento na Amazônia cresceu ​​56,6%, indica estudo

Levantamento usou como base dados do Inpe

Crédito: Victor Moriyama/Amazônia em Chamas/Divulgação Greenpeace

2 fev 22

Com Bolsonaro, desmatamento na Amazônia cresceu ​​56,6%, indica estudo

Um levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) indica que desde o início do governo Bolsonaro o desmatamento no bioma cresceu 56,6% em relação aos três anos anteriores. O estudo comparou agosto de 2018 e julho de 2021 ao mesmo período de 2015 a 2018.

De acordo com o estudo, 51% do desmate ocorreu em terras públicas, sendo 83% desse volume em áreas de domínio federal. Proporcionalmente à dimensão dos territórios, Terras Indígenas (TIs) tiveram alta de 153% em média no desmatamento comparado ao último triênio, enquanto Unidades de Conservação (UCs) registraram um aumento de 63,7%.

“Quando olhamos para os números dos últimos três anos, fica claro o retrocesso daquilo que o Brasil foi um dia. Seguimos um caminho totalmente oposto às atitudes que o planeta precisa, com urgência, neste momento”, declarou Ane Alencar, principal autora do estudo e diretora de Ciência no IPAM.

No início do ano, outro estudo com dados alarmantes sobre a devastação da Amazônia sob o governo Bolsonaro foi divulgado pela comunidade científica. De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em 2021, Amazônia teve a maior área desmatada dos últimos 14 anos.

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OCDE impõe combate ao desmatamento como condição para ingresso do Brasil

Em carta à OCDE, Bolsonaro afirma compromisso com pauta socioambiental

Crédito: Bruno Kelly/Amazônia Real

27 jan 22

OCDE impõe combate ao desmatamento como condição para ingresso do Brasil

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aprovou formalmente o início das negociações para ingresso do Brasil no grupo, solicitado em 2017. Entre as obrigações apresentadas ao governo Bolsonaro como condicionantes do acordo está a redução de desmatamento e medidas de mitigação de mudanças climáticas previstas no Acordo de Paris.

Como resposta, Bolsonaro afirmou que “não há dúvidas de que o Brasil compartilha do objetivo da OCDE para apoiar o crescimento econômico sustentável”, em carta enviada ao secretário-geral da organização, Mathias Cormann.

Em matéria sobre o início das negociações, o jornalista Matheus Pichonelli citou o monitor socioambiental Sinal de Fumaça ao destacar o desmonte promovido pela política ambiental do governo nos últimos três anos. Sobre a entrada do país na OCDE, Pichonelli afirma que “para acenar com o clube dos países ricos, Bolsonaro terá de romper com o clube dos agrotrogloditas”, em alusão ao setor do agronegócio, aliado do presidente.

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Rede Sustentabilidade aciona STF contra fim do monitoramento do Cerrado pelo Inpe

“Não vamos permitir um apagão de dados”, declarou o senador Randolfe Rodrigues


Crédito: Pedro França/Agência Senado

11 jan 22

Rede Sustentabilidade aciona STF contra fim do monitoramento do Cerrado pelo Inpe

O partido Rede Sustentabilidade ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 934, solicitando ao governo federal que “comprove imediatamente a destinação e a execução de verbas suficientes” para a continuidade do monitoramento do desmatamento do Cerrado realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), noticiou o portal  jurídico Conjur.

No início de janeiro, o Inpe informou que só possui recursos até abril para manter os 20 profissionais que compõem a equipe responsável pelo monitoramento diário e balanços anuais do desmatamento no bioma, ao custo de R$ 2,5 milhões ao ano.

Considerado o bioma mais ameaçado do Brasil, o Cerrado tem sofrido o impacto do grande avanço do agronegócio. Em 2021, a região atingiu a mais alta taxa de desmatamento desde 2015, indicou o Inpe.

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